Cuidado
com os funcionários puxa-saco!
.
sala dos artigos de
liderança -
SALA DOS ARTIGOS DE
GERENCIAMENTO
.
Um funcionário puxa-saco a
seu chefe: excelente idéia, senhor! Você é um gênio! Se você tem gente a
seu cargo, pergunte-se quantas vezes por dia escuta "sim, senhor". Mais
do que as vezes que lhe dizem não? Nesse caso, você não é um bom
líder... O chefe taylorista não precisava ser demasiado criativo, nem
inovador, nem aberto... Nem sequer precisava ter demasiadas luzes.
Bastava com que soubesse disciplinar à tropa e assegurar-se de que a
pessoa a seu cargo se limitasse a obedecer as ordens. Em definitiva,
para o chefe taylorista, a frase "sim, senhor" era música para os
ouvidos
(artigo:
Líderes não criticam, corrigem).
.
No entanto, segundo o artigo "Dom't
Listem To Yes", da HBS - Harvard Business School, a cultura
"sim senhor" do taylorismo é veneno para a tomada de decisões corretas
na nova economia, onde o sucesso se consegue através de uma constante
inovação e a colocação em prática de boas idéias. Segundo o artigo de
Harvard, todo processo de decisão deve começar pelo entendimento da
cultura corporativa. Os diferentes níveis culturais influem nas idéias
que serão levadas em conta e a forma em que serão levadas a cabo
(artigo:
Alguns chefes são um terror na hora de criticar).
Na cultura do não, uma
expressão cunhada por Lou Gerstner para descrever a situação de IBM
a princípios dos noventa, os funcionários têm o poder de vetar quase
qualquer iniciativa. Basta apenas que algum trabalhador se senta
afetado pela idéia de um colega para que se oponha abertamente e o
novo projeto fique no nada. Assim, a perigosa cultura do não se
converte numa trituradora de idéias e projetos (e quase quebra uma
companhia do calibre de IBM).
.
Na cultura do sim, pelo contrário, os trabalhadores jamais
manifestam sua oposição, por temor a que estoure um conflito. Nestas
empresas, abundam funcionários bajuladores que dizem ao chefe:
Excelente idéia! Você é um gênio, senhor! É um verdadeiro paraíso
para managers ególatras, mas um péssimo ambiente para uma
organização comprometida com a inovação constante. Afinal de contas,
quando o chefe não conhece a verdadeira opinião de seus
colaboradores, muitos projetos destinados ao fracasso serão
aprovados.
Segundo o artigo de
Harvard, a situação ideal é o ponto médio entre ambos extremos. A melhor
cultura é aquela onde se incentiva o discenso, o debate e o desacordo de
idéias enquanto se mantêm baixos os níveis de conflito interpessoal.
Como conseguí-lo? Em culturas excessivamente sim senhoristas, uma boa
alternativa é organizar simulações onde alguns funcionários se ponham no
papel de advogados do diabo, tentando por todos os meios sabotar as
idéias que propõem seus colegas. Desta forma, no marco de um jogo, podem
expressar aquilo que não se atrevem a confessar numa reunião formal
(artigo:
Liderança à moda da
Infantaria da Marinha).
.
Esta simulação oferece ao líder uma visão mais ampla sobre suas próprias
idéias e projetos. O trabalhador, por sua vez, sente que teve a
oportunidade de expressar suas idéias, que foi escutado e que suas
propostas realmente se levaram em conta. Também é importante que
compreenda as razões pelas quais a empresa não adotou a solução que ele
propunha. Em definitivo, o enfoque desta investigação de Harvard implica
uma definição de liderança oposta à do vigilante chefe taylorista, um
estilo definitivamente enterrado nestes tempos de "flat companies". As
empresas onde não voa uma mosca e só se escuta "sim, senhor" têm os dias
contados nos ambientes de negócios atuais, onde o compromisso e a
criatividade são as fontes das vantagens competitivas
(artigo:
delegando
responsabilidades a sua equipe comercial).
Profª. Martha Lagace
HBS- Harvard Business Review
Biblioteca exclusiva da Harvard Business
Review
.
HBS - Harvard Business
School, é a escola de pós-graduação em administração de empresas, da
Univ. de Harvard, de Boston - EUA. É uma das mais bem conceituadas
escolas de negócios a nível mundial. Entre seus ex-alunos estão o
do ex-presidente dos EUA George W. Bush, entre outros como Mitt
Romney e Michael Bloomberg, Sheryl Sandberg, CFO do Facebook. Nos
principais rankings de MBAs, como o da revista Financial Times, a
HBS é líder absoluta.
.
Outros excelentes
artigos traduzidos e publicados pelo Jornal SDR, da
HBS- Harvard Business Review:
.
|