Lojas
de departamento perdem espaço no varejo
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A
participação das lojas de departamentos na receita do varejo
brasileiro encolheu quase 38% entre 1996 e 2002. Os dados, parte da
Pesquisa Anual do Comércio de 2002, foram divulgados nesta quinta-feira
(06/05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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No
comércio varejista, o destaque em expansão foi a venda pela internet.
Em 2002, a receita líquida do varejo online apresentou aumento real de
127% em relação a 2001, saltando de 233,5 milhões de reais para 530
milhões de reais.
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Na série histórica que vai de 1996 a 2002, a participação das
lojas de departamentos, eletrodomésticos e móveis diminuiu de 17,5%
para 10,9% da receita líquida total do comércio. 'A queda tem a ver
com a crise enfrentada pelo setor, com a falência de redes
tradicionais', explicou Juliana Vasconcellos, técnica da Coordenação
de Serviços e Comércio do IBGE. No período analisado, os grandes
magazines tiveram forte queda de lucros, por conta de um aumento de
16,9% no total de empregados e de uma retração de 31,2% na receita.
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Em contrapartida, subiu 1,4 ponto porcentual a fatia dos hiper e
supermercados na receita líquida total do comércio: de 23% (em 1996)
para 24,4% (2002). Mas foram as distribuidoras de combustíveis que mais
ganharam espaço no período. A participação delas pulou de 14,8% para
22,5%. 'Esse aumento está relacionado a fatores como a desregulamentação
do setor, o aumento da frota nacional e o reajuste nos preços dos
combustíveis', disse Juliana.
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