Valores
quebrados atraem clientes
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sala dos
artigos de estratégias
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Num eterno jogo de sedução
em que a mercadoria é, muitas vezes, o que menos importa, o preço tem-se
intensificado como uma ferramenta de vendas, capaz de conquistar o
consumidor. Estudo intitulado "as relações do consumidor perante as
estratégias de precificação psicológica", coordenado pelo professor
Cláudio Felisoni de Angelo, da Provar-FIA-USP, constatou que os preços
quebrados como o famoso R$ 9,99 chamam mais atenção do que valores
inteiros. A pesquisa teve como objetivo analisar o comportamento do
consumidor em relação ao uso de preços singulares e absolutos, além de
promoções e descontos. O estudo indica que, além do preço em si, a forma
como eles são comunicados ao público também influi na hora da compra
(Artigo:
Como influi a percepção de preços nos clientes?).
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Cerca de 70% das
pessoas que responderam à pesquisa afirmaram que valores como R$
5,99, por exemplo, despertam mais interesse do que números redondos.
Para o coordenador do estudo, fatores psicológicos devem ser levados
em conta durante a realização de estratégias de precificação.
•
Cerca de 60% dos
entrevistados disseram que não associam os produtos com preços
quebrados a mercadorias de qualidade inferior.
Os setores de vestuário e
farmácias foram indicados como os que mais se beneficiam por esse tipo
de precificação, chamada singular. Entretanto, as ofertas e promoções
continuam sendo estratégias mais atraentes para o consumidor. Segundo a
pesquisa, os entrevistados confirmaram que o velho “leve três, pague
dois”, além do oferecimento de descontos (que muitas vezes não passam da
etiqueta!) são formas mais atraentes de vendas do que os preços
singulares
(Artigo:
Cuide os sinais que dão os
preços).
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Para os pesquisadores, a fixação de preços é um jogo, já que o êxito
depende não só das decisões do lojista, mas também da forma como os
clientes e concorrentes reagem a elas. “Com a estabilidade da inflação,
a precificação da mercadoria tornou-se uma forte estratégia”, garante.
Um exemplo pode ser verificado nos postos de gasolina de Fortaleza.
Segundo o gerente de um desses estabelecimentos, que prefere não se
identificar, ele sempre acompanha os preços do seu vizinho
(Artigo:
Uma guerra
de preços acaba com muitas cruzes!).
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