Os
sete princípios de Sun Tzu
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O texto clássico de
Sun Tzu, a arte da contenda, escrito há 2500 anos, é o livro certo
para aprender as lutas no mercado. Segundo Sun Tzu, a liderança
máxima é aquela que ganha a batalha antes do combate começar. Ela
consegue-o desenvolvendo o seu caráter, que é o fundamento da
liderança. Mas
para liderar com classe é necessário cultivar as características da
liderança.
Usando a filosofia dos ensinamentos de
Confúcio
em: "The Analects of Confucius", identificam-se sete princípios que
formam a essência da liderança. Eles fornecem uma moldura para
aprender a antiga arte da liderança como definida por Sun Tzu e
Confúcio, e foram, ao longo da história, usados por muitos líderes:
•
Autodisciplina
•
Objetivo
•
Realizações
•
Responsabilidade
•
Conhecimento
•
Espírito de equipe
•
Exemplo
•
Autodisciplina:
a liderança vive de acordo com um conjunto de regras e princípios
que considera apropriado para si e aceitável pelos seus seguidores.
Ela não carece de motivação externa para garantir o seu
desempenho. Há três passos necessários para que os profissionais
ganhem as qualificações necessárias à liderança. Cada um deles exige
autodisciplina:
•
Auto-determinação:
durante o qual determina que grupo pretende liderar e as regras e
comportamentos requeridos por esse grupo.
•
Decisão: o líder deve
decidir aceitar as regras e comportamentos exigidos,
independentemente do que os outros pensam e de quais as suas
conseqüências.
•
Ação: o líder deve
agir de forma consistente com as regras e comportamentos requeridos.
•
Pratique sempre a
auto-contenção na sua vida privada.
•
Reserve as suas
emoções e tempere as suas ações.
•
Nos bons momentos
não dissipe os seus ganhos; nos maus não pratique a
auto-comiseração.
•
Não se preocupe
por os outros não apreciarem os seus talentos. preocupe-se
sobretudo por ainda não ter descoberto e eliminado as suas
falhas.
•
Objetivo:
um líder tem uma determinação intensa para alcançar a sua visão e os
seus objetivos. Essa forte determinação cria uma elevada moral entre
os seguidores, que lhe permite empregar o seu poder pessoal e
organizacional para atingir os seus objetivos:
•
O objetivo
manifesta-se através da autodisciplina, confiança e conhecimento; a
sua falta por lassidão, esperteza e superficialidade.
•
Sozinha, a força
motriz que constitui o objetivo sincero permite que uma pessoa
atinja grandes feitos.
•
Procurar o que está
certo, em lugar de aceitar o que é fácil; mostrar coragem e
paciência em tempo de crise; honrar as obrigações, mesmo quando elas
se tornam difíceis ou onerosas estas ações são demonstrações de um
objetivo.
•
Um líder deve ter uma
profunda compreensão da natureza humana e desenvolver a capacidade
de suavizar as diferenças de opinião. O seu maior ativo é um
temperamento ponderado.
•
É responsabilidade do
líder permanecer firme e constante nas suas decisões; ele não deve
mostrar exultação na prosperidade ou depressão na adversidade.
•
A competição é ganha
ou perdida na mente do líder. O resultado da disputa depende do
julgamento, da capacidade e da coragem do executivo no comando.
•
Enquanto líder, deve
observar cuidadosamente a sua própria moral e confiança. O mercado
é, com efeito, uma disputa interminável de força de vontade e
coragem a sua própria contra a da concorrência. Se a sua fraquejar
no momento decisivo, a concorrência ganhará a batalha.
•
A forma mais segura de
uma organização garantir o sucesso é permanecer altamente focada,
isto é, ser animada por um espírito, uma mente, um objetivo. A falta
de unidade e de direção destrói as empresas; a ordem conduz aos
lucros.
•
Um objetivo cria um
determinado estado de espírito. A determinação resulta em coragem e
fé. Cria confiança, zelo e lealdade. Assegura o poder e a vontade de
ganhar. Uma organização sem um objetivo não é nada. Com ele tudo é
possível.
