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FELIZ ANIVERSÁRIO COLEGA DE VENDAS E COMANDANTE!

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09.10.1967 A 09.10.2003

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Ernesto Guevara de la Serna nasceu em 14 de junho de 1928, em Rosário, Argentina, primeiro dos cinco filhos de Ernesto Lynch e Celia de la Serna y Llosa, família de origem aristocrática, donos de terras. A mãe descendia do último vice-rei do Peru e casou com Ernesto (pai), estudante de arquitetura, em 1927. Celia teria papel importante na formação de Che, só inferior ao de Fidel Castro, conforme o biógrafo. Mesmo de educação católica, mantinha em casa um ambiente de esquerda, sempre cercada de mulheres politizadas. Ela é que cuidaria da educação do primogênito, o pai era muito amigo dos filhos, mas era mais distante e gostava da vida boêmia. Passaria para o filho porém, o gosto pelos esportes.

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Che nasceu de oito meses, débil, aos quarenta dias de vida teve pneumonia e antes dos dois anos já sofria a primeira crise de asma. A família mudava muito de cidade, em busca de um clima melhor para o garoto, até parar em Alta García, na região serrana de Córdoba, onde ele vai crescer. Ficava muito em casa, até de cama, por causa da asma, e assim começou a gostar de literatura: Julio Verne, Cervantes, García Lorca e outros clássicos passam a fazer parte de seu universo. Era bom aluno, estudando em escola pública, freqüentada por meninos da cidade e da roça, remediados e pobres, e sempre teve facilidade imensa de relacionamento com os outros, já exercitando sua capacidade de liderança.

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A adolescência será marcada fortemente pela Guerra Civil Espanhola e depois pela Segunda Guerra Mundial, quando o pai forma a Ação Argentina, organização antifascista em que inscreve o filho. Em Córdoba começa a jogar rúgbi, tênis, golfe, além de se dedicar à natação. Nessa cidade fica amigo dos irmãos Tomás e Alberto Granado, colegas de colégio com os quais viverá grandes aventuras. 

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No colégio, revela-se bom em literatura e filosofia e medíocre em matemática e química em música e física, um desastre, conforme seu boletim da 4ª série. Desde então é um grande enxadrista, brilhando nos tabuleiros da Olimpíada Universitária de 1948. Aí já terminara os estudos secundários, em 1946, e a família se mudara para Buenos Aires. Pensava em estudar engenharia, mas a morte da avó, à qual era muito ligado e de quem assiste à morte, leva-o a decidir-se pela medicina.

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Aos dezoito anos alista-se no serviço militar obrigatório, mas é dispensado por causa da asma, sorte para um jovem de família antiperonista (o exército argentino era então o grande reduto de Perón). Namorador, atrevido e divertido, não pertenceu a nenhuma organização estudantil. Sempre foi relaxado com roupas, camisa fora da calça, sapatos desamarrados e um fascínio por viagens o levaria, em 1949, aos 21 anos, a percorrer, mochila às costas, o norte argentino numa bicicleta motorizada que ele próprio desenhou e construiu. Em dezembro do ano seguinte, inscreve-se como enfermeiro da marinha mercante Argentina e viaja em petroleiros e cargueiros para vários países, inclusive o Brasil.

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No começo de 1952, fará com Alberto Granado, o melhor amigo, sua primeira viagem, 10.000 quilômetros, numa
Norton 500 que apelidou de "La Poderosa II"

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Durante oito meses, percorreram cinco países e a aventura marcará sua ruptura com os laços nacionais. Vai a Machu-Picchu, vai navegar o Amazonas de balsa, vai atravessar o deserto de Atacama, conhecerá mineiros comunistas e povos indígenas. 

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Dessa viagem ficará um diário que vai virar grande sucesso editorial e pelo qual se nota sua crescente politização e o choque que lhe provocam a pobreza, a injustiça e a arbitrariedade que encontrou pelo caminho. 

