restaurant
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significava, ate o século XVIII,
caldo reconfortantE, restaurador, que dava energia. .
Gastronomia era o termo usado na
grande época da cozinha francesa do Século XIX devido as obras de Grimod
da Reynière (1758-1838) famoso gourmet, anfitrião excêntrico, advogado,
deputado e crítico implacável, que nesses dias organizava suntuosos
banquetes em sua opulenta casa parisiense em Champs Elysees - Paris, (hoje
ocupada pela Embaixada dos EUA), que foi o primeiro a lançar
uma revista de cozinha.
Os gourmets foram os primeiros que começaram a
escrever comercialmente a sabedoria do comer, do saber de vinhos e quais
deveriam acompanhar as comidas.
Quando Napoleão chegou ao poder,
não dava importância a arte da mesa, mas os seus ministros Talleyrand e
Cambaceres compensaram a falha do Imperador. Talleyrand dizia que um bom
cozinheiro era mais importante no momento das negociações que os melhores
diplomáticos. Talleyrand tinha a seu serviço um dos cozinheiros mais
brilhantes de sua época:
"Carême". Aqui nasce a indústria alimentícia:
"o
açúcar de cana é substituído pelo açúcar de beterraba". Por logísticas
militares, Nicolas Appert (LEIA
A HISTÓRIA DAS CONSERVAS, CLICANDO NESTE LINK) aprimora os meios de conservar os alimentos e o
sistema de conservação utilizando o calor em vidro fechado, sistema logo
aproveitado pelos americanos e os ingleses.
Grimod de Reynière publica em 1803
“L’almanach des Gourmands”.
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Acaba de conceber-se a palavra “gastronomia”.
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Estas foram as conseqüências que na época da Revolução tiveram lugar ao
redor do conceito da alimentação.
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Os términos "gourmand" e "gourmet"
são comuns e são usados quase como sinônimos, ainda que segue-se dando ao
segundo uma maior respeitabilidade.
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Como alguém se torna um "gourmet"?:
Não
há uma carreira para isto e só a experiência pode oferecer o conhecimento
que tal definição exige. Uma forma de iniciar-se, não obstante, é recorrer
a livros de gastronomia, que não é o mesmo que os de receitas, tão em moda
atualmente...
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DeBrillat Savarin, alto cargo jurídico,
temos o livro que escreveu em 1825 “La physiologie du gout” e que segue
sendo a bíblia de numerosos gourmets. Os menus tradicionais começam sempre
com uma sopa...
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"foi para ressaltar a sua importância que Grimod de La
Reynière, experto na arte culinária da França, disse:
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"A sopa é
para a comida, como a fachada é para o edifício; não é só o primeiro que
se toma, senão o que deve sugerir o caráter do banquete; é igual á
abertura no teatro, que anuncia o tema da ópera".
. O costume da sopa nasceu há muito tempo, depois que "Prometeo"
ganhou o ódio dos deuses por presentear o fogo aos mortais. Até que
fabricaram os primeiros vasilhames, nossos engenhosos antepassados
preparavam os seus caldos em cascas de frutos, conchas ou em buracos
forrados com pele, onde junto com a água, iam as raízes e os vegetais
favoritos e enchiam de pedras quentes para dar a temperatura ideal.
A
"sopa" foi o prato principal, e às vezes o único, da população rural em
quase todo o mundo. Se pendurava um caldeirão no qual se enchia de
verduras que se tinha no momento e acrescentava-se água, e a fervura
seguia por conta própria, cozinhando a fogo lento durante horas. Também é
muito usual colocar um pedaço de pão em um prato, sobre o qual se colocava
a sopa quente, como segue sendo costume, por exemplo na "bouillabaisse",
que é a comida cotidiana dos pescadores.
Seu nome em distintos
países: Em inglês "soup" vem de uma antiga palavra: "sop" que era uma
rodela de pão embebida em molho de carne.
As raízes árabes, da clássica
sopa espanhola "gazpacho", significam "pão
embebido", que é simples
por ser uma comida de camponeses, ou seja, uma mistura sem cozinhar de
tomates frescos, pepinos e cebolas, pimentões vermelhos e verdes, alho,
suco de tomate, azeite de oliva, tudo misturado com pão, para absorver o
sabor das verduras.
Os franceses chamaram "souper" a comida que tomavam ao
entardecer, uma sopa em que se molhava o pão.
