VIRGIN
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Richard
Charles Nicolas Branson nasceu em 18 de julho de 1950 em Surrey e foi o
filho mais velho de um ex-oficial da cavalaria e advogado chamado Ted. E
sem dúvida, de sua inquieta mãe Eva, que pilotava planadores, de quem
tem herdado o fundamental de seu dinamismo.
Acometido
de uma dislexia que não lhe foi diagnosticada de criança, Branson
jamais se destacou em seus estudos.
A
dislexia é uma síndrome de muitos e variados sintomas que afeta a uns
40 milhões de crianças e adultos apenas nos EUA.
Muitas
pessoas que sofrem de dislexia e transtornos para prestar atenção e
aprendizado relacionados, se dão conta muito cedo de que não são
como os demais.
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Sua
dificuldade de aprendizado e coordenação a muito tempo os conduzem
ao ridículo ou a auto-discriminação.
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Alguns
tem dificuldades para manter as suas famílias e criar os seus filhos
adequadamente. Muitos caem nas drogas e no álcool, inclusive no
crime.
.
Sua
perda e custo para a sociedade é incalculável. E o pior que esta
perda podia e pode ser prevenida.
A
dislexia é um transtorno auto-compensatório, que com freqüência pode
ser superado com tempo, esforço e compreensão, e é muito importante
que os disléxicos conheçam casos de personagens de êxito ou pessoas
famosas com dislexia, para anima-los a que não se abandonem e
perseverem. Por exemplo, tem havido muitos disléxicos que tem realizado
grandes contribuições para a humanidade. Entre eles:
Pablo
Picasso,
nasceu em 1881 em Málaga, Espanha. Famoso e polêmico ícone da arte
que marcou uma tendência. Pablo foi à escolas paroquiais locais e
teve grandes dificuldades. Lhe tem atribuído problemas com a leitura
e a orientação das letras e tem sido etiquetado como disléxico.
Apesar de que ele foi capaz de seguir os estudos. No entanto, a
dislexia dificultou seu aprendizado na escola e nunca realmente se
beneficiou com sua educação. A dislexia marcaria Picasso pelo resto
da vida.
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Tom
Cruise
nasceu lutando. Cresceu pobre e sua família vivia se mudando enquanto
o seu pai buscava trabalho. Tom nunca passou muito tempo na mesma
escola devido às constantes mudanças de sua família. Tom, como a
sua mãe, sofria dislexia e o indicaram a classes de apoio no colégio.
Tom é destro para escrever, mas realiza a maioria das tarefas com a
esquerda. Ele não teve muito êxito acadêmico, se concentrou no
atletismo e competiu em muitos esportes. Uma lesão da rótula,
truncou os seus desejos de uma carreira atlética. Passou então um
ano em um monastério franciscano, mas o sacerdócio não era a sua
praia. Enquanto estudava o secundário participou em diversas peças
de teatro, e com o estímulo e apoio de sua mãe, dedicou-se em seguir
uma carreira de ator, revelando uma vez mais sua garra e forte
determinação. Nunca permitiu que sua incapacidade de aprendizado
fosse um obstáculo para o êxito.
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Thomas
Edison,
nascido em 1847, foi um brilhante cientista e inventor. Expulso do colégio
aos 12 anos por ser considerado burro. Suas notas em matemática eram
desastrosas, era incapaz de concentrar-se e tinha dificuldades com as
palavras e a fala. No entanto estava muito claro que Thomas Edison era
um estudante extremamente inteligente, apesar de seu baixo rendimento
escolar. Durante o curso de sua carreira Edison patenteou 1.093
inventos. Acreditava no trabalho duro, as vezes trabalhava 20 horas diárias.
Segundo palavras textuais."O
gênio é 1% de inspiração e 99% de suor".
O trabalho duro e a perseverança ajudaram Thomas Edison a centrar a
sua viva perspicácia e suas habilidades criativas em um
desenvolvimento de engenhosas ferramentas que tem sido a base de nossa
sociedade moderna.
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Whoopi
Goldberg,
cujo nome real é Carolyn Johnson, destacada artista americana que tem
atuado em importantes filmes cinematográficos como Ghost, Sister Act
I e II, Made in América, Jumping Jack Flash, A Cor Púrpura, etc,.
Whoopi teve muitas dificuldades na escola ainda que não sabia que
padecia de dislexia até ser adulta. Em sua infância recorda que a
chamavam de burra e boba por que tinha muitos problemas com a leitura.
Seus professores e família tinham certeza que não era lerda nem
burra, mas que tinha algum problema que todavia não tinha sido bem
definido. Apesar de sua dislexia Whoopi Goldberg tem conseguido manter
uma carreira cinematográfica com grande êxito.
Mas
voltando a Richard
Branson, ele
é considerado um paradigma
dos novos empreendedores britânicos, e tem demonstrado que se pode
desfrutar enormemente da vida, mesmo depois que se formata um império
empresarial. Começou publicando uma revista para hippies no turbulento
ano de 68, ao que seguiram uma pequena loja de discos, uma empresa
discográfica, uma cadeia multinacional de centros comerciais, uma
empresa de refrigerantes (vende mais que a Pepsi no Reino Unido), uma
companhia aérea considerada a 2ª do Reino Unido, apenas abaixo da
British Airways, e mais... Pelo caminho tem comprado uma ilha no Caribe,
tem batido vários recordes como piloto de balões.