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O hábito de escrever diários irá acompanhá-lo até seus últimos dias, na Bolívia. 
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Em agosto de 1952 decide regressar a Buenos Aires para terminar o curso de medicina, formando-se em junho de 1953. Não deixa passar um mês e já pega a estrada, dessa vez com outro amigo, Calica Ferrer. Está com 25 anos e não voltará mais para a Argentina. Vai para a Venezuela, com parada na Bolívia, por ficar mais barata a passagem do trem. Fica cinco semanas em La Paz, e assiste ao país vivendo o primeiro ano do governo reformista de Paz Estensoro, o que valerá a Che um aprofundamento político que os biógrafos consideram de vital importância para seu amadurecimento, embora venha depois a desencantar-se com os rumos tomados pelo governo dito revolucionário. Segue então para a Guatemala, passando pela Costa Rica, onde faz contatos políticos e onde sua vida começa a dar guinadas definitivas: conhece em San José dois cubanos exilados que haviam escapado da célebre tentativa de tomada do Quartel Moncada, em 26 de julho de 1953. 

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Os dois lhe contam a espetacular porém malograda ação de Fidel Castro buscando derrubar a ditadura de Fulgêncio Batista a partir do assalto ao quartel da segunda maior cidade cubana, Santiago. Fica amigo dos dois -Calixto García e Severino Rossel e com eles irá para a Guatemala, onde será apresentado a outros cubanos, no final de 1953. 

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Guevara está então com 26 anos, é admirador da URSS e deseja se inscrever a um partido comunista de qualquer país que seja, enquanto trabalha como médico para sindicatos guatemaltecos, reunindo ainda mais experiência à sua sólida bagagem ideológica. 

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Vai permanecer quase nove meses na Guatemala e conhecer Hilda Gadea, militante política peruana que mais tarde se tornará sua primeira mulher. Passa apertos, não consegue exercer a medicina e: - "tem de vender enciclopédias de porta em porta"

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O país está passando por grande reforma, conduzida pelo presidente eleito (era o segundo na história) Jacobo Arbenz, que ao tocar nos interesses da poderosa United Fruit Company é derrubado do poder por iniciativa de Washington e com o apoio da OEA, em junho de 1954. 

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Che, por sua atuação nos sindicatos, é informado de que corre perigo e se asila na embaixada Argentina. Hilda é presa, mas logo é solta e ambos sairão legalmente do país. Toma a decisão de ir para o México, com Hilda já grávida, lá se casam em agosto de 1955 e têm uma filha, Hilda Beatriz, Hildita.

 

"Ele costumava tirar a arma de quem desobedecia uma ordem, ou dobrar-lhe o período de vigia, obriga-lo a cavar mais trincheiras que os demais ou, ainda, nos casos mais graves, deixar o homem três dias sem comer. Eu mesmo, diante da agonia de um companheiro que fora submetido a esse castigo, argumentei com Che que aquilo era muito forte. Ele respondeu: 'Sim, é de fato muito forte, antes de aplicar nos outros experimentei em mim mesmo'. Outra coisa que Che fazia era xingar, de maricón, de covarde e de outros nomes. Mas, depois de gritar com alguém, o acompanhava de perto, numa vigilância pessoal e cerrada, até que em dado momento voltava a se solidarizar com a pessoa".

 

No México, onde vai ganhar o apelido de Che, por usar a expressão sempre que fala com os outros, Guevara compra uma máquina fotográfica e começa a ganhar a vida fotografando turistas nas ruas da capital, Cidade do México. E é até contratado por uma agência de notícias Argentina para cobrir os Jogos Pan-americanos de 1955, que se realizam no País. Ao mesmo tempo, escreve artigos científicos sobre sua especialidade, alergia.  

