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Na
edição de novembro da revista Quo
na Espanha, saiu uma reportagem muito interessante sobre neuro-marketing,
que se perfila como técnica para conhecer os desejos dos consumidores.
Averiguar o que acontece com a mente humana quando se toma uma decisão e
aproveitar esse conhecimento para desenvolver anúncios mais eficazes,
passou a ser algo de vital importância entre consultores da Europa e USA,
e nessa reportagem, justamente são citadas as empresas que já utilizaram
essa técnica e quais as universidades e laboratórios que investiram e
investem na técnica. Para quem ainda não leu dois artigos sobre NEURO-MARKETING,
citamos dois links do PORTAL
SDR, para que
conheçam e abaixo segue reportagem, que é muito interessante:
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PEGOS
pELA publicidadE
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O
marketing recorre a ciência para saber como decidimos e desenhamos estratégias
mais sutis e eficazes. Pendurar pessoas vivas de um Out door poderia
parecer o último em publicidade agressiva, mas hoje em dia os
recursos dos quais se utilizam os "GURUS
DO COMPRE-ME",
extrapolam a extravagância e sofisticação:
a
empresa Harris Hynd
JÁ comercializa o equipamento turning heads (cabeças que giram), um
dispositivo que faz falar a qualquer superfície publicitária com a
qualidade de um cd. O empenho em criar a chamada "consciência de
marca", tem levado a Panasonic
a abrir em Tókio seu dinosaur factory, um centro de exposição que é
uma mistura de parque jurássico, no qual que se podem provar seus
últimos produtos.
Segundo
a empresa Mediaedge:cia,
em setembro passado se emitiram uma média diária de 8.400 anúncios
televisivos na Espanha. Ou seja que para conquistar a vontade do
consumidor, os estrategistas de marketing querem aguçar ao máximo o
engenho. Sua última volta de parafuso, é infiltrar-se diretamente no cérebro
de seus objetivos. Em sentido Literal. Contam para isso com ferramenta
inesperada, mas muito poderosa: - "O
NEURO-MARKETING",
que é a aplicação de descobrimentos científicos sobre como os
consumidores percebem o mundo e como se tomam decisões na elaboração de
estratégias empresariais.
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a
ciência como marketing: -
As tecnologias mais utilizadas para sua finalidade são a ressonância magnética
nuclear funcional (RMNf)
e a tomografia por emissão
de positrons (PET),
técnicas de imagem cerebral utilizadas há muitos anos com fins
médicos. Mas ultimamente não é a único fim. Entre os primeiros
interessados em visualizar o cérebro em ação por motivos não médicos
nem de investigação básica, está a BrightHouse,
uma consultoria de marketing em Atlanta USA, quem em 2001 estabeleceu uma
parceria com a Universidade de Emory
para trabalhar em neuro-marketing. A idéia não tardou em expndir e
já se sabe que entre as empresas que admitem ter utilizado técnicas de
neuro-marketing, estão:
DaimlerChrysler,
General Motors, Ford,
AOL Time Warner e o
operador de loteria do Reino Unido, Camelot.
O
jornal The
New York Times
publicou recentemente que ex-assessores de campanha de CLINTON
E GORE, tinham
financiado uma pesquisa de neuro-marketing para estudar as reações
dos eleitores democratas e republicanos, ante os diferentes tipos de
campanhas. Em USA, a universidade
de Harvard
abriu um laboratório de pesquisa denominado "A
MENTE DO MERCADO",
que realiza estudos financiados por empresas privadas. Também na Europa
outras universidades e laboratórios particulares tem desenvolvido estudos:
universidades
de Ulm, Munster, Bonn, Magdeburgo e Munich (Alemanha), Open University e
London Business of Economics (Reino Unido), entre outras, contam com
equipes que trabalham nesta direção. as consultorias Shop Consult, de
Amstetten (Áustria) e Neurosense Ltd. de Oxford (Reino Unido) também oferecem
este serviço.
O
neurólogo Christian
Elger,
fundador da empresa Alemã Life
& Brain
de Bonn, declarava ao seminário Wirtschaftswoche
que seu desejo seria colaborar com uma empresa de modelos para pesquisar
qual delas tinha mais êxito em cada grupo de público. E inclusive aventurava
outras possíveis aplicações futuras da neurociência, tais como
investigar os desejos e expectativas dos consumidores do crescente mercado asiático.
que
podem dizer exatamente as técnicas de neuro imagem acerca do porque os consumidores
escolherem uma ou outra marca de cereal para o café da manhã? que
peso tem reconhecer o produto em questão, o ilustra o seguinte
experimento de montegue...
O
PARADOXO DE PEPSI: - Este
pesquisador se perguntou
Outros
trabalhos tem demonstrado que quando se está em frente da prateleira do
supermercado, também se ativam áreas relacionadas com a memória a longo prazo
e as emoções. O que já
se sabe e que passou a ser fundamental, é que o peso do grupo é um fator
importantíssimo.
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Gregory
Berns, psiquiatra da Universidade
de Emory,
tem demonstrado sempre com técnicas de neuro imagem que a maioria das pessoas,
antes de tomar uma decisão, tem em conta, de forma inconsciente, o que tem decidido o resto do grupo.
O
Nobel de Economia de 2002 foi para o psicólogo Daniel
Kahneman por demonstrar
como as decisões das pessoas variam por motivos não estritamente
racionais, mas igualmente previsíveis. O realmente assombroso é que se
vislumbra a possibilidade de aprender a predizer decisões e
comportamento de como comprar ou não um produto com as modernas técnicas
da neurociência. E não se trata somente de antecipar como alguém vai se
comportar, senão de faze-lo antes de que essa pessoas saibam que o vai a fazer.
95%
do processamento que tem lugar no cérebro, é inconsciente.