1999

Sistema de Representação Comercial para Representantes Comerciais

2019

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SDR - Sistema de representação, Vendas e Serviços

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Clientes que formem um segmento devem ser identificáveis

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sala DOS ARTIGOS de análise de mercado  -  sala dos artigos de gerenciamento

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Há quase um século, Alfred P. Sloan, presidente da General Motors, pôs em funcionamento um dos primeiros modelos de segmentação da História. Consciente de que nem todos os norte-americanos compravam automóveis da mesma forma, Sloan pôs todo o seu empenho em segmentar o mercado automobilístico dos EUA. Conseguiu implantar um sistema de preços em função dos segmentos de público e deu, desta forma, com uma das chaves para se adiantar à então onipotente Ford (Artigo: Que é uma estratégia de posicionamento?).

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Desde esse primeiro auge até aos nossos dias, as estratégias de segmentação foram-se afinando e aperfeiçoando, impulsionadas por mercados cada vez mais complexos e pelos avanços tecnológicos. No entanto, os princípios básicos da segmentação não mudaram tanto ao longo do tempo. Ao fim e ao cabo, se entendermos por segmentar o fato de dividir o mercado em diferentes grupos de clientes, de características similares, aos quais dirigir a oferta de produtos e/ou serviços de uma empresa, os desafios de há anos atrás não diferem muito dos atuais. O grande desafio não é simplesmente segmentar, mas segmentar com êxito (Artigo: Aprenda quem é o seu Cliente antes de vender).

O que entendemos por segmentar com êxito? basicamente, aquela estratégia que permite detectar e analisar as oportunidades que o mercado oferece, descobrir os nichos que estão por atender, chegar a conhecer os desejos e gostos dos consumidores e, sobretudo, adequar não só as estratégias comerciais e de marketing, mas toda a atividade de uma organização à realidade de um mercado que, graças a uma correta segmentação, a empresa pode conhecer.

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Clustering: para que uma estratégia de segmentação seja corretamente concebida, deve estabelecer agrupamentos ou clusters que sejam mensuráveis, ou seja, quantificáveis em termos de volume de compra, acessíveis (os clientes que formem um segmento devem ser identificáveis), e suficientemente grandes para poder constituir um mercado alvo, com o objetivo de rentabilizar os custos comerciais e de marketing derivados da própria segmentação (Artigo: Quais os segredos para aumentar a carteira de clientes?).
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Segmentar a carteira de clientes: é necessário distinguir sempre entre a segmentação do mercado potencial (talvez a mais alargada) e a segmentação da carteira real de clientes. A diferença entre ambos os conceitos radica basicamente no grau de conhecimento do utilizador. Enquanto que as estratégias de segmentação do mercado potencial estão encaminhadas para determinar quais os grupos de consumidores que orientamos para a comercialização de um produto ou serviço, as estratégias de segmentação da carteira de clientes dirigem-se mais para o estabelecimento de ações de cross-selling e up-selling (venda de produtos de maior margem de lucro) e fidelização.

Nestes casos, os critérios comportamentais são básicos: pelas suas obras os conhecereis, reza um velho ditado bíblico. Assim é com os clientes atuais: só sabendo o que fazem e porque o fazem, pode a empresa aproximar-se deles para lhes oferecer o que necessitam no momento em que o necessitam.

Segmentar o mercado potencial: os modelos de segmentação mais usados pretendem basear-se sempre nos mesmos critérios. A segmentação sócio-demográfica quer unificar grupos de clientes ou consumidores em função das características comuns, como são a zona de residência, o sexo, a idade, o nível de rendimentos, a profissão, a composição do agregado familiar ou outros. A segmentação psicográfica atende mais aos estilos de vida, atividades, opiniões e focos de interesse dos consumidores, enquanto que a segmentação comportamental, que mencionávamos anteriormente, se baseia nas características do comportamento de compra do cliente. A banca, por exemplo, tende a realizar processos de clustering baseados em critérios comportamentais que lhes são extremadamente úteis na hora de se aproximar aos seus utilizadores com determinados produtos ou serviços financeiros (Artigo: filtrando uma carteira comercial).

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Uma conhecida entidade financeira européia, muito presente em todos os canais de venda, divide os seus clientes de hipotecas como "The Best", "os Jasp" e "os Stones". No primeiro grupo, incluem-se aquelas pessoas que são rentáveis, com dinheiro, fiéis, internautas e clientes de vários produtos. Menos abastados, "os JASP" possuem o perfil de indivíduos jovens, internautas, com baixa cobertura, hipotecas altas e prazos elevados. Por fim, "os Stones" são aqueles clientes não ligados à Rede, de rendimentos baixos, de idade madura, pouco fiéis, pouco rentáveis e com hipotecas baixas. Em função desta peculiar segmentação, este conhecido banco decidiu oferecer depósitos de interessante rentabilidade aos seus clientes "Best", créditos atrativos para os utilizadores "JASP" e simplesmente apólices de seguros, aos "Stones".

