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O
Grupo Brasileiro Sinergy comprou 75% da linha aérea colombiana Avianca,
atualmente ao amparo da lei de falências dos EUA, informaram os
acionistas da empresa aérea. O Grupo Sinergy, liderado por Germán
Efromovich (BOLIVIANO NATURALIZADO BRASILEIRO),
injetará 64 milhões de dólares na maior linha aérea colombiana e
assume o total de seus passivos, de uns 300 milhões de dólares. Com a operação que inclui a pequena subsidiária de
Avianca,
SAM- Valores Bavária,
empresa holding de Julio
Mario Santo Domingo,
sai totalmente da segunda linha aérea do mundo em antiguidade, depois
da holandesa KLM. Valores Bavária teria uma participação acionária
de 50% na Avianca.
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A Federação Nacional de Cafeteiros, o outro acionista da Avianca,
diminuirá 25%, dos atuais 50% sua participação na companhia por um
período de três anos, lapso depois o qual poderá exercer um direito
de venda da porcentagem restante, segundo explicou em um comunicado na
imprensa. Santo Domingo põe fim a sua veiculação de várias décadas em
Avianca,
companhia que entrou em grave crise no final da década de 1990 pelo
declive da economia e os efeitos do conflito armado interno, fatores
aos que se somaram os ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA,
que afetaram a indústria aeronáutica mundial.
Avianca,
como marca será mantida, segundo Efromovich,
foi fundada em 1919 por imigrantes alemães. Depois das notícias
veiculadas, as ações dos Valores Bavária na Bolsa da Colômbia
subiram uns 20,3% a 410 pesos (0,15 centavos de dólar). Avianca
tirou suas ações da bolsa faz tempo. A operação anunciada na quinta-feira será apresentada ante uma
corte de Nova York para sua aprovação, dado que a Avianca
e sua subsidiária Avianca
Inc., se
apegaram desde março de 2003 ao Capítulo 11 da Lei de Falências dos
EUA, conseguindo até agora cinco prorrogações para apresentar seu
plano de reestruturação.
O
presidente do Sinergy Group, German Efromovich, afirmou há pouco que
pretende conversar com a Varig sobre a possibilidade de ser realizado
o compartilhamento de vôos (conhecido como code-share) com a
companhia colombiana Avianca. Sobre a possibilidade do code-share,
Efromovich disse que ainda não conversou com a Varig, mas afirmou que
essa é sua intenção. "Tem todo o sentido fazer code-share",
disse o empresário, ressaltando que tanto a Avianca quanto a Varig
fazem quatro vezes por semana a rota entre Bogotá e São Paulo. O
executivo, em entrevista à imprensa, disse também que a Ocean Air e
a Avianca poderão atuar em complementariedade: a empresa colombiana
traria, por exemplo, um passageiro de Bogotá para São Paulo e a Ocean
Air o
levaria para outros destinos dentro de sua malha doméstica.
Atualmente, a empresa regional opera em mais de 30 cidades do país.
MAIS
UM VENDEDOR...: Minha
família era pobre, Sempre tive de buscar meu próprio
dinheiro. Essa
história começa na Polônia às vésperas da II Guerra Mundial. Lá,
o avô cavou a própria cova antes de morrer com um tiro na nuca num
campo de concentração nazista. A mulher e os filhos tiveram o mesmo
destino. O pai de Efromovich só escapou porque fugiu para a Rússia.
Lá conheceu a futura mulher e imigrou para a Bolívia, onde German
nasceu. Depois de uma passagem pelo Chile, a família desembarcou em São
Paulo. Ele naturalizou-se brasileiro. Desde os 13 anos, mergulhou no
trabalho. Vendeu enciclopédias e fundos de investimentos. O domínio
do espanhol o levou a dublar filmes da AIC, que vendia as fitas para a
América Latina.
Durante o curso de engenharia mecânica, abriu um
supletivo em São Bernardo do Campo. Nas carteiras de suas salas de
aula, sentou um metalúrgico
chamado Luiz Inácio da Silva, o Lula, atual presidente da República.
Às
vezes, nos encontrávamos na porta de fábricas”,
conta Efromovich. “Ele
fazendo panfletagem sindical e eu, panfletagem do cursinho.
Assim que se formou, Efromovich abriu uma empresa de testes de
estrutura. À noite, trabalhava em obras e examinava estruturas de
construções industriais. Durante o dia, tocava a área
administrativa da empresa e visitava clientes. Faltava dinheiro
para tudo, diz ele. Certa vez, meu irmão levantou um
financiamento para comprar meu carro, mas o dinheiro foi para a folha
de pagamento. Em uma das viagens aos EUA, Efromovich levou apenas
US$ 330 para 15 dias de estadia. Durante o dia, marcava reunião com
os possíveis parceiros no saguão de hotéis de luxo, como o Sheraton
e o Hilton, embora não estivesse hospedado ali.
Eu chegava uma
hora antes do horário para não ser desmascarado”, recorda. Depois
do expediente, ia para restaurantes lavar pratos e levantar alguns
trocados. Efromovich voltou para o Brasil com diversas parcerias com
empresas americanas. Era a gênese da Marítima. Nas décadas
seguintes, empurrado por um bocado de brigas e algumas boas sacadas,
Efromovich tornou-a em negócio polêmico e milionário.
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