sistema de representação comercial e vendas
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ADEUS
MARKETING VELHO, FELIZ MARKETING NOVO A
inserção publicitária de 30 segundos, antigo pilar do marketing de
massa, vem desaparecendo à medida que a influência de novas tecnologias,
como a Internet, a televisão a cabo e o TiVo,
pulverizam a atenção do público. Conseqüentemente, os anunciantes estão
se voltando para outros tipos de promoção em seu esforço para atingir o
público, conforme explicam os professores da UNIV.
Wharton e
executivos do setor de propaganda.
A
decisão de Oprah
Winfrey de
presentear com um Pontiac
todas as 276 pessoas da platéia presentes ao seu programa em 13 de
setembro último, bem como o episódio de The
Apprentice (O aprendiz),
cujo tema proposto aos participantes era a formulação de um anúncio
para a Pepsi
Edge, são
apenas dois exemplos de campanhas alternativas, observa PATRICIA
WILLIAMS.
Uma maneira de se conseguir isso se dá pela colocação do produto no mundo do entretenimento, o que para Williams pode ser uma estratégia eficaz, contanto que não haja exageros.
De acordo com Williams, o filme 007 contra Golden Eye foi bem-sucedido na propaganda que fez da BMW Z3; porém, um outro filme do espião inglês, 007, Um novo dia para morrer, em que se via uma série de produtos que levavam o nome oficial do fabricante uma garrafa de vodka, um relógio e produtos de maquiagem, entre outros, foi satirizado pelos críticos que se referiam a ele como 007, Permissão para faturar.
É difícil calcular o retorno do investimento feito em estratégias que fogem ao convencional; conseqüentemente, é possível que os profissionais de marketing estejam superestimando o efeito dessas inovações. Observo com muita freqüência uma disposição em aplicar parâmetros tradicionais de avaliação a novas formas de mídia, simplesmente porque os anúncios são modernos e parecem funcionar. . . Uma nova "Apollo": - É realmente difícil obter uma mensuração confiável, apesar das freqüentes tentativas de se medir a eficácia de um anúncio.
Para
entender melhor o retorno sobre o investimento gerado pela publicidade
tradicional veiculada pelo rádio e pela televisão, a Procter
& Gamble,
a maior empresa de mercado de massa dos EUA, está promovendo uma joint
venture histórica
entre a Arbitron
- Radio
Ratings and Media Research Information
e a VNU, a
companhia holandesa dona da Nielsen
Media Research,
observa David
Reibstein,
professor
phD EM Marketing da
UNIV.
Wharton.
A televisão está cercada em frentes diversas, acrescenta. Em primeiro lugar, muita gente consegue driblar os comerciais gravando os programas e adiantando as partes reservadas aos intervalos publicitários. Com o TiVo, isso ficou ainda mais fácil.
Outra ameaça decorre do fato de que as gerações mais jovens, se comparadas às mais antigas, passam mais tempo diante do computador do que na frente da televisão. Por fim, o surgimento da televisão a cabo dividiu a audiência da TV, enfraquecendo assim o alcance que o anunciante obtinha anteriormente com a veiculação de um comercial.
Ao mesmo tempo, com exceção dos produtos tecnológicos, muitas marcas de produtos tão diversos quanto automóveis e sabão em pó, hoje são marcas maduras, explica Gerard Smith, diretor de planejamento global do escritório nova-iorquino da agência francesa de publicidade Publicis Worldwide.
David Schmittlein, professor com PHD em Marketing da UNIV. Wharton, observa que o advento de métodos alternativos de marketing obscureceu por completo a idéia de propaganda.
Tome-se, por exemplo, o Rei Leão. É uma peça? Uma série de bonecos? O que é afinal? A distinção entre um produto e o lugar onde o produto é promovido é muito vaga, e esse cenário deverá persistir. Schmittlein observa que a publicidade na Internet está migrando do modelo de outdoor para o de patrocínio.
A publicidade, em constante mutação, tem provocado mudanças também nas agências, ressalta Schmittlein, acrescentando que as áreas com maior índice de crescimento no setor são as de merchandising, marcas, patrocínios e colocação de produtos. São áreas nas quais os anunciantes não apenas gastam mais, como também concentram todo o seu programa de comunicações.
À medida que as agências de publicidade se deixaram absorver por imensas operações globais com o objetivo de gerar economias em tipos distintos de marketing, o setor criativo responsável pela propaganda na televisão foi sendo terceirizado, e hoje é responsabilidade de agências independentes, da mesma forma que as agências já haviam terceirizado o trabalho de produção para a televisão.
Contudo, embora com a importância reduzida, a inserção comercial de 30 segundos ainda terá um papel a desempenhar se os anunciantes quiserem atingir um público mais amplo rapidamente, afirma Schmittlein. Todavia, observa, o total de público alcançado pelas três redes vem caindo persistentemente e, nos últimos 15 anos, de forma bastante acentuada.
. Lições de marketing direto: - Peter Fader, professor com PHD em Marketing da UNIV. Wharton, observa que os anunciantes tradicionais estão começando a pegar algumas dicas com o marketing direto criando canais alternativos através de listas de endereços e de catálogos.
Atualmente, por exemplo, diz Fader, os anúncios veiculados pela televisão podem oferecer diversos números com prefixo 800, o que permite aos anunciantes identificar qual deles gerou as melhores respostas.
Espera-se,
entretanto, que tenham humildade suficiente para admitir que há espaço
para ambas as coisas. Existem formas de utilizar táticas de marketing
direto para a obtenção de respostas instantâneas, mas há formas também
de construir uma marca.
Jon Roska, CEO da Roska Direct, uma agência de publicidade de Montgomeryville, na Pensilvânia, diz que os profissionais de marketing precisam filtrar constantemente seu público, em vez de alardear sua mensagem para o maior número possível de pessoas em uma peça publicitária de 30 segundos para a televisão.
As novas tecnologias estão ajudando os profissionais de marketing de várias formas, acrescenta Roska. Ele cita com exemplo o POD (sigla de Print-on-Demand, ou impressão por solicitação), um sistema que permite aos profissionais de marketing abastecer diretamente a impressora com informações colhidas nos bancos de dados, personalizando dessa forma a correspondência.
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