a
história das lentes e a marca bausch & lomb de 70 dólares
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Citam os historiadores que no século XV,
era moda entre os juízes esconder o olhar e encobrir as reações que lhes
produziam os relatos expressados pelos réus, advogados e promotores, e utilizavam para isto
cristais fumes.
Dessa forma mantinham à margem de
tornar publicas suas expressões, o que evitava também que nas entrelinhas,
os autores e réus dos juízos não pudessem se aproveitar e acomodar os
relatos de acordo com as expressões que viam no magistrado.
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Os cristais
fumes eram de enorme ajuda para que os juízes também pudessem
manter imparcialidade ante o júri e a deliberação deste, já que não
tinham sido influenciados pelas reações do magistrado.
E foi antes de se formularem as leis da óptica, que os chineses já
dominavam a arte de produzir lentes simples manufaturando cristais de
quartzo e outros materiais, inclusive armações de diferentes materiais,
como o
carey:
(este
material era retirado das escamas da tartaruga de carey, em finas camadas,
que após o polimento adquiria um brilho e transparência muito apreciados).
Alguns destes óculos eram para fins ornamentais e outros para fins
medicinais.
Nos escritos de Confúcio, 500 anos a.C., já mencionava ter aliviado
a visão de um sapateiro com o uso de lentes. Também se afirma que Roger
Bacon (1214-1294), em 1276, os descreveu encarecendo suas bondades curativas
para os anciãos de vista fraca. O veneziano Marco Pólo, visitou a
China clássica, em 1270 e encontrou pessoas que usavam aqueles ornamentos.
Mas
sabe-se que os primeiros óculos foram fabricados pelo italiano
Salvino D'Armato em 1285. Uma inscrição lapidária no sepulcro em Florença
o atesta. O escrito diz: - "Aqui jaz Salvino D'Armato de Amati de
Florença. Inventor dos Óculos. Deus perdoe os seus pecados. A. D.
1317". - Tudo isto se refere a fabricação ou construção dos óculos,
pois não é menos certo que as "propriedades
ópticas das superfícies curvas de cristais"
já foram conhecidas pelo mesmo Euclides, 390 a.C. e por Cláudio Ptolomeo,
127-151 d.C.
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Séculos depois apareceu o eminente matemático árabe Alhazen
(965-1038), que refutou e emendou a teoria que desde a época de Euclides se
mantinha como veraz, que consistia na crença "que
os raios visuais procediam de um ponto dentro do olho e que estes se
espalhavam formando um cone visual cuja base descansava sobre o objeto",
Alhaben
(Abu-Ali al-Hasan)
demonstrou o contrário, indicando que "os
raios visuais passam do objeto ao olho" e insinuou a "verdadeira
conduta da luz ao passar de um meio tênue a um meio denso".
A fim de explicar e descrever o resultado de seus testes costumava utilizar
pequenos segmentos de cristal em forma oval.
Graças a descoberta das primeiras lentes, que se produziu a lupa, a
tri-lupa e o microscópio, para o qual há ciências baseadas exclusivamente
nestes descobrimentos. A medicina, a biologia, a história natural, a química
entre outras são bons exemplos. Existem outras como a bacteriologia,
a petrografía e a metalografía entre outras, precisam apelar sem dúvida a
Microscopia para complementar os estudos feitos a olho nu.
Posteriormente, e com destino a pesquisa científica, apareceram as
lentes ou lupas e o microscópio "simples"
com dispositivos especiais e
com um poder de ampliação da imagem observada de não mais de quarenta diâmetros.
Oportuno é consignar aqui que tanto os óculos como as lupas ou lentes (antecessores
do microscópio) operam
como microscópios simples. Praticamente são iguais.
A lupa está composta somente por uma lente convergente, ainda que
existam aquelas que compõem um jogo de duas ou três lentes
(bilupas,
trilupas). Eram
feitas com montagens especiais permitindo sobrepor ou mudar as lentes
de diferentes aumentos e observar simultaneamente, a crescente ampliação
do objeto de exame. Elas nos dão uma imagem virtual direita e uma ampliação
variável de 5 a 40 diâmetros.
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Imaginemos que sem as lentes e por sua vez sem a lupa, o microscópio,
ficariam a margem da ciência o estudo das coisas e dos seres, ou entidades
sumamente pequenas, microscópicas e impossíveis de serem estudadas pelo
olho humano. Os diminutos indivíduos viventes que abundam a milhares em uma
gota de água, tem sido o assombro científico em todos os tempos.
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A comprovação experimental de que a textura de animais e plantas em
última análise se reduz a uma confederação de tecidos e estes por sua
vez de células confederadas, potencialmente capazes cada uma delas de vida
independente, com uma organização e estrutura complexas; assim como o fato
comprovado de que a soma total de energias elaboradas por cada um destes
microscópicos componentes celulares, imprimem a totalidade do individuo,
vegetal ou animal, o selo específico de sua estirpe na escala
correspondente, é, repetimos, coisa que maravilha e causa sensação ao
cientista.
O
microscópio nos da imagens invertidas, ou seja que o lado direito
do objeto amplificado aparece à esquerda na imagem óptica, e a cara
superior daquele se vê na parte inferior desta.
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Goza de um enorme poder de
amplificação, podendo sobrepor a vários milhares de diâmetros. Fundamentalmente consiste seu mecanismo na adaptação de sistemas de lentes
de aumento (lentes
convergentes) nas
extremidades de um tubo cilíndrico enegrecido interiormente. As lentes
colocadas na parte superior do tubo se chamam oculares e as do extremo
inferior, objetivas.
