HISTÓRIA
DAS CONSERVAS
,
A
necessidade de sobrevivência do homem primitivo o obrigou a criar as
primeiras embalagens da humanidade. Conchas marinhas, cascas de
castanhas ou de coco devem ter sido as primeiras embalagens utilizadas
para beber e estocar. Usados em estado natural, sem qualquer
beneficiamento, os primeiros recipientes passaram, com o tempo, a ser
fabricados a partir da habilidade manual do homem.
Assim, surgiram as
tigelas de madeira, bolsas de pele e cestas de fibras naturais.
A
primeira matéria-prima usada em escala industrial e de transformação
para a produção de embalagens foi o vidro, por volta do ano 500 d.C.
Metais como o ferro, cobre e estanho eram utilizados há muito tempo,
surgindo praticamente junto com a cerâmica. Mas somente nos tempos
modernos passaram a figurar com destaque na produção de embalagens.
A
Marinha Inglesa adotou no início do século XIX as embalagens de
estanho para conservar os alimentos da tripulação em alto mar. Assim,
os alimentos enlatados chegaram aos supermercados por volta de 1830.
AS
PANELAS DE PRESSÃO:
A primeira versão foi criada em 1680 por Denis Papin, que teve alguns
probleminhas, dado a que não conseguia controlar a temperatura e nem o
vapor, nas medidas certas, pelos que houveram algumas, digamos, explosões.
Mas conseguia já 15% de redução no tempo de cozimento.
.
.
Cento
e vinte anos mais tarde, os detalhes da guerra conduziram a Napoleão (ótima
matéria)
a
oferecer doze mil francos, a quem desenvolvesse uma maneira de
preservar o alimento, já que logística e estrategicamente, era
humanamente impossível realizar campanhas de guerra longe e por muito
tempo, sem ter a certeza de que as tropas iriam ser bem alimentadas. Naquela época não haviam meios de conservar os alimentos,
a não ser defumados, salgados ou ao natural.
.
OS
PRIMEIROS VIDROS COM SELADORES: Em
1809 o prêmio foi dado ao Francês Nicholas Appert, que usou uma
versão melhorada da panela de pressão a vácuo de alimentos, sem selo
e em vidros limpos, conduzindo ao desenvolvimento eventual da indústria
de conservas em vidro e lata. Este método utilizava um lacre de cimento
acima dos alimentos envasados, mas era muito rudimentar além de que os
primeiros vidros, não tinham sido desenvolvidos para poder perfurar o
selo de cimento, que depois se alterou para cera.
Raymond
Chevallier-Appert melhorou em cima do projeto inventando (e patenteou)
um Esterilizador que forneceu resultados mais consistentes.
.
.
AS
PRIMEIRAS LATAS: A
2ª Guerra Mundial impulsionou a indústria de latas de aço e estanho.
O preço da folha de flandres foi elevado com o crescimento da demanda,
obrigando os produtores a encontrar no alumínio a substituição da matéria-prima.
A Adolph Coors Company começou a vender cervejas em latas de alumínio
a partir de 1959.
Depois da 2ª Guerra Mundial surgiram os supermercados
(LEIA A HISTÓRIA DO: 1º
CARRINHO DE SUPERMERCADO) e inúmeras inovações na produção de embalagens, entre elas, o plástico.
As latas de aço produzidas com chapas metálicas, conhecidas como
folhas de flandres, são compostas por ferro e uma pequena parte de
estanho (0,20%) ou cromo (0,007%), materiais que as protegem contra a
oxidação (ferrugem).
Para a obtenção das chapas de aço é necessário extrair da natureza
o minério de ferro, denominado hematita, e a partir de sua redução
com carvão vegetal, produz-se uma chapa com alto grau de pureza.
.
CURIOSIDADES
.
Uma
latinha de alumínio vazia pesa apenas 14,5 g.
70 latinhas vazias correspondem a 1 kg.
Com uma chapa de alumínio de 1 metro de comprimento por 1,72 m de
largura podem ser produzidas aproximadamente 99 latinhas.
O Brasil tem uma das três maiores reservas de bauxita (matéria prima
do alumínio) do mundo. Cada 1 ton. de alumínio reciclado significam 5
ton. de minério bruto (bauxita) poupados.
Para reciclar o alumínio são gastos apenas 5% da energia que seria
utilizada para produzir o alumínio primário, ou seja, uma economia de
95%
No Brasil aproximadamente 17% das bebidas são embaladas em latas de
alumínio.
A reciclagem do alumínio no Brasil em sua cadeia - reciclagem, recuperação
e transporte - envolve mais de 6.000 empresas e proporciona uma fonte de
renda alternativa para milhares de famílias.
O ciclo da lata de alumínio, entre a produção e o retorno aos centros
de reciclagem, leva em média 35 dias, reduzindo o impacto sobre o meio
ambiente.
O ciclo da lata de alumínio, a partir da matéria-prima até a
reciclagem, passando pela coleta de latas, envolve mais de 150.000
pessoas no Brasil, a grande maioria vivendo hoje exclusivamente da
coleta de latas de alumínio.
Em 2001, o Brasil reciclou 85% das 11 bilhões de latas de alumínio
produzidas.
Os Estados Unidos produzem cerca de 100 bilhões de latas de alumínio
por ano e conseguem reciclar aproximadamente 55% desse total.
Hoje, mais de 43% das cervejas e refrigerantes produzidos em USA são
envasados em latas de alumínio.
No Brasil, são consumidas 50 latas de alumínio/ habitante/ ano,
enquanto em USA o consumo chega a 375 latas/ habitantes/ano
O volume de lata mais comum no Brasil é de 355 ml
O Brasil tem, atualmente, 4 fabricantes de lata de alumínio: Crown
Cork, Latapack-Ball, Latasa e REXAM,?
..
ANEL
DA LATINHA
..
Há um boato de que uma determinada quantidade de anéis de alumínio
pode ser trocada por diversos equipamentos como cadeiras de roda ou sessões
de hemodiálise, entre outras coisas. Isso não passa de um mito, pois
até hoje não houve nenhuma comprovação da campanha, instituição ou
movimento em todo o Brasil que promova tal troca. Mas nem só de mitos
vivem os anéis da latinha de alumínio. É verdade, por exemplo, que
eles são recicláveis, no entanto, não podem ser reciclados
separadamente das latinhas. Por isso, recicle a lata inteira, não
somente o anel.
. |