•
Realizações:
o líder define os resultados de forma a dar satisfação às
necessidades dos seus seguidores. O sucesso nos resultados é um dos
fundamentos da liderança e para os atingir é necessário tomar ações
eficazes, cujos elementos são: decisão, determinação, energia,
simplicidade, equilíbrio e sorte:
•
O teste de qualquer
líder reside na ação, não nas palavras. Um líder eficaz não apregoa
a promessa de sucesso pelo receio de desapontar os outros. Ele
demora a falar, mas é rápido a agir. Ele mede aquilo que diz. É um
erro grave prometer mais do que pode dar.
•
É difícil encontrar
todas as qualidades de um grande executivo combinadas numa só
pessoa. O mais desejável é o equilíbrio entre inteligência e
habilidade com caráter e determinação. Se a determinação predomina,
o executivo tentará ações que está além das suas capacidades
conseguir; se a inteligência predomina, ele não ousará tentar as
suas idéias.
•
A ação tem três fases,
influenciadas pela determinação do líder: a decisão de agir baseada
na análise da situação, o planejamento e a preparação para a ação e
a ação propriamente dita.
•
Numa disputa há sempre
o perigo de perder, mas temos de optar entre a possível perda
decorrente da inação e os riscos e recompensas envolvidos na ação.
Seja cauteloso e
ponderado a conceber o plano. Mas assim que chegar a uma decisão,
leve-a avante.
•
A execução eficaz é
uma questão de energia e iniciativa. Os sucessos sensacionais são,
na maioria das vezes, um triunfo da energia, não do intelecto.
•
Um plano eficaz
executado hoje é muito melhor do que um plano perfeito executado
amanhã.
•
A improvisação é a
essência da agilidade mental, tal como a iniciativa é a manifestação
exterior do poder de decisão. A capacidade de improvisar é um dos
principais pilares da liderança bem sucedida. Em situações
competitivas, a improvisação surpreende e desarma o adversário.
•
Responsabilidade:
o líder não se furta aos direitos e deveres resultantes do poder e
da confiança nele depositados. As mais importantes destas obrigações
são uma percepção clara, uma ação determinada e a preponderância da
preocupação pelos melhores interesses dos seus seguidores. Um bom
líder assume os resultados das suas decisões e ações e partilha as
suas conseqüências com os seus seguidores:
•
A liderança não é uma
prerrogativa, é uma responsabilidade. O poder é-lhe atribuído para
que sirva os seus seguidores.
•
Um líder eficaz tem
nove responsabilidades a que deve dar resposta: observar claramente,
ouvir corretamente, pensar cuidadosamente quando fala, inquirir
criticamente quando duvida, mostrar respeito quando serve, manter a
calma quando é desafiado, considerar as conseqüências quando decide,
produzir os resultados esperados quando trabalha e fazer as coisas
certas quando age.
•
O essencial da
liderança responsável é não interferir nas responsabilidades do
subordinado. Se o desempenho da pessoa é o esperado, dê-lhe
liberdade. Se ele hesita, ajude-o. Se ele fracassa, altere as suas
responsabilidades. Mas as pessoas cujo desempenho é consistentemente
mau devem ser cuidadosamente formadas e supervisionadas.
•
Dentro da organização,
um líder responsável é respeitoso para com os superiores e reservado
para com os inferiores. Ao lidar com pessoas de fora, é calmo,
seguro e cuidadoso com o que diz.
•
Se o líder perde a
confiança dos seus seguidores ele fracassará, por mais competente em
termos técnicos que seja.
•
A maior
responsabilidade do líder é decidir. Os comitês, reuniões e grupos
de discussão são inimigos da ação pronta e vigorosa. Face à
incerteza, os comitês optam pela solução mais prudente que o deixa a
si aberto à emboscada, já que essa é a via que o competidor espera
de si.
