O poder e a linguagem
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Ao
nos comunicar, estamos a revelar algo acerca de quem somos. Segundo
Sarah McGinty, professora na Escola de Educação da
Universidade de Harvard e autora do livro
Language as a Power Tool,
a melhor forma de comunicar será a de adequar o estilo da conversação à audiência.
Para McGinty, a linguagem não tem que ver com a forma como homens e
mulheres a utilizam, um mito enraizado, mas sim com o poder: quando controlamos uma situação, as palavras escolhidas colocam-nos no centro da atenção; pelo contrário, se não detemos esse
controle, socorremo-nos de pequenos sinais que indicam que não estamos a tentar dirigir a conversa.
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Significa isso que devemos exercer o poder falando sempre de forma afirmativa? Não. Por vezes, deve-se deixar as outras pessoas dirigirem a conversa. Há situações em que o seu estilo de conversação sai reforçado se ceder o poder, de forma que as outras pessoas possam ser ouvidas.
Antes de abrir a boca, abra bem os ouvidos!
Thomas D. Zweifel é presidente executivo da
Swiss Consulting Group, Inc., uma empresa que ajuda outras, como o
Citibank, a gerir a difícil arte de saber ouvir. Antes de abrir a boca, diz
Zweifel, certifique-se de que abre bem os
ouvidos:
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Pense na forma como a sua mensagem vai ser interpretada. Antecipe os comentários negativos que possam provir da audiência e prepare os seus argumentos cuidadosamente.
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Concentre-se na forma como as pessoas reagem ao que está a dizer. Se sentir que não está
conseguindo agarrar os interlocutores, terá que alterar a sua mensagem e encontrar uma melhor forma de expor o seu caso.
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Faça uma pausa. Por vezes, aquele minuto extra de silêncio da sua parte pode ser suficiente para que o seu interlocutor apreenda a mensagem que lhe quer transmitir.
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Ouça até
o limite. Lembre-se de que poderá ser a outra pessoa a encontrar a melhor solução. De qualquer
forma, ambos sairão vencedores.