PRAS CABEÇAS... .
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Havia um quartel militar junto a um povoado e no meio do pátio desse quartel havia um banco de madeira. Era um banco simples, humilde e muito bem cuidado. E junto a este banco um soldado fazia guarda. Fazia guarda noite e dia. Ninguém sabia porque se fazia a guarda junto ao banco, mas se fazia. Era feita noite e dia, todas as noites e todos os dias, e de geração em geração todos os oficiais transmitiam a ordem e os soldados a obedeciam. . Ninguém nunca duvidou, ninguém nunca perguntou: a tradição é algo sagrado que não se questiona nem se ataca: se acata. Se assim se fazia e sempre havia sido feito, por alguma razão seria. E assim seguiu sendo até que alguém, não se sabe que general ou coronel curioso, quis ver a ordem original. Teve que revisar a fundo os arquivos. E depois de muito procurar soube-se que a 31 anos, 2 meses e 4 dias atrás, um oficial havia mandado montar guarda junto ao banco, que havia sido pintado, para que ninguém sentasse. . |
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