A nova burguesia cidadã não
desejavam lembrar do seu passado de escassez e nem tampouco queriam
esquecer das frugais "soupes" e nem renunciar aos benesses e conforto que
estas traziam, por isso eles tomavam "potages" cujos ingredientes
precediam do jardim "potager", (horta). Assim a sopa se converteu na
entrada diária de todas as casas.
Sempre presente nos
momentos que implicaram grandes mudanças para a humanidade, no século XIX
a industrialização também passou pela sopa, assim nasceu os cubos e o
macarrão para as sopas. Em 1883, o Sr. A. Goodman, padeiro da Filadélfia
que havia se estabelecido em Manhatam, começou a comercializar junto com
seu filho, sopas desidratadas e macarrão para as sopas, mas suas
especialidades não alcançaram boa performance. (Quem sabe por não terem os
Professores de Marketing que a comunidade do SDR tem e por não contratarem
Profissionais da Venda que nem nos, assinantes. (risos)).
Durante a
Grande Depressão, um bom prato quente era a única coisa que pediam os
grandes magnatas de Wall Street. Sempre esta quando faz falta calor e
consolo. Entre seus fanáticos se encontram muitos famosos: "Lewis
Carroll, Giusseppe Verdi, Voltaire, e até a rainha Vitória da Inglaterra
que a tomava antes do café da manhã. . Contam que Marilyn Monroe era
muito afeta às sopas e que antes de servi-las era costume que repetisse
este versinho para seus amigos: "Sete virtudes tem as sopas... tiram a fome e dão
pouca sede, fazem dormir e digerir, nunca enjoam, sempre agradam e tornam
a cara colorida.
Mas foi sem dúvida alguma, Julius Michaël Johannes Maggi, que
vaticinou a sopa para todos, de forma industrial e rápida de ser
cozinhada. Nascido em 1846 no cantão suíço de Turgovia onde seu pai Michael, de origem italiana e nacionalizado Suíço, se estabelece como
moleiro em 1839. Quando
Julius tinha 15 anos o seu Pai comprou um moinho no Vale de Kempt. Muito
inclinado para a ação, Julius demonstrou ser um homem de negócios,
imaginativo e capaz. Era muito receptivo ao que acontecia no mundo em que
vivia e graças às suas viagens e ao seu sentido de observação, deu-se
conta da enorme transformação que estava experimentando a economia
européia.
Nas fábricas, a mão de obra feminina
encontrava múltiplas oportunidades de emprego. Em conseqüência, as
mulheres dispunham de menos tempo para as atividades domésticas, uma delas
a cozinha, que na época era muito demorada. Devido a isto, a alimentação
das famílias começou a ressentir-se e o próprio rendimento laboral acusava
estas falhas alimentares. . O problema chegou a ser tão inquietante que as
autoridades da sociedade Suíça e em particular um de seus conselheiros, o
Dr. Schuler, médico e inspetor de fábricas, que se dedicava a estudar as
condições de vida das pessoas que trabalhavam nas industrias, grande amigo
de Julius, abraçou a idéia de produzir uma sopa de cereais moídos,
de rápido cozimento e alto poder nutricional, oferecida por Julius,
aproveitando o potencial do moinho.
Em 19 de novembro de 1884
foi assinado um convênio entre "Julius Michaël Johannes Maggi" e a
Sociedade Suíça", pelo qual ésta patrocinaria durante três anos o novo
produto e o lançaria a conhecimento público. Em janeiro de 1885 começou a
fabricação em grande escala da farinha de legumes "MAGGI". Em finais de
1888 a Maggi estabeleceu armazéns em Paris, Berlim, Viena, Londres e
entrou em contato com uma empresa nos EUA. Por esta época já
tinha três farinhas de legumes, um sortido de sopas já extenso e lançava a
publico um condimento: - O "aroma Maggi" que ainda hoje é conhecido por
esse nome. . Foi em 1908 quando lançou o famoso "caldo em
cubinhos", foi reconhecido mundialmente ao longo da história. Nessa época
já vivia em Paris onde se havia dedicado a um novo segmento: O
leite fresco. - Sua grande generosidade se concentrou na construção de
vivendas para os seus funcionários, efetivou um seguro médico na empresa,
incorporou a pausa ao meio dia e outorgou a seus colaboradores o sábado a
tarde livre.
Em 1912, faleceu na Suíça estando em plena atividade. O
desaparecimento deste homem deixava um grande vazio, mas os seus
colaboradores já estavam familiarizados com o negócio há muito tempo
antes. Apesar da morte de seu inspirador, inventor e homem chave, a
sociedade aumentou seu capital duas vezes. A empresa que seguiu sendo
familiar, se fundiu com a Nestlé em 1947.
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