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A denominação de "microscópio"
foi dada por Johann
Giovanni Faber (1570-1640) de Bamberg em
1624; médico residente em Roma e a serviço do papa
Urbano VI I;
membro da Academia de Lincei. O vocábulo provêem de dois vocábulos
gregos: - "micros,
pequeno e skopein, ver, examinar".
Parece evidente que o microscópio
"composto"
foi inventado no final do ano
de 1590 por Hans
(pai) e Zacarias (filho) Janssen,
de Middelbourg, Holanda; principalmente por Zacarias, que asseguram,
combinava duas lentes simples convergentes: uma operava de "objetiva"
e a outra de "ocular".
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Não
obstante, a paternidade do microscópio tem sido muito discutida e
disputada. Temos por exemplo que os italianos atribuem o singular invento a
seu compatriota o famoso Galileu
Galilei, (1564-1642),
natural de Pisa, eminente físico e matemático. Segundo testemunhos, o que
Galileu fez, fundador do método experimental e da ciência dinâmica foi,
em 1609, combinar as lentes ou cristais de aumento em um tubo de chumbo ou
papelão, construído por ele mesmo, aplicando-as ao estudo da astronomia,
mas afirmam, em conhecimento já do aparato óptico inventado pelos
Janssen.
Tal aparato de Galileu, conseguiu com que aumentasse trinta vezes é
considerado como o primeiro telescópio produzido. Mas parece ainda não ser
este o seu descobridor, pois sabe-se que seu contemporâneo Hans
Lippershey tinha
um telescópio e que Galileu indagou sobre seus fundamentos, e em posse
destes construiu o seu, aprimorando-o. - O fato de haver construído
seus próprios microscópios, como aconteceu com Galileu,
Fontana, Drebbel, Kircher, Hooke, Leeuwenhoek,
etc., não lhes credita obter a patente de inventores como seus biógrafos
pretendem. Pelas computações cronológicas, como veremos, o progenitor do
invento sem disputa pertence aos Janssen.
O famoso Anton van Leeuwenhoek,
considerado como o pai ou progenitor da Microscopia e provavelmente da
bacteriologia também, que em 1675 relatou ter descoberto animaizinhos na água
da chuva e afirmava que "eram
dez mil vezes menores que as moscas de água"
vistas por Swammerdan.
Suas numerosas observações microscópicas e descrições que delas
constituem um positivo valor científico, pese a seu profundo espírito
mercantil. Leeuwenhoek
biólogo, nasceu na Holanda em 1632. A princípio, construiu microscópios por distração.
Chegou a construir mais de 400 deles. O mais potente aumentava os objetos 275
vezes. Conseguiu descobrir os animais unicelulares.
Também foi o primeiro em ver as células vermelhas nos seres humanos
e animais.
Em 1827, Karl
Ernest von Baer (1792-1876)
descobriu o óvulo dos mamíferos. Em 1831, Roberto Brown (1773-1858)
observou pela primeira vez o núcleo celular das orquídeas. Em 1835, James
Paget (1814-1899) e Richard Owen (1804-1892) descrevem
a traquina de um verme nematóide parasitário que estava enquistado no
tecido muscular, de preferência na carne de porco.
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No mesmo ano, 1835,
Agostino
Bassi fala sobre "Os
descobrimentos dos agentes patogênicos",
e reconheceu em um fungo a causa da enfermidade dos bichos de seda. Em
1836, Charles
Caignard da Tour (1777-1859)
descobriu a importância do fungo na levedura em fermentação. E a cabeça
de todos eles, em sitial
cimero da ciência
biológica, figuram Mathías
Jacob Schleiden (1804-1881) e Theodor Schwann (1810-1882),
que formularam e preconizaram a famosa doutrina sobre a "Teoria
Celular". Isto ocorreu nos
anos de 1838 e 1839.
A
Bausch & Lomb,
primeira empresa óptica americana, foi fundada em 1850 por dois amigos,
J.J. Bausch e H. Lomb. Em
1853, quando John Jacob Bausch, um imigrante alemão, abriu uma pequena óptica
em Rochester, Nova York, necessitou mais dinheiro para manter o crescimento
do negócio e pediu emprestados 60 dólares para o seu amigo Henry Lomb, a
quem prometeu torna-lo sócio se o negócio desse certo, e como deu. Em
1920, a Força Aérea dos Estados Unidos fez uma encomenda: - Produzir uma
proteção ocular para os seus pilotos de caça, que enfrentavam sérios
problemas de visibilidade. Depois de dez anos de pesquisa, apresentaram óculos
com lentes verdes, que refletiam os raios solares. Somente em 1936 a
novidade foi batizada de Ray-Ban e começou a ser vendida ao grande público.
Depois
de diversas inovações durante mais de um século Bausch
& Lomb
apresentou em 1971 as primeiras lentes de contato brandas e, hoje em dia,
segue sendo o maior fornecedor de produtos para o cuidado dos olhos. A
companhia conta com uma equipe à nível mundial, de cerca de 12.000 pessoas,
as quais trabalham nos escritórios e centros produtivos que Bausch &
Lomb tem em 35 países. Os produtos desenvolvidos pela empresa estão
presentes em mais de 100 países em todo o mundo e são líderes de mercado
em praticamente todos seus segmentos de atividade. Atualmente, Bausch &
Lomb articula sua oferta em torno de três linhas de produtos: "os
produtos para o cuidado dos olhos, os produtos cirúrgicos e os produtos
farmacêuticos".