NADA
É IMPOSSÍVEL
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sala
das personalidades
- história
das marcas
- história
dos produtos
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Doze
anos. Essa era idade. Foi com um amigo ao auditório Colúmbia, no
centro de Louisville
- EUA, mas não
porque lhe interessassem os congressos. Mas porque sabiam que haveria
pipoca e sorvete de graça e ninguém recusa um festão
desses e menos com doze anos.
Quem
o levou foi uma bicicleta Schwinn
vermelha e preta, de nada menos que setenta dólares, o que para a época
era uma fortuna. Depois de comer tudo o que lhes foi possível,
voltaram a pegar as bicis e daí? O filho de dona Grady,
viu seu mundo desabar, porque tinham roubado sua flamante bicicleta.
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No
andar térreo do edifício tinha um ginásio dirigido pelo policial Joe
Martin. O
filho de dona Grady entrou furioso, chorando e
exigindo quer fossem ajudar a procurar sua bicicleta por todos os lados
até achar e que quando achasse iria dar uma surra em quem a tinha
roubado.
Joe
Martin que
mantinha um programa de TV local onde promovia lutas de box "Tomorrow's
Champion's",
lhe perguntou se sabia lutar para bater nos caras e como lhe respondera
que não, lhe aconselhou assistir no ginásio para aprender primeiro.
Isso
foi em outubro de 1954 e assim começou a vida de Cassius
Clay nos ringues. Tudo por uma bicicleta. Ele Nasceu em 17 de
janeiro de 1942 em Louisville,
no sul dos EUA, sendo batizado com o nome Cassius Marcellus Clay, em
homenagem a um dos primeiros escravos ativistas negros americanos (SEU
tataravô). Seu pai era um pintor de cartazes e sua mãe dona
de casa e lavadeira.
Aos
18 anos de idade, em 1960, obteve seus primeiros grandes triunfos.
Lutando como amador e na categoria dos meio pesados, ganhou
sucessivamente a medalha de ouro no campeonato da Amateur
Athletic Union,
no Luvas de Ouro e nos Jogos Olímpicos realizados em Roma. E uma das
histórias mais divertidas deste gigante que conseguia destruir seus
oponentes se contrapõe, ao medo que tinha dos aviões.
Em
1960 às vésperas das Olimpíadas em Roma, Cassius foi vítima de um
ataque de pânico por medo de viajar em avião e a única maneira de
conseguir que ele voasse, foi comprar um pára-quedas numa loja de
excedentes de guerra, perto do Central
Park.
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Vestindo
o pára-quedas e rezando muito conseguiu chegar em Roma e ganhar a
medalha de Ouro na categoria dos semi
pesados contra o Polaco Zbigniew
Pietrykowsky.
Naquela
Olimpíada, Ali que ainda se chamava Cassius Clay fez quatro lutas e
venceu todas, consagrando-se no boxe amador e voltando para seu país
com todas as glórias. Não tirava o ouro do pescoço.
Certa
noite, em sua cidade natal, Louisville, foi a uma lanchonete e, por ser
negro, foi insultado e convidado a se retirar do local. O racismo não
enxergava a medalha que havia ganho. Revoltado, Cassius, quando passava por uma ponte, atirou seu ouro olímpico no
rio, irritado com a existência de tamanho preconceito.
O
pugilista, logo em seguida, deixou o boxe amador e se profissionalizou.
Com vinte anos já campeão Olímpico, desafiava o imbatível campeão
mundial Charles
Sonny
Liston. Esse
lutador era comparado ao extraordinário campeão Joe
Louis. O
jeito falador e muito pouco ortodoxo de lutar boxe lhe fez ganhar críticos
desde o início de sua carreira.
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A
cada luta, ele predizia em que round os seus adversários iriam ser
nocauteados. Cassius os fazia beijar a lona exatamente nos assaltos que
vaticinava. Acusado de trabalhar para a máfia do boxe, ele foi intimado
ao tribunal para explicar como sabia com tanta certeza em que assaltos
seus oponentes cairiam. Ele simplesmente voltou a afirmar com extrema
convicção:
eu
sei que posso e vou vencer; assim, escolho um assalto e acabo com
eles!
Ao
desafiar Sonny
Liston, a
quem Cassius chamava
de Urso, os analistas do boxe, disseram que Cassius Clay não tinha a mínima
chance de vencer. Para eles, Cassius era
um fanfarrão, orgulhoso, prepotente e sofreria uma fragorosa derrota.
Sua carreira jamais decolaria pois estava mais para bailarino do que
para lutador.
Esse
fato se tornaria realidade no dia que Cassius enfrentasse o verdadeiro
campeão mundial Sonny Liston.