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Valor do cliente: de um tempo a esta parte, as empresas que mais eficazmente estão a ter sucesso são aquelas que conseguem uma combinação de dois fatores chave: por um lado, a criação de segmentos centrados no valor do cliente e, por outro, a acessibilidade destes segmentos, ou seja, poder de identificação dos indivíduos ou empresas neles agrupados, utilizando um mix dos modelos mencionados anteriormente. Evidentemente, a acessibilidade dos segmentos, ou seja, o ser capaz de "etiquetar" os elementos que o compõem, nem sempre é necessária nem tão pouco possível; nestes casos, basta saber simplesmente que um segmento do mercado existe e é atrativo para lançar ações comerciais e de marketing que podem dar bons frutos. O meticuloso conhecimento dos indivíduos que moldam um segmento só é imprescindível, de fato, quando a empresa se propõe realizar ações de marketing direto (artigo: Prospectar = procurar e identificar clientes qualificados).
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Auto-seleção: de fato, longe de conhecer ao detalhe os seus clientes, numerosas empresas estão a apostar em estratégias de segmentação baseadas na auto-seleção: o mercado estuda-se ao detalhe, a existência de segmentos diferentes conhece-se, mas é sobretudo o lançamento do produto e/ou serviço que se encarrega de segmentar de forma natural os grupos de consumidores. Este tipo de estratégias está a ser aplicada com êxito por grandes empresas procedentes de setores como a distribuição e o grande consumo. O principal expoente das estratégias de auto-seleção é o exemplo dos cupões nos supermercados (é o consumidor quem se define) ou o dos vôos "low-tariff (baixa tarifa)": as empresas aéreas sabem que existe um importante segmento de viajantes condicionados pelo preço, de tal modo que se limitam a lançar grandes ofertas, que o utilizador se encarrega de identificar; deste modo o cliente auto-seleciona-se e oferece ao fornecedor toda a informação que lhe teria sido muito difícil obter por outros meios.

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Como comentávamos anteriormente, na maioria dos casos, é recomendável basear as estratégias de segmentação numa boa combinação entre determinação do valor do cliente e acessibilidade. Aquelas empresas capazes de agrupar e detectar os seus clientes de maior valor (CMV), os de maior potencial na empresa (CMP) e aqueles praticamente não rentáveis "below zero (abaixo de zero)", e, por outro lado, de afinar o mais possível a identificação destes segmentos, estão a alcançar elevados níveis de assertividade e otimização de custos, adaptando as suas estratégias de marketing, comerciais, de preços ou de serviços a cada um destes clusters.

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Scoring e perfis: outras variantes, como as técnicas de "scoring" (processo através do qual a informação sobre uma pessoa é convertida em um valor numérico, o "score".), mediante as quais as características dos consumidores se associam a grupos de valor, estão a obter também notáveis resultados. Os modelos de "scoring", mediante os quais se pondera o cliente, permitem, por exemplo, medir a probabilidade de compra do consumidor ou a probabilidade de abandono em benefício da concorrência. O índice de assertividade das estratégias de segmentação baseadas em modelos de "scoring" é de 75%, enquanto que as técnicas baseadas nos critérios das equipes de vendas registram um índice de assertividade de 32%. Junto aos modelos de scoring, estão a impor-se igualmente nos últimos tempos técnicas de perfis, que permitem baixar muito o detalhe dos desejos e necessidades do cliente.

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Os modelos baseados em profiling (perfis) têm enormes vantagens, como o conhecimento exaustivo do mercado e do consumidor. Alguns especialistas alertam, no entanto, para o risco de estabelecer segmentos demasiado reduzidos, que não constituam um mercado meta e ameacem ser pouco rentáveis. Apesar de alguns modelos de segmentação parecerem estar a colher melhores resultados que outros, não seria correto afirmar que o êxito está associado ao uso de um ou outro sistema. Daí que defendamos que a melhor das fórmulas é aquela que tem em conta a soma dos três modelos clássicos: "socio-demográficos, comportamentais e de valor", com a maior qualidade de informação e as ações estratégicas mais adequadas aos resultados obtidos. (artigo: Churn: Como reduzir o abandono de clientes?).