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Em junho, é apresentado a Raúl Castro, líder estudantil cubano recém-saído da prisão em Cuba. Poucos dias depois chega o irmão de Raúl, Fidel, em 8 de julho de 1955, que Raúl apresenta a Che. Fidel passara um ano e dez meses preso na ilha de Pinos, Cuba, pelo episódio do Quartel Moncada. Fora anistiado por Batista, a quem derrubaria, com Che, três anos depois. Chegava ao México para dali dar início à insurreição contra a ditadura em Cuba, instalada desde o golpe militar de 1952. O treinamento para a luta armada em Cuba começa no México e Guevara se inscreve em setembro, dois meses após conhecer Fidel.

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Na madrugada do dia 25 de novembro de 1956, zarpa do porto mexicano de Tuxplan o iate Granma, com capacidade para vinte passageiros, levando 82 guerrilheiros, entre eles
Che Guevara, encarregado de atender os eventuais feridos no desembarque em Cuba. De 1956 a 1958 participa da guerra popular que se desenvolve em todo país contra a ditadura de Fulgencio Batista. O movimento armado iniciou na Sierra Maestra, mas se alastra por todo o país, com ampla participação popular. A liderança do processo revolucionário estava organizada pelo movimento de 26 de julho. E havia também a participação do Partido Socialista Cubano (fundado por José Martí) e pela Frente Estudantil Revolucionária. 

 

"El Che era flexível e ao mesmo tempo exigente com a disciplina. Dava o exemplo e por isso impunha. Sempre comia a mesma quantidade que os homens, e sempre depois que todos tivessem comido. Dormia pouco e atirava bem. Se surgia um rio a transpor, era o primeiro a entrar na água e o último a sair. Queria saber dos problemas de cada um e para cada um tinha uma palavra de conforto. Fez de uma tropa heterogênea com quase noventa guerrilheiros, um grupo unido".

 

Che, que havia sido recrutado para ser médico, vai se destacando nas atividades e se transforma em comandante, sendo responsável pela coluna que tomou Santa Clara (uma das principais cidades do país). Em 1959 ocorre o triunfo da revolução cubana. O ditador Fugêncio Batista foge do país, e iniciam-se as transformações sociais em Cuba, com a reforma agrária, a reforma urbana, etc... 

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Che participa do novo governo, ocupando cargos como Ministro de Indústria e Comércio, Presidente do Banco Central, etc...

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Nos anos 1960/64 participa ativamente do processo de construção do socialismo em Cuba. Ocupa diversos cargos públicos. E defende sobretudo a idéia dos mutirões populares, e do trabalho voluntário como forma de resolver rapidamente os principais problemas do povo cubano. Assim, participa de mutirões de construção de casas populares, de escolas, mutirões de colheita de cana, etc...

 

"Che libertava os soldados dos quartéis que ia conquistando. Em Camaguey, com seus homens cercando uma guarnição governista, ele depôs sua arma e entrou sozinho para parlamentar com o comandante inimigo. Saiu de lá com a rendição do militar e, em seguida, libertou a tropa do quartel, desarmada. Sabia que os soldados iriam para a cidade vizinha de Placeta. Eu protestei junto ao Comandante: 'Mas Placeta é o nosso próximo objetivo!' Che respondeu: 'Deixa, quando eles chegarem lá, os outros soldados saberão que serão bem tratados e nós iremos lutar menos'. O resultado foi que tomamos Placeta sem luta". Che parecia saber exatamente o que estava dizendo quando ensinou que "hay que endurecerse sin perder la ternura jamás"

 

No ano de 1964, a participação de Che no Plenária da ONU teve enorme repercussão internacional, após um discurso anti-imperialista e de apoio à luta do Vietnã. 

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Em 1965 renuncia a todos os cargos no governo de Cuba. 

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Parte com um grupo de revolucionários cubanos, para o Congo, para ajudar o movimento revolucionário daquele país, onde a ditadura imposta pelos EUA havia assassinado recentemente Patrício Lumumba, o principal dirigente daquele país. 