•
Se precisa de ajuda
para a batalha, não recrute uma pessoa que agarra um tigre pela
cauda ou salta para um rio sem pensar na sua vida ou morte. Procure
alguém que enfrente as responsabilidades com uma atitude responsável
e que atinja os seus objetivos executando cuidadosamente os planos
decididos.
•
Um líder que não se
prepara para as dificuldades quando elas estão distantes não lhes
escapará quando elas estiverem próximas.
•
Conhecimento:
é a base da liderança bem sucedida e envolve três aspectos:
•
O conhecimento
fundamental:
estudar a ciência, a história e a natureza humana, aprender o
essencial da arte da liderança.
•
O conhecimento
estratégico: a
compreensão das necessidades e objetivos quer dos seguidores quer
dos competidores e o planejamento de operações eficazes para a
persecução dos seus objetivos.
•
O conhecimento
táctico: o
desvendar das ameaças e oportunidades e a resposta rápida e
apropriada, dentro da moldura estratégica, através da inovação e da
improvisação.
•
Compreender que se
sabe algo quando se sabe e admitir que não se sabe quando não se
sabe isto é conhecimento.
•
Se observar bons
comportamentos, copie-os. Se observar maus comportamentos,
procure o mesmo comportamento em si e elimine-o.
•
Um líder não tem
uma base para julgar os outros a não ser que estude História.
Se não consegue
ensinar uma pessoa que poderia beneficiar com a lição, está a
perder essa pessoa. Se tenta ensinar uma pessoa que não pode
beneficiar com a sua lição, está a perder o seu tempo. Um líder
sensato não perde ambos.
•
O conhecimento não
deriva da intuição, é antes o resultado do estudo e da
experiência. Um homem não nasce líder. Ele deve tornar-se líder.
Não ser ansioso, manter sempre a calma, evitar a confusão, tomar
as decisões acertadas no meio do caos com a mesma compostura
como se fosse fácil estas são algumas provas do conhecimento.
•
Um líder
competente consegue bons resultados de maus empregados; um líder
inepto desmoralizará os melhores.
•
Nunca menospreze o
seu concorrente, quem quer que ele seja.
•
Adivinhar as
intenções do competidor, compreender qual a sua opinião acerca
de si, ocultar dele as suas intenções e opiniões, enganá-lo
dando-lhe informações incompletas e incorretas, disfarçar os
seus esquemas por forma a competir sob as condições mais
favoráveis — esta a arte da liderança competitiva.
•
Não há caminho
mais curto para o desastre do que pegar em soluções passadas,
ainda que elas tenham sido bem sucedidas, e aplicá-las às
situações atuais.
•
Para ser prático,
um plano deve levar em linha de conta o poder do competidor de o
obstruir. A melhor forma de evitar esse entrave é ter um plano
que possa facilmente ser adaptado às novas circunstâncias. Um
plano é como uma árvore: - se é para dar frutos tem de ter
vários ramos.
•
O plano deve
prever o passo seguinte em caso de sucesso, fracasso ou sucesso
parcial (o caso mais comum). A sua atitude e a sua estrutura
organizacional devem permitir a exploração de oportunidades e a
adaptação às novas condições no mais curto espaço de tempo.
•
A vitória não se
decide pelo nível de educação ou de experiência dos executivos,
mas por quem tem a melhor compreensão do mercado.
•
Espírito de equipe:
o líder depende dos seus seguidores pelo seu poder e pela sua
capacidade de produzir resultados. Por isso, deve trabalhar em
cooperação com eles para a concretização dos objetivos por eles
partilhados. Porém, uma liderança forte é um fator fundamental para
o sucesso das atividades humanas, que dependem da cooperação entre
as pessoas. Assim, um líder tem a responsabilidade de impor, através
do exercício apropriado do poder, a ordem e disciplina necessárias
para alcançar os objetivos, recorrendo a recompensas e punições que
são consideradas justas e adequadas pelos seus seguidores.
•
Os executivos que se
queixam da falta de motivação dos seus empregados não compreendem
que ela é o reflexo da confiança na sua liderança.
