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MITOS CAINDO EM PESQUISA DA BOOZ ALLEN HAMILTON

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A Coca-Cola latino-americana encomendou um estudo à consultoria Booz Allen Hamilton sobre "consumidores emergentes" que mostra porque as redes de supermercados não conseguem atrair as classes C e D no Brasil. A pesquisa, apresentada derruba alguns mitos sobre o pequeno varejo: 

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1º Mito: - Não é o crédito real, a propalada "caderneta", que atrai essa dona de casa, e sim o "crédito virtual", fruto do atendimento pessoal recebido nesses lugares. "Não existe maior vergonha para essas pessoas do que faltar R$ 0,30 no caixa e ter que devolver mercadoria", diz Francis Liu, vice-presidente da Booz Allen, que coordenou a pesquisa. "É nessa hora que o dono diz para a dona Maria que tudo bem, ela paga depois.
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2º Mito: - É o de que esse consumidor não sabe fazer conta, já que se submete aos preços mais altos das vendinhas, em média 17% acima dos cobrados nos supermercados. "Ele tem o tablóide do supermercado, sabe os preços, calcula o custo do transporte e percebe que não vale a pena", diz Liu. "E não precisa de nenhum consultor engravatado para ensinar isso." A decisão considera que as compras dessa classe são fragmentadas, com um tíquete médio entre R$:4,00 e R$ 5,00 e compara os preços em estabelecimentos a até sete quadras de casa. "A proximidade é fundamental", afirma o executivo.
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3º Mito: - O sortimento de produtos básicos que inclui as principais marcas líderes, mas não oferece as "tentações" dos hipermercados completa a proposta desse varejo, que atende com eficiência às necessidades dos consumidores das classes C e D. "Mais do que as tentações, as grandes superficiais do varejo dão a essas donas de casa uma sensação de frustração", explica o vice-presidente da Booz Allen. O formato de "hard discount" que começa a ser implantado por grandes redes muitas vezes peca pelo exagero para o outro lado. "Encontrar só marca barata ou produto prestes a vencer faz a dona-de-casa sentir-se pobre", diz Liu. Além disso, esse consumidor valoriza o tratamento pessoal, oferecido apenas no negócio em que o dono está atrás do balcão.
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Segundo o instituto
LatinPanel/Ibope, 85% das compras da classe C acontecem fora das grandes redes de supermercados. Individualmente a renda dessas pessoas é baixa. Mas, como grupo, as classes C e D são responsáveis pelo consumo de 49% dos bens de consumo rápido.

Para a Coca-Cola, entender esse consumidor é estratégico, afirma Evandro Tavares, diretor de desenvolvimento de clientes da líder global de refrigerantes. O estudo da Booz Allen foi o primeiro encomendado pela Coca-Cola Retailing Research Center, um conselho formado pela companhia reunindo executivos da empresa e do varejo. Um exemplo de decisão tomada pela Coca-Cola a partir da observação do pequeno varejo é a diversificação das embalagens. A pesquisa mostrou que as embalagens menores estão mais presentes nas mercearias e mercadinhos (50% do mix) do que nas grandes redes (36%), porque a dona de casa lança mão desse artifício para encaixar as marcas líderes no seu orçamento. "A variedade de embalagens, de acordo com o canal de vendas, será cada vez mais intensa na Coca-Cola", diz Tavares.

PASSADOS ALGUNS MESES DA PESQUISA, ESTA SEMANA VEIO A RESPOSTA.

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Coca-Cola usa PET de 3 litros para enfrentar as tubaínas - Marta Barcellos da valor online, - Uma garrafa PET de 3 litros, voltada para o consumo familiar, é a nova embalagem adotada pela Coca-Cola como parte da estratégia de segmentação de mercado, para atender públicos diferentes, em ocasiões distintas e também se distinguir ainda mais das tubaínas. A empresa já oferece o seu refrigerante carro-chefe em 16 tamanhos diferentes, entre garrafas e latas, e vem apostando especialmente na volta das garrafas de vidro retornáveis, como forma de fidelizar varejistas e consumidores.
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A nova embalagem de 3 litros, que tem o apelo de ser mais econômica, foi utilizada pela primeira vez nas vésperas do Natal de 2003, apenas em
São Paulo e Belo Horizonte, como uma garrafa comemorativa. Graças à boa receptividade e ao preço competitivo (entre R$ 2,69 e R$ 2,89, com uma relação de preço/volume melhor que a de 2 litros), os engarrafadores decidiram repetir a distribuição na Páscoa e no Dia das Mães, estendendo a novidade para Fortaleza. Segundo a Coca-Cola, há planos de lançamento em novas praças e novas datas, embora ainda exista uma limitação no número de moldes disponíveis.
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O molde de 3 litros da
Coca-Cola é novidade no Brasil, mas já existe em outros países, como Argentina e EUA. A garrafa PET com molde diferenciado faz parte da tática das gigantes de refrigerante para se diferenciar das tubaínas: também foi usada pela Pepsi, da AmBev, que adotou em novembro um formato exclusivo para as embalagens de 2 litros. A nova garrafa, desenvolvida nos EUA, tem a "cintura" mais fina para facilitar a "pegada", e foi lançada no Brasil antes de ser levada a outros países.

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