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O segredo de lavar mais branco que ninguém

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Em 1890, o químico alemão A. Krafft observou que pequenas cadeias de moléculas ligadas ao álcool funcionavam como sabão.

Krafft produziu o primeiro detergente do mundo. Mas a novidade não passou na época de uma curiosidade química.

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Durante a 1ª Guerra Mundial, o bloqueio dos aliados cortou o suprimento de gorduras naturais, utilizadas para produzir lubrificantes. As gorduras de sabão foram substituídas e o produto tornou-se um artigo raro no país. 
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Outros dois químicos alemães, H. Gunther e M. Hetzer, retomaram as pesquisas de Krafft e lançaram em 1916 um detergente com fins comerciais, o Nekal, que, acreditavam, seria usado apenas nos tempos de guerra. Mas as vantagens do detergente sintético sobre o sabão foram aparecendo.

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O sabão reage com minerais e ácidos presentes na água, formando moléculas insolúveis que se recusam a ser enxaguados novamente. O primeiro detergente para lavar roupa foi o Tide, lançado nos Estados Unidos, em 1946.

Já escutaram e viram os anúncios de sabão em pó e detergentes, que asseguram deixar a roupa mais branca que branca e puramente branca, mais que a alma? - Pois bem, quem consegue esse branco puríssimo são os chamados branqueadores ópticos, que não são outra coisa, senão substâncias fluorescentes.

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Estes produtos químicos grudam entre as fibras das roupas durante a lavagem e não saem quando enxaguadas, assim que se fixam ao tecido. O brilho quase mágico de camisas e lençóis é devido a que estas substâncias reagem ante a radiação ultravioleta, a mesma que nos bronzeia.

A diferença está em que, enquanto que à nós nos escurece a pele, as substâncias fluorescentes convertem os raios ultravioleta em luz visível ligeiramente azulada. Este tom azul combinado com o tom natural das fibras, as faz parecer mais brancas aos nossos olhos.

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Em definitivo a tela reflete mais luz e por isso parece mais branca e brilhante, mas não quer dizer que esteja mais limpa. Como nos enrolam nas propagandas...

Seu descobridor foi o químico alemão Hans Krais em 1929. Desta maneira uma aventura que havia começado em 1890 um compatriota seu chamado A. Krafft, quando observou que certas substâncias que não eram de sabão produziam espuma ao unir-se com o álcool.

Esta descoberta ficou como uma curiosidade química até que durante a 2ª Guerra Mundial, a Alemanha teve que buscar substitutos para as graxas naturais utilizadas para fabricar lubrificantes. Foi quando dois químicos, Gunter e Hetzer, recuperaram a descoberta de Krafft e elaboraram o primeiro detergente da história em 1916, o Nekal.

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No entanto, até 1946 os detergentes só eram utilizados para lavar pratos e roupas delicadas. Foi neste ano que apareceu o primeiro detergente todo terreno, que coincidiu em tempo com o boom das lavadoras automáticas.

Mas e como chegaram aos detergentes estes pensantes?: - Nós sabemos que não é soprar e fazer garrafas... Então vamos a lhes contar a descoberta nojenta destes curiosos. Todos temos alguma peça ou complemento de couro. Jaquetas, luvas, carteiras ou cintos, a pele sempre está aí.

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E todos sabemos que o couro tem que ser tratado para torná-lo suave e agradável ao tato. Se não é feito, a única coisa para que servirá, é como sola de sapato, porque sua dureza e asperosidade é natural após a faena.

Por isso desde os tempos imemoriais e até começo do século XX, o couro era tratado, para poder amaciar ele e deixar do jeito que as pessoas gostam. Então para curtir o couro e deixa-lo macio e agradável ao tato e ao uso, se devia untar ele com excrementos. Sim pessoal, com cocô. De preferência de cachorro já que era o melhor para deixa-lo suave e macio...

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Muitas pessoas passeavam pelos caminhos ou ruas, catando cocô de cachorro, para depois de juntar um montão, colocar eles no couro e começar a pisoteá-los, que nem uvas, para besuntar bem a superfície e desparramar por todo o couro! Eca! Também se usavam as mãos e alguns utensílios como pedaços de madeira, mas era melhor com os pés mesmo. O grande problema dos curtidores, era depois de espalhar o cocô, tirar os restos dentre os dedos...

No início do século XX Joseph Turney Wood descobriu por que o cocô era tão bom para tratar o couro. Em um ambiente tão cheiroso vive uma bactéria que produz umas proteínas chamadas "PROTEASES" que são as responsáveis em degradar as diferentes dermes do couro, em um processo muito difícil de controlar e que exigia uma grande habilidade por parte do operário.

Em 1908 este trabalho, onde apenas os que sofriam de rinites crônica subsistiam, mudou graças ao feito de um alemão chamado Otto Röhm. O substituto dos excrementos foi um extrato do pâncreas dos animais sacrificados, que foi batizado como nome de Oporon. Mas Röhm não parou aí. Pensou que poderia aplicar o seu extrato à lavagem de roupa. E funcionou. Assim, em 1914 apareceu o primeiro detergente bio-tecnológico da história: BURNUS. Olhando na composição dos detergentes, poderemos perceber que contém estas proteínas, também chamadas enzimas.

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