REVOLUÇÃO
- Gary
Hamel
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As
empresas vencedoras serão as que apostarem na inovação estratégica.
Para tal terão de liderar uma revolução dentro da sua indústria.
Quem diria que a máxima de Fidel Castro "Revolução
ou morte!"
seria, um dia, aplicada ao mundo dos negócios?
Há
quase meio século, Edward Deming lançou o grande desafio da qualidade.
Algumas empresas escutaram, especialmente as japonesas. Muitas ignoraram
o desafio e pagaram um preço elevado por terem ficado para trás na
curva da mudança.
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Há
alguns anos atrás, pensamos que a globalização era o novo desafio.
Hoje, o problema já não é a qualidade, nem a globalização. O grande
desafio consiste em tornarmo-nos arquitetos da revolução, ou seja,
sermos os autores das mudanças fundamentais no âmbito de um novo
paradigma de negócio que tem estado a transformar todas as indústrias
à escala global.
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Talvez esta metáfora revolucionária pareça um exagero de
linguagem. Mas não é. O problema é que menos de 5%
das empresas estão orientadas para este novo desafio. E como escasseiam
os livros sobre as melhores práticas e não existem exemplos óbvios da
sua aplicação, tudo se torna ainda mais complicado.
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Sobre esta nova economia já passamos da era industrial para a da
informação. A questão já não é o que vai acontecer, mas quais serão
as empresas capazes de criar valor durante esta fase de transição.
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Creio
que a maioria só agora começa a perceber a verdadeira importância que
estas mudanças terão no seu negócio. Imagine que sempre que pega no
telefone um programa de software começa a procurar a via mais barata
para a sua chamada.
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Imagine
decidir o que é que precisa da mercearia e em seguida submeter a sua
lista a um leilão, a fim de descobrir quem é que vai fornecer esta
lista de artigos ao melhor preço. Estas mudanças fundamentais estão
no nosso horizonte.
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E
você o que vai fazer? Quer ser o líder ou um mero seguidor?