Na opinião dos conhecedores do boxe, Liston
era invencível.
Afinal,
o combate tão esperado foi marcado para a cidade de Miami. Em reunião
com seu treinador, Ângelo
Dundee,
Cassius assegurou: Vou
começar a derrotar o Urso em Denver.
Surpreso, Dundee questionou: Mas a luta somente será daqui a sessenta
dias em Miami. O que você vai fazer em Denver?
Vou
para lá! Quando ele acordar pela manhã, estarei lá! Quando tomar
café, estarei lá! Quando correr pela avenidas, estarei lá! Quando
treinar nas academias estarei lá! Quando se divertir nos clubes,
estarei lá! Quando for dormir á noite, estarei lá!
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Quando o Urso
chegar a Miami, já estará derrotado.
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Cassius
intimidou seu inimigo dia após dia. Ele decretou sua vitória muito
antes de a luta começar. Afinal chegou o dia da luta. O local estava
repleto de fãs, críticos e céticos. Liston subiu ao ringue em sua
maneira tradicional, calada e comedida, enquanto Cassius, confiante em
seu estilo alegre e saltitante, dançava fazendo firulas pouco
convencionais para um campeão mundial de boxe.
Os
analistas mais uma vez prediziam a derrotada dele.
No
entanto, assim que a luta iniciou a surpresa embasbacou a todos. A dança
de Cassius faziam com que os socos de Liston atingissem o vazio. Mesmo
assim, os incrédulos analistas diziam que Cassius estava fugindo da
briga.
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Round após round, os socos curtos e potentes de esquerda e o jogo de
pernas de Cassuius iam minando as energias de Liston, Provando que os críticos
estavam enganados. Liston mal podia tocar naquele bailarino do boxe. O
rosto de Liston era marcado golpe a golpe. Acima dos seus olhos, um
corte aberto pelos golpes jorrava sangue profusamente. Os assistentes e
treinador de Liston, atônitos, resolveram partir para apelação.
Eles
esfregaram alguma coisa nas luvas de Liston. Quando a substância não
permitida atingiu os olhos de Cassius, ele ficou momentaneamente cego.
Resistindo às escuras, Clay foi se agüentando, lutando contra o relógio,
esperançoso de que a incômoda cegueira se debelasse com tempo.
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Os
auxiliares de Cassius lavavam os olhos dele a cada intervalo.
Recompondo-se, conseguiu continuar lutando e golpeou impiedosamente o
rosto de Liston. Sem mais poder-se agüentar, Sonny Liston decidiu
desistir no oitavo assalto, entregando o cinto de campeão mundial a
Cassius Clay. Ainda saltitante, Clay encarou os analistas, críticos e
os céticos da primeira fila e vociferou, vencedor: vocês
vão Ter que engolir suas palavras.
Cassius
foi campeão mundial por três vezes. Quando entrevistado por aqueles
que ainda questionavam a vitória de Cassius, Sonny Liston confessou com
dignidade:
Muhammad
Ali não é um enganador ou fanfarrão, ele sabe lutar!
A
diferença entre Liston e Clay foi que Cassius Clay estava disposto a
lutar mais um round. Ele jamais desistiu. Para ele era vencer ou vencer.
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Foi
pela mão de "Malcom
X" em 6
de março de 1964, que Cassius
Clay
renuncia ao seu nome, que era o nome do Amo do seu tataravô que era
escravo. Nasce "Muhammad
Ali",
um pugilista mais famoso que o próprio campeonato do mundo do Box.
meses
depois Muhammad Ali, foi chamado a prestar provas no exército americano
e qual a surpresa quando foi declarado "I-A",
ou seja apto para servir. Era
o campeão do Mundo e lhe esperava servir o exército bem longe do
front de batalha, mas bem, era tudo uma trama publicitária do Governo
Americano, similar a de Elvis
Presley anos anteriores.
Viria
a seguir uma das fases mais complexas deste famoso pugilista graças a
sua declaração pública: - Eu
não vou brigar contra esses Viet-Congs, que nem conheço e não tenho
nada contra eles! Foi
no 25 de abril de 1967, em Houston onde oficialmente deu sua declaração:
- Me nego a incorporar nas filas do exército do EUa, porque
considero que devo estar isento pela minha condição de Ministro da
religião do Islã.
Foi
condenado a 5 anos de prisão (pena
máxima) e
ao pagamento de 10.000 dólares. E o que foi pior. Foi suspenso da prática
de Box, perdendo seu título. Segundo cálculos do analista de pugilismo
Gordon
Davidson,
essa sanção teria custado a Muhammad Ali, algo em torno de 10 milhões
de dólares em luvas e prêmios.
