O
jornal do futuro
No
Encontro Mundial de Entidades Jornalísticas, realizado em Porto Alegre,
profissionais da comunicação discutiram o futuro do jornal e concluíram
que, apesar da concorrência das novas tecnologias, ele continuará
existindo. "Nada é tão barato, portátil e fácil de ler quanto
um jornal; as notícias numa tela têm apenas algumas dúzias de
palavras, enquanto as do jornal têm milhares." Isto não
significa, entretanto, que ele não sofrerá transformações. Os
jornais se tornarão uma combinação de "turbinas de informação",
ao usar as novas tecnologias e a própria Internet para melhorar seu
produto, e de "refinarias informativas" ao produzir vários
produtos para diferentes públicos.
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De acordo com o consultor Carlos Soria, presente ao encontro, eles deverão
ser mais analíticos, procurando sempre facilitar a vida dos leitores
com interpretações agregadas aos fatos noticiados.
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A estrutura das empresas jornalísticas seguirá as mesmas tendências
que estão revolucionando as demais organizações - buscarão
agilidade, decisões descentralizadas, e seu quadro de colaboradores será
bem menor e mais bem pago. Seus repórteres escreverão e editarão suas
próprias matérias, numa espécie de jornalismo integral,
comprometendo-se a atender seus leitores em suas demandas por qualidade
no conteúdo editorial. Estas mudanças exigirão um grande esforço de
adaptação da maioria das empresas de comunicação que ainda está na
fase de produção pelo processo industrial, sem valorizar o intelecto.