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A correlação de forças era muito inferior, e Che regressa para a América Latina. (Os revolucionários do Congo seguiram sua luta, mas somente agora, depois de 30 anos conseguiram derrubar o Ditador do Zaire, e implantaram uma democracia popular).

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"No povoado de La Rosera Aguillera, um caso grave foi levado ao Comandante: durante a ocupação do lugar pelas tropas governistas, um camponês simpatizante do governo tinha chicoteado outro camponês. Todos pensamos que o agressor seria fuzilado. Che, porem, soube que o homem tinha oito filhos e resolveu lhe passar só um bom sermão em praça pública. 'Sabe como se paga o delito que você cometeu?', perguntou ao homem. E o próprio Che respondeu: 'Com a vida. Mas saiba que este governo que você defende vai durar só mais uns sete ou oito meses, e então virá a justiça revolucionária. Se você voltar a chicotear alguém, não haverá perdão. Agora, vá cuidar dos seus filhos'".

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No ano de 1966, parte para a Bolívia para incorporar-se ao movimento revolucionário. Para entrar na Bolívia,
Che Guevara submeteu-se a uma demorada e dolorosa transformação física, tendo as feições praticamente reconstruídas pelo maquiador-chefe do serviço secreto de investigações de Cuba. O maquiador arrancava um a um, com as raízes, os cabelos no alto do crânio de Che, o que causava muita dor. Depois lhe colocou uma dentadura suplementar, que lhe aumentava as bochechas. Raspou a barba e o bigode característicos, trocou a farda por um terno bem conservador. 

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Che passou a aparentar desse modo, um homem de mais de cinqüenta anos e adotou o nome de Adolfo Mena González, que seria um uruguaio a serviço da Organização dos Estados Americanos. (Na Bolívia, ele usaria vários outros nomes, inclusive o de Ramón Benítez, que aparece num de seus passaportes).  

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No dia 8 de outubro de 1967, é preso no povoado de La Higuera, interior da Bolívia. No dia 9, aprisionado, via-se frente a frente com o tenente-coronel Andrés Selich, boliviano e descendente de iugoslavos, anticomunista ferrenho. Selich anotou assim seu diálogo com Che:

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Comandante, acho que o senhor está um tanto deprimido.

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Che teria respondido: - Eu fracassei. Está tudo terminado e é por essa razão que que me vê nesse estado.

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De La Paz, pelo rádio, veio a ordem do presidente René Barrientos para que fuzilassem Che. Ele foi avisado disso e comentou: - É melhor assim, eu nunca deveria ter sido capturado vivo. O sargento Mário Terán se apresentou voluntariamente para a tarefa. 

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Félix Rodriguez, um cubano-norte-americano a serviço da CIA, disse-lhe para não alvejar Che no rosto e sim do pescoço para baixo: - "para que os ferimentos parecessem ter sido feitos em combate"

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Há diferentes versões de como foi a cena final. Há quem diga que as últimas palavras de Che, quando Téran entrou pela porta foram:

 

"Sei que você veio me matar. Atire, covarde, você só vai matar um homem" 

 

Téran hesitou, depois apontou seu fuzil semi-automático e puxou o gatilho, atingindo Che nos braços e nas pernas. Então enquanto Che se contorcia no chão, aparentemente mordendo um dos pulsos para não gritar, Terán disparou outra rajada. A bala fatal penetrou no tórax de Che, enchendo-lhe os pulmões de sangue... Era 9 de outubro de 1967. Aos 39 anos de idade, Che Guevara estava morto.
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"Ser capaz de sentir indignação contra qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo. É a qualidade mais bela de um militante." 

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Ernesto "Che" Guevara
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Em Cuba continua a ser lembrado pela enorme foto na fachada do Ministério do Interior, tendo por epígrafe: 
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Hasta la viCtória, siempre !

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O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. 

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O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo. 

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