Branson,
você chegará a ser milionário... ou acabará em uma cela, lhe
predisse um de seus professores, quando sendo um jovem estudante,
conseguiu vender 50.000 exemplares do primeiro número de “Student”,
a primeira revista britânica para jovens.
Eram
finais da década de 60 e poucos souberam combinar o espírito hippie
com o espírito empreendedor como Richard Branson, que orquestrou uma
"comunidade empresarial” em que música, festas, cultura e sexo
livre conviviam com um peculiar sentido de empresa. “Student”,
para a qual Branson conseguiu entrevistas com personalidades como: -
Mick Jagger dos Rollings Stones e artigos de escritores como
"Jean-Paul Sartre", e se converteu em um fenômeno e deu passo
para outras iniciativas empresariais estreitamente relacionadas.
A
segunda aposta de Branson foi a venda de discos. Primeiro por correio
e em seguida em estabelecimentos comerciais. “Virgin” (virgem,
adjetivo que fazia referência a suas inexperiência no setor) foi a
marca que uma das companheiras da comunidade sugeriu a Branson, para
dar a conhecer suas novas empresas.
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E
verdadeiramente se deu a conhecer. Revolucionou o setor de venda de
discos introduzindo as primeiras lojas de ambiente informal e
acolhedor, as quais convidava o cliente a ficar horas escutando as últimas
novidades musicais. As lojas Virgin se converteram em espaços de
culto tão repletos de público como os pubs da última moda ingleses.
Mais tarde chegou a companhia discográfica "Virgin
Records",
na qual Branson se iniciou com o acerto de gravar para um jovem
absolutamente desconhecido, chamado "Mike
Oldfield"...
cujo 1º disco -“Tubular
Bells”,
venderia a escaloforiante soma de 7 milhões de cópias! Lhe seguiriam
fenômenos como os Sex
Pistols, Boy
George, Janet Jackson
ou os mesmíssimos Rolling
Stones.
E
não ficou só assim. Seguiram a expansão internacional das “Virgin
Megastores” (grandes centros de venda de música, livros e vídeos),
a ousada Virgin-Cola (refri que tem conseguido superar em vendas da
Pepsi no Reino Unido), diversas inversões imobiliárias e até uma
companhia aérea que se tem convertido no quebra cabeça da onipotente
British Airways.
Com
uma fortuna estimada de 3 bilhões dólares, Branson não tem renunciado
ao peculiar estilo maluco e valente daquela primeira comuna hippie: - é
tão fácil vê-lo disfarçado de drag-queen,
para
promover sua linha aérea, como ver-lo seriamente de fraque em seu
desejo de gestionar as loterias britânicas e destinar todos os benefícios
a obras de caridade.
Em
seus momentos livres, Branson tem se dedicado a bater recordes de
velocidade e distância em balão inflável, esporte que por pouco lhe
tira a vida, e também a desfrutar de sua própria ilha caribenha ou a
escrever livros.
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Tal
como contou em sua surpreendente é ingênua auto-biografia, titulada
"A Perda de Minha Virgindade", sua vida tem sido uma viagem
interrompida numa montanha russa desde que Virgin (que esteve a ponto
de chamar-se Slipped Disc) foi fundada em um fedorento e úmido sótão
do bairro londrino de Bayswater, há mais de 31 anos.
.
Ou
desde os tempos, à princípios dos anos 70, em que passou uma noite
na cadeia por importação ilegal de discos, até a época em que, em
meados dos anos 80, as dívidas bancárias quase enterraram a Virgin.
Ou desde a venda da Virgin Records a Thorn EMI por 1 bilhão de
libras.
Richard
Branson é, com certeza, o patrão que todo mortal pediu a Deus.
Agradecido pelo esforço de seus funcionários para tornar suas empresas
um sucesso, o magnata britânico decidiu presenteá-los com uma ilha na
costa leste da Austrália. Branson anunciou na cidade australiana de
Perth, que desembolsará 3,2 milhões de dólares pela ilha "Faça
a Paz". A idéia do bilionário é transformar a ilha em um
"retiro de eco-turismo", para seus funcionários passarem as férias.
Com
10,2 hectares, a ilha terá uma sede, vários locais para camping, um
centro de treinamento, três casas para hóspedes, quadras de tênis,
trilhas e estrutura para esportes aquáticos. Branson explicou que
esta foi a melhor forma de agradecer a seus empregados pelo sucesso da
Virgin, que atua em inúmeros ramos de selos musicais à empresas de
aviação.
Somente
na Austrália, a Virgin Blue companhia aérea, apresentou um pulo de
200% em seu líquido em 2002. É, sem dúvida, um fenômeno raro em um
setor que vem sofrendo tantos revezes nos últimos anos. Em todo o
mundo, o grupo Virgin emprega mais de 50 mil pessoas.
A
verdade é que Richard Branson não parece ser um homem extravagante
quando se trata das coisas materiais. A exceção de Necker, a ilha
que tem no Caribe, não tem nenhum destes jogos típicos que qualquer
um poderia imaginar, que um homem cuja riqueza pessoal se estima em 3
bilhões de dólares. E quanto a aparelhos de informática, nada de
nada. Como ele mesmo se encarrega de reconhecer, é um analfabeto da
informática, que recorre a sua querida reserva de agendas cada vez
que necessita deixar algo por escrito.