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Alinhar estratégias: os sucessos ou fracassos de uma estratégia de segmentação não estão tão associados às técnicas de agrupamento que se utilizem, como o grau de adequação que estas tenham com os interesses das empresas. Noutras palavras, se os modelos de segmentação são os adequados, mas as ações empresariais, comerciais e de marketing que destas derivam são errôneas, de nada terá servido segmentar com acertividade. Quando falamos de segmentação, teríamos sempre que acrescentar o termo "estratégica" a seguir, porque estamos a falar, sem dúvida, de uma das pedras angulares do marketing. São muitas as empresas que, tendo segmentado com total rigor, aplicam depois ações corporativas ou comerciais inadequadas, que deitam por terra todo o trabalho anterior. O exemplo contrário é igualmente válido: de nada servem todos os recursos e as melhores campanhas, se o trabalho prévio de segmentação não foi bem realizado (artigo: Lealdade = BOA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO + IMAGEM).

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Melhores recursos, melhores clientes: alinhar é, neste sentido, a palavra chave. As estratégias de segmentação devem estar sempre alinhadas com estratégias corporativas mais amplas e bem concebidas, que impliquem no conjunto da empresa, desde o primeiro até ao último empregado, e que permitam estabelecer planos de marketing para cada segmento. O grande objetivo não é ter um cliente qualquer em carteira, mas ser capazes de realizar uma captação seletiva que forme uma carteira de clientes altamente rentáveis e nos liberte de clientes mercenários. A chave do êxito reside, pois, na forma como a empresa for capaz de interpretar os resultados que obteve, tomar as decisões mais adequadas em função deles e, sobretudo, orientar para eles o conjunto da organização. A solução radica sempre em dedicar os melhores recursos aos melhores clientes.

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TPI: líder europeu em segmentação: TPI - Telefônica Publicidade e Informação, conta com cerca de 400 mil clientes em carteira, um milhão de empresas como mercado potencial, e uma complexa rede de vendas formada por mais de 500 vendedores presenciais e várias plataformas de tele-marketing. Consciente de que conta com uma das maiores e melhores bases de dados empresariais e uns sistemas que permitiram ir alcançando a informação de todos os seus clientes de forma organizada e sistemática, a TPI conseguiu desenvolver, ao longo dos últimos anos, uma estratégia de segmentação de mercado que a situa, atualmente, à cabeça das empresas de diretórios na utilização destas técnicas. A empresa baseou as suas estratégias comerciais e de marketing no valor atual e futuro dos seus clientes e na eficácia esperada do mercado potencial (Artigo: Investindo mais nos melhores clientes).

Este modelo permite à empresa, por exemplo, detectar quais são esses 15% de clientes "potenciais ouro", aos quais a TPI atribuirá várias visitas presenciais, packs de produtos específicos ou políticas de desconto atrativas, para mencionar algumas ações. Outro exemplo, é a configuração de um grupo de clientes com alto risco de abandono e de alto valor estratégico para a empresa, para os quais também foram concebidas estratégias de venda e comunicação específicas.

De forma mais global, a TPI conseguiu, mediante este sistema, realizar uma distribuição dos objetivos de vendas da empresa por cliente (os comerciais guiam-se por esta estratégia de segmentação e são remunerados em função dos suas ponderações), determinar as estratégias comerciais da empresa e racionalizar as políticas de desconto a clientes. Nesta viragem organizacional para a estratégia de segmentação a comunicação foi fundamental. Paralelamente ao funcionamento e desenvolvimento deste sistema, a TPI colocou em marcha um plano de comunicação "bottom-up", destinado a implicar toda a organização nos objetivos derivados das estratégias de segmentação.

A TPI está a conseguir, desta forma, saltar de uma organização centrada no produto, para uma organização centrada no valor do cliente. O novo desafio da TPI: adaptar estas estratégias à transformação da empresa, que passou de ser uma empresa mono produto a multi produto, com todas as oportunidades de cross-selling, up-selling e fidelização que esta mudança acarreta, e que a TPI começou já a explorar.

The Marketing Intelligence Review

DAEMON QUEST é pioneira na revolução para o cliente: Ajudamos internacionalmente os principais líderes nos seus setores, assim como empresas desafiadoras que aspiram a sê-lo, a desenvolver com êxito estratégias orientadas para o cliente. Oferecemos uma combinação única de Marketing e Ciência, utilizando as mais avançadas técnicas científicas e de investigação de clientes, combinando-as com a nossa ampla experiência em Estratégia de marketing e implantação comercial. Decidida a vender mais e melhor, de forma sistemática e rentável. E tudo com um único objetivo… os seus clientes.

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Outros excelentes artigos traduzidos e publicados pelo Jornal SDR of The Marketing Intelligence Review:

Marketing e/ou vendas

Vender mais ou Vender melhor

PRICING: SEGMENTAÇÃO POR PREÇOS

seus clientes estão satisfeitos...?

customer equity: Quanto vale seu cliente?

Como otimizar a Gestão de Canais de Venda

Sou um consumidor especializado - CLIENTE HIBRIDO

Cross-Selling: Deseja batatas com o seu hambúrguer?

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