custo
do trabalhador a nível mundial
.
O
Brasil é um país menos atraente para investimentos estrangeiros do
que a China e nações do Leste Europeu e, conseqüentemente, pode
perder negócios para essas regiões no futuro próximo. Essa
conclusão é da consultoria alemã Roland
Berger, que divulgou o relatório "O
Crescimento da China e a Ampliação da União Européia –
Conseqüências para o Brasil".
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No
estudo, os consultores afirmam que os brasileiros trabalham menos
horas por ano (1.869 horas/ano) do que os chineses e os trabalhadores
de vários países do Leste Europeu:
Outro fator que faria da China e do Leste Europeu mercados mais
atraentes aos olhos dos investidores internacionais é o preço da
mão-de-obra: o trabalhador brasileiro é mais caro do que o chinês e
o do Leste Europeu. Na comparação direta, a mão-de-obra no Brasil
é três vezes mais cara do que a da China:
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A mão-de-obra brasileira
sai a US$ 3,19 por hora, de acordo com a Roland Berger,
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o
trabalhador chinês custa, em média, US$ 1,04.
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A média paga nos
países do Leste Europeu fica em US$ 2,76, mas em alguns países é
bem mais baixa.
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Na Romênia, o custo não passa de US$ 0,94 por hora.
O Brasil também fica atrás no quesito motivação. O estudo afirma
ainda que os trabalhadores chineses e do Leste Europeu são mais
motivados do que os brasileiros:
A Roland Berger destaca ainda que a China e o Leste Europeu têm uma
grande oferta de mão-de-obra de alto nível. Por exemplo, de
cientistas, matemáticos e engenheiros. No entanto, o relatório da
consultoria alemã não traz apenas más notícias para o Brasil. Se
por um lado o país é visto como destino menos atraente para
investimentos estrangeiros, por outro pode se beneficiar do
crescimento dos concorrentes para aumentar suas exportações.
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O documento destaca, por exemplo, que o país quadruplicou as suas
exportações para a China nos últimos quatro anos. Já o Leste
Europeu ainda é um alvo pouco explorado pelos exportadores
brasileiros, mostra o levantamento.Além disso, as taxas de
crescimento econômico da América Latina continuam acima das
registradas nos países do chamado Primeiro Mundo.
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Ainda como oportunidades, a consultoria diz que o Brasil pode reduzir
a sua dependência do mercado regional e ampliar a participação no
mercado global. Segundo o relatório, a participação das
exportações no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil ainda é
pequena, em comparação com os vizinhos.
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A fatia brasileira é de 16,9%, menor do que a da Argentina (25%), a
do México (28,4%) e a do Chile (36,4%).
Eric
Brücher Camara - BBC