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COM MUITO ORGULHO, ERA BRASILEIRO . Na época em que nasceu João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, a General Motors estava chegando ao Brasil; a Ford, fazia pouco que estava aqui. Começava a colonização industrial. Engenheiro mecânico e eletricista, formou-se na Escola Politécnica de São Paulo em 1949 e, em 1953, no General Motors Institute nos EUA. Conta-se que, ao apresentar o projeto de um automóvel popular "O Tião" ao professor, teria ouvido: "Carro não se fabrica, João Augusto, se compra". . Tendo trabalhado como executivo de grandes montadoras, como a Ford e a General Motors, começou praticamente do nada - ou seja, com apenas US$ 10 mil e alguns sócios que aceitaram embarcar na aventura. A GURGEL foi fundada em 1°. de setembro de 1969 na cidade de Rio Claro (SP). Quando lhe perguntaram se a Gurgel era Multinacional, seu João Amaral respondeu: . "A
GURGEL não é multinacional, ELA É "MUITONACIONAL". O
capital É 100% brasileiro." Quando,
começou a desenvolver seu projeto para um carro econômico nacional,
usando as iniciais dessas três palavras, chamou-o de "CENA".
Sua idéia, quando lançasse o veículo, seria um slogan tipo “o Cena
entra na cena nacional”. Ocorre que a assessoria jurídica do saudoso
piloto Ayrton Senna entrou com uma ação, impedindo o uso do nome Cena,
já que, embora com grafia diferente, tinha o mesmo som do nome do
piloto. Amaral Gurgel, nem quis discutir a questão. Mudou o nome para
projeto BR
e desistiu do nome Cena, mas não sem antes chamar a imprensa para
comunicar o que estava fazendo e lembrar, mordaz: “Mas não vamos
esquecer que o rio Senna já corria na França muito antes do Ayrton ser
piloto...”
Mas
há um incidente que mostra muito bem como Amaral Gurgel pensava e agia
em sua vida empresarial. Na fábrica da Gurgel, em Rio Claro, havia
reuniões semanais da diretoria. Numa dessas ocasiões, Amaral Gurgel
levou consigo uma peça, que havia dado problema no painel de um X-12, e
a exibiu, descrevendo em seguida quais as mudanças que desejava fossem
feitas. Cerca de dez reuniões depois, passados já mais de sessenta
dias, em outra reunião de diretoria, o diretor técnico entregou a peça
com as modificações sugeridas.
São quatro milhões de novos brasileiros que nascem a cada ano. Desse total, cerca de metade são homens. E da metade feminina, uma grande porcentagem também irá buscar o mercado de trabalho dentro de alguns anos, porque a vida moderna exige, cada vez mais, que homens e mulheres trabalhem para sustentar a família. Logo,
precisamos gerar no mínimo três milhões de novos empregos por ano, ou
não estaremos agora produzindo brasileiros, mas sim futuros marginais. Não
estaremos criando cidadãos, mas sim párias colocados desde seu
nascimento à margem da cidadania.” (trecho de um artigo do Sr. Paulo
Facin, que foi assessor de imprensa do Sr. Gurgel por duas vezes.) Um trecho da história, contada por seu João Amaral: No início do empreendimento, ninguém nos queria vender motores, então resolvemos produzir o Gurgel Junior, que era um carro para crianças com motores estacionários, e mais tarde passamos a fabricar karts de competição.
Descobrimos
numa pesquisa que o Ipanema estava sendo utilizado em fazendas como
substituto do jipe. Resolvi investigar esse mercado. Conhecendo bem a
filosofia da Ford, concluí que o jipe Willys só era economicamente viável
a partir de mais de trezentos carros por mês. Naquele tempo, a Ford
estava fazendo 340 por mês. Achei que poderia dividir esse mercado,
pois nosso custo industrial era muito baixo. Amaral
Gurgel sempre foi cético com relação ao Proálcool, achava que terras
férteis deveriam produzir alimentos e que não fazia sentido subsidiar
álcool enquanto o Brasil exportava gasolina barata. Para ele, a energia
do futuro era a elétrica, por isso a Gurgel Motores sempre pesquisou
essa tecnologia, desde o início. Ainda em 1981 a Gurgel Motores lançou
o Itaipú, uma van elétrica. Para sua recarga bastava conectá-la a uma
tomada doméstica, mas o desempenho era fraco (vazia não superava os 70
km/h) e as baterias (que representavam 1/4 do preço do carro) tinham
vida útil curta. O carro acabou um fracasso de vendas e foi
descontinuado no ano seguinte, mas a empresa continuou desenvolvendo
protótipos elétricos, sem nunca chegar a um economicamente viável. . Mesmo
custando cerca de 15 mil dólares o carro foi um sucesso de vendas. Em
1990, quando o BR-800 começava a ser vendido sem a vinculação dos
lotes de ações da empresa e parecia estar surgindo uma nova potência
(tupiniquim) no mercado automobilístico, o governo
puxou o tapete da aventura nacional
(numa espécie
de traição à Gurgel). Com a isenção de IPI para carros com volume
menor do que 1000 cm³, a Fiat lança o Uno Mille, que oferecia mais
espaço e desempenho. Numa tentativa desesperada de retomar o projeto, a
Gurgel lança o BR-Supermini, mas já era tarde. Em 1992 a empresa
entrou em concordata e em 1995, com uma dívida de 3 milhões de dólares,
a empresa faliu. Gurgel não conseguiu empréstimos junto ao BNDES.
Nenhum estado propôs pagar sua dívida de 3 milhões nem financiar a
construção de uma fábrica sua. Em
1991 o BR-800 passou por aperfeiçoamentos no desenho, interior e
transmissão, passando a chamar-se BR-Supermini. Mas a empresa já não
estava bem financeiramente. Em 1992 a Gurgel Motores entrou em
concordata, e os lançamentos do Chevette Junior e Gol 1000, em 1992 e
1993 respectivamente, ambos desfrutando da mesma vantagem fiscal do Uno
Mille, deram o golpe de misericórdia na empresa brasileira. Trabalhando
com quadro de funcionários reduzido desde o pedido de concordata, a
Gurgel, com uma dívida superior a 3 milhões de dólares, vem a falir
em 1995. O sonho acabou. |
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