O
QUE QUEREM OS FUNCIONÁRIOS?
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Segundo um livro publicado com os resultados de um estudo com 2.4
milhões de funcionários, as empresas onde impera o bom humor e ânimo e o espírito de equipe tem maior rentabilidade que seus concorrentes.
David Sirota
Psicólogo com PHD e Presidente da Sirota
Consulting,
disse, em
"The Enthusiastic Employee: How Companies Profit by Giving Workers What They Want" que:
na maioria dos casos os gerentes asfixiam o entusiasmo de seus subordinados com procedimentos burocráticos ou técnicas punitivas que deveriam reservar só para os funcionários
problemáticos.
No livro cuja autoria divide com
Louis A. Mischkind e Michael Irwin Meltzer, apresenta os resultados de uma entrevista realizada com 2,5 milhões de funcionários de 1994 até agora.
As empresas onde se trabalha com um bom clima humano obtém melhores resultados que as demais.
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Por exemplo, de 28 empresas com um total de 920.000 funcionários, o preço da ação de 14 delas subiu 16% em 2004. Estes preços foram comparados com os por média standard das empresas dessa indústria, onde o aumento foi só de 6%.
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Seis empresas de "mau clima" registraram um aumento por média de de sua ação de 3%, frente a média da indústria em geral, de 16%.
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As comparações, por indústria ou setor, se basearam em dados provenientes de 9,240 empresas.
Segundo
David Sirota, os assalariados tem três objetivos básicos em seu
trabalho:
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que os trate com justiça.
Querem um salário justo, querem benefícios médicos e segurança no trabalho.
E querem ser tratados com o respeito que merece uma pessoa adulta.
Se estas necessidades básicas não são satisfeitas, não vai servir de nada qualquer outra coisa que se faça.
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eles
querem experimentar uma sensação de conquista com o trabalho que fazem. O elemento fundamental é sentir orgulho pelo que fazem e orgulho pela organização para a qual trabalham. Ninguém gosta de trabalhar para uma companhia que é dirigida por um bando de
irresponsáveis.
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a camaradagem. É fundamental não só no sentido de ter amigos,
senão de trabalhar em equipe. Isto é uma incrível fonte para as
pessoas.
Importante
é entender que a pergunta que todo empregador deve se fazer não é como motivar os funcionários, senão como fazer para que os gerentes não destruam esta motivação. Quando analisamos os dados de nossa pesquisa descobrimos que as pessoas que começam a trabalhar em um local novo, em geral entram com muito entusiasmo.
A maioria está contente e aguarda com ansiedade conhecer seus companheiros de trabalho.
Mas a medida que estudávamos os dados descobríamos que este entusiasmo decai precipitadamente depois de cinco ou seis meses. Nossa teoria é que há uma lua de mel natural que está destinada a terminar. Há, no entanto 10% das empresas analisadas onde uma lua de mel continua durante toda a carreira interna dos funcionários.
A
conclusão pode mos ver que há empresas capazes de manter o entusiasmo de seu pessoal.
O livro demonstra assim que é difícil que nos entusiasmemos por uma organização que não se entusiasma com nós.
Por um lado está a segurança laboral. As empresas esperam que os funcionários mostram entusiasmo, lealdade e compromisso com a organização mas à menor dificuldade ou perspectiva de
recessão os despede. Lhes demonstra que são prescindíveis.
Não se pode ser leal a uma organização que não mostra a menor preocupação pelas pessoas que emprega.
Outras cosas que anula o entusiasmo são os obstáculos no caminho do bom desempenho:
capacitação insuficiente, equipamento deficiente ou tudo o que está dentro do conceito "burocracia".
Os conflitos dentro da organização são outro obstáculo. As descobertas mais negativas foram encontrados em empresas de tecnologia entre autoridades e funcionários. Ambos os grupos se debilitam brigando por questões de funções.
Finalmente, há algumas empresas que tratam alguns funcionários como cidadãos de segunda classe. Os que cobram por mês e os que cobram por hora são separados como se fossem duas categorias de seres humanos.
São como símbolos de status, uns são profissionais, os outros pombos. isto só serve para alimentar o ego de uns a expensas da auto-estima dos outros.