•
Um líder eficaz,
através de uma organização adequada e da delegação apropriada de
responsabilidades, atinge o seu próprio sucesso assegurando o
sucesso de outros.
•
Qual a melhor forma de
gerir os empregados? Trate-os com cortesia. Considere as suas
necessidades. Promova aqueles que são competentes. Forme aqueles que
não têm capacidade. Atribua o trabalho de acordo com as capacidades
individuais e com o que é apropriado e costume nesse trabalho
particular.
•
As pessoas devem ser
aproveitadas de acordo com a sua formação e temperamento. Assim,
todas as pessoa têm valor.
•
Recompensar o mérito
promove o desempenho. Penalizar o fracasso desencoraja a
incompetência. Mas é imperativo que as recompensas e as punições
sejam justas e imparciais, nunca arbitrárias. Respeite as outras
pessoas. Não as leve a fazer aquilo que você não faria.
•
Os empregados
interpretam o silêncio dos líderes da pior forma possível. Assumem
que é má notícia não haver notícias, apesar de o provérbio dizer o
contrário. O medo desmoraliza.
•
Falar de cima para os
empregados é um dos piores vícios que podem afligir um executivo.
Não olhe de cima só porque as pessoas são seus inferiores
hierárquicos. Encoraje-as a falar e ouça-as atentamente. Os mais
valiosos minerais estão escondidos no solo.
•
Exemplo:
as ações do líder são um modelo para as ações do grupo de seguidores
e o caráter do líder define a moral da liderança. Os padrões que ele
usa tornam-se o termo de comparação para o grupo. As pessoas que ele
favorece tornam-se os seus porta-estandartes. Em todas as situações,
o líder é observado e imitado, em todas as alturas ele demonstra,
através das suas ações, quais os comportamentos preferidos ou
ideais. Intencionalmente ou não, ele dá o exemplo.
•
As ações dos diretivos
são como o vento e as dos funcionários como a relva. Quando o vento
sopra, a relva curva na mesma direção.
•
O líder eficaz é calmo
e confiante perante um desafio; uma pessoa inepta é tensa e nervosa.
O espírito do sucesso encoraja um, enquanto o espectro do fracasso
desencoraja outro.
•
Como pode dar o
exemplo de um líder excepcional?: - Faça o seu melhor àqueles para
com quem tem um dever. Ponha a qualidade do serviço antes da
recompensa. Lute pela excelência. Mostre entusiasmo por tarefas
rotineiras. Tenha boas maneiras. Considere os outros. Quando é
necessário agir, dê tudo aquilo que tem. Desenvolva o melhor nos
outros, minimize o pior. Ajude os outros a terem sucesso
estabelecendo um padrão de trabalho árduo e de lealdade. Promova as
pessoas talentosas e treine as que não têm capacidade.
•
Se as regras de
trabalho forem reforçadas pela punição, os empregados obedecerão às
regras. No entanto, a punição não os motivará a trabalhar mais. Se,
pelo contrário, os empregados são guiados pelo bom exemplo vindo de
cima, tratados com cortesia e confiança e encorajados por
expectativas realistas, eles não só lutarão por fazer o seu melhor
como também ganharão um sentido de orgulho pessoal e de
responsabilização pelo seu trabalho.
•
Aconteça o que
acontecer, é função do executivo no comando permanecer firme e
constante nos seus propósitos.
•
Perante situações
difíceis ou desafios não se deve dizer que algo não pode
absolutamente ser feito. Ao dizê-lo, as limitações que tem na sua
mente serão expostas aos seus subordinados. Por muito desesperada
que seja a situação, deve sempre mostrar confiança.
•
Se está com pressa
para terminar um projeto, não hesite em dar uma ajuda aos seus
empregados. Não há maior encorajamento do que esse.
•
Nas dificuldades não
abandone o seu grupo para se salvar a si próprio. Proteja os seus
subordinados, partilhando o seu destino, e eles não o esquecerão.
Artigo traduzido e
publicado pelo Jornal SDR
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