merengue
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A
mistura perfeita entre claras, açúcar e ar não é outra coisa que
um delicioso merengue desfazendo-se na boca. Esta conjunção sutil
tomou forma da mão de um pasteleiro suíço com inconfundíveis
genes itálicos de nome Gasparini, lá por 1720, segundo
alguns, e rondando os 1600 segundo outros, na pequena cidade de Mehrinyghen,
pelo que se pode supor sem temor de equivocar-se que dali proveria o
seu nome.
Como
corresponde a toda delicadeza gastronômica que se aprecie, o copo
açucarado devia ser aceitado em sociedade antes de sair a cena.
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O
rei Stanislaus o comeu pela primeira vez em Nancy e passou a
receita a Maria Leczinska e dali em diante dedicaram-se a
desfrutar juntos a doce confeitura.
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Outra
que também morria por ele, era Maria Antonieta. Uma vez que a
monarquia lhe deu o visto, se converteu em uma que não podia
faltar de ornar mesas faustosas.
Naquele
tempo não existia artefatos para moldar o merengue que era feito
com colheres até começo do século XIX,
as variedades que surgiram não se fizeram esperar, o chaja uruguaio
é o melhor, mas tem outros como o vacherin, o Imperial Russo, o
Falcão, os merengues recheados de doce de leite, os bolos cobertos
com merengue, o próprio merengue assado, enfim toda a gama imaginável
de combinações.
Sua
popularidade vai e vem, mas sempre tem um lugar privilegiado na
hora da sobremesa.