GRÉCIA
CLÁSSICA
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O
que distingue o convívio dos homens na "Polis" de todas as
outras formas de convívio humano que eram bem conhecidas, era a
liberdade".
A
cidade grega de Atenas foi o berço da democracia. Inicialmente a
palavra "demos"
significava gente comum, porém, com o decorrer do tempo passou a
representar "o povo em
seu conjunto; uma democracia, um corpo de cidadão que atuava através
de assembléia".
Contudo,
ser cidadão em Atenas tinha seus limites, pois, escravos e
estrangeiros (chamados de metecos) não eram considerados cidadãos da
Polis.
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No sentido clássico, Polis, significava um "estado
que se governava a si mesmo".
Atenas e Esparta foram as principais "cidades-estados"
da Grécia antiga.
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A chave da democracia ateniense foi a representação direta, cuja a
assembléia soberana atuava como autoridade máxima e qualquer cidadão
tinha direito de intervir, debater, propor emendas, votar todo tipo de
proposta, inclusive sobre guerra e paz, impostos, cultos, obras públicas
e outras questões de maior ou menor importância.
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Em Atenas, saber ler, escrever e aritmética eram atributos comum a
toda população livre. As eleições para cargos públicos eram por
sorteio, possibilitando igualdade de oportunidade, pois tantos ricos
como pobres tinham lugares nos conselhos e tribunais. Assim, os cidadãos
adquiriam experiência política e administrativa, interferindo, de
certa forma, na estrutura de poder e classes.
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Para os gregos, a cidade exerce um duplo e importante papel: ela
liberta o cidadão, mas por outro lado, exige uma obediência em relação
às obrigações desse cidadão.
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A
ÁGORA DE ATENAS (Ágora: O
Lugar da Palavra)
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Para
grego antigo, a palavra demokratia
significava que o povo (demos)
é o poder (kratos)
no estado. Para eles, a Polis era tolerante e cosmopolita, aberta ao
mundo. Um espaço onde as pessoas alcançavam a unidade e não um
simples ponto no mapa.
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O lugar da palavra era a ÁGORA,
local de múltiplas atividades, onde as pessoas conversavam sem que
houvesse uma voz dominante. A vida em Atenas circulava na ÁGORA
com seus espaços de danças religiosas (orkhestra);
nos pórticos, palco para comer, negociar, ouvir fofocas e cumprir
obrigações religiosas; no poikile,
local onde a grande massa da população se encontrava; no principal
tribunal popular da cidade (heliaia);
espaço onde os cidadãos se encontravam para votar o ostracismo, o
banimento da cidade; abrigava o bouleuterion,
Casa do Conselho, onde quinhentas pessoas decidiam a pauta de discussões
debatidas diariamente.
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A
ÁGORA era o coração da cidade, espaço da fala, da política e da
liberdade da Polis ateniense.
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Hannah
Arendt