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Voltou a lutar em 1970, enfrentando alguns lutadores rankeados e então
desafiou o novo campeão, Joe Frazier, quando sofreu sua primeira
derrota. Depois dessa derrota, iniciou um período difícil em sua
carreira, tendo de enfrentar vários lutadores importantes. Depois de três
anos fez outra luta decisiva, novamente contra Joe Frazier, o qual já não
era mais o campeão.
Desta
vez foi vitorioso e a vitória sobre Frazier colocou ALI na posição
de desafiante do novo campeão, o invicto George
Foreman.
Foi
recuperar suas glórias e se consagrar como o maior boxeador da história
em 1974, pelas mãos do ex-presidiário "Don
King",
que ofereceu a George
Foreman, 5
milhões de dólares para lutar com Muhammad Ali, ao qual também lhe
ofereceu mais cinco milhões de dólares.
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A
maior bolsa da história das lutas oferecido por esse personagem de
aspecto divertido, que parece que se penteia tomando uma descarga elétrica.
O
detalhe era que "Don King", não tinha dez milhões, nem
cinco, nem um! Era um pé rapado e tinha conseguido reunir milhares de
reportagens e o maior barulho em torno da luta da história mundial do
boxe, onde se disputaria o título Mundial e o retorno de Ali.
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Foi
a partir daí que Don King começa sua performance pelo mundo do Box e
graças ao ditador Africano "Mobutu Seke Seko", que queria
promover seu País no mundo e pagou muito, mas muito mais que os dez
milhões de dólares.
A
luta contra Foreman, realizada em 1974 e no Zaire, foi e é ate hoje,
considerada uma das maiores lutas de todos os tempos. Foi ganha por Ali
via nocaute. Tinha 32 anos e tornava-se o segundo boxeador na história
a recuperar um título mundial. Novamente na condição de campeão do
mundo, ALI não parou um segundo. Enfrentou vários desafiantes de
valor, entre eles Joe
Frazier.
A
terceira luta de ALI contra Frazier
foi provavelmente a maior e mais difícil luta de sua carreira, com
Frazier admitindo a derrota só depois de 14 rounds muito duros.
Em
1978, aos 36 anos de idade, Ali
sofreu nova e surpreendente derrota, perdendo o título para Leon
Spinks. Sete
meses depois, conseguiu a revanche e derrotou Spinks por pontos,
tornando-se o primeiro peso pesado a reaver o título pela terceira vez. A
partir de então, passou a dedicar-se mais ao ativismo político e
civil. Pressionado por problemas financeiros, voltou a lutar em 1981,
quando perdeu por pontos para Trevor
Berbick. Às
vésperas de fazer 40 anos, anunciou sua aposentadoria no boxe.
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Muhammad
ALI hoje é
um dos mais queridos e homenageados desportistas, tanto por seus feitos
como boxeador como por suas campanhas em favor dos direitos humanos e
civis. Na Olimpíada de Atlanta, em 1996, Muhammad Ali foi homenageado
duas vezes:
primeiro,
na abertura, sendo incumbido de acender a Pira Olímpica. e
depois, quando recebeu de volta a medalha de ouro dos meio-pesados que
havia ganho nos Jogos de Roma e atirado no rio.
Como
boxeador nunca poderá ser esquecido, já que soube derrotar os maiores
pegadores de todos os tempos: -
"Foreman, Liston e Shavers",
alguns dos mais incansáveis: "Frazier,
Quarry, Chuvalo"
e vários mestres do boxe, "Patterson,
Folley".
Ele soube vencer tanto pela habilidade de não ser atingido como fez
contra Liston, como pela capacidade de não ser ferido, como fez contra
George Foreman.
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Cassius
Clay ou Muhammad Ali, chegou aonde chegou, graças a uma bicicleta.
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ADIDAS
lançou uma campanha e seu lema: - "Impossible
is nothing"
- (Nada
é impossível),
na qual participaram como testemunhas, Muhammad
Ali, sua filha Laila, o ícone do futebol Franz Beckenbauer e David
Beckham,
assim como a estrela de basquete Tracy
McGrady,
entre outros.
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No
total eram vistos 22 atletas em anúncios na imprensa e meios publicitários
que transmitiram a mensagem.
Estes
refletem com uma idéia breve a essência da Adidas como marca.
Ademais, foram emitidos em todo o mundo diversos anúncios televisivos
como por exemplo um spot de 60 segundos com o título "The Long
Run", o qual contém material gráfico original de Ali durante um
treinamento matutino no Zaire em 1974.
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Outro
anuncio muito emotivo mostra a Stacy Kohut, medalha de ouro nos Jogos
Para-olímpicos nas modalidades de Super-G e Downhill, narrando sua
vida como desportista em uma cadeira de rodas.
Nada
é Impossível