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a história de Karol JOSEF Wojtyla - João Paulo II

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A HISTÓRIA DE HOJE NOS ACERCA A UM JOVEM E SIMPATICO LÍDER QUE COMO DIZIA O pároco da cidade: "Era bom de PELADA DE FUTEBOL, BICICLETA, mas se destacava mesmo, ERA em montanhismo...

Nenhuma pessoa poderia prever na época, a altura que iria chegar este montanhista, mesmo que desde jovem tenha mostrado que subir o máximo e chegar o mais perto possível, era seu destino...

Karol nasceu em Waowice - Polônia, um povoado de cerca de 10.000 habitantes, 38 km de Cracóvia, onde os famosos montes Tatra marcam a fronteira com a Tchecoslováquia.

Filho de Karol Wojtyla um destacado oficial do exército austro-húngarow e do exército nacional Polaco e de Emília Kaczorowska, de origem Lituana, professora de escola, mulher religiosa e entregue a educação dos filhos e cuidados do lar.

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Veio ao mundo no 18 de maio de 1920 e foi batizado em 20 de junho do mesmo ano. Como contava, o pároco da igreja local... Karol gostava de jogar futebol com os amigos, jogo de pelada mesmo, na rua. Mas na realidade, o que mais ele gostava era de excursões e subir e escalar as montanhas. Também andar de bicicleta era um dos passatempos prediletos, assim como natação. Era um rapaz muito alegre e querido pela sua simpatia, carinho e energias.

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Tinha muitos projetos em mente, mas dois despontavam entre eles:

Teatro e Montanhismo. Mas lamentavelmente esses projetos foram deixados de lado, porque tinha começado a 2ª guerra Mundial. Era 1º de setembro de 1939 e as tropas Nazistas tinham invadido a Polônia. Os nazistas fecham as universidades e mandam aos campos de concentração os estudantes.

Por este motivo Karol aos 19 anos começa a procurar trabalho para obter a credencial que lhe permitiria não ser deportado ou enviado a um campo de prisioneiros.

Lhe oferecem um trabalho de peão numa canteira de pedras, de onde se obtinham minerais para uma indústria química (SOLVAY).

Ficou trabalhando por mais de dois anos como obreiro, batendo marreta para retirar minério. Em 1942 seus chefes o trasladam para a área das caldeiras e logo para uma das plantas depuradoras.

Eram anos difíceis. Os nazis matavam qualquer um que se opusesse ao regime ou fizesse resistência.

Os cristãos praticantes eram especialmente vigiados pela polícia secreta. Religiosos, sacerdotes, freiras e monges eram detidos por qualquer pretexto ou suspeita, porque se lhes conhecia como fortes incentivadores da justiça e da irmandade, o que poderia desestabilizar o regime nazista. Foi nesse momento que Karol em companhia de seus amigos e companheiros de trabalho, começam a participar de forma ativa de um projeto clandestino.

Se tratava de um movimento de resistência ao invasor. Um movimento diferente e pacífico, mas muito inteligente. O grupo forma então um grupo cênico teatral, para representar obras de teatro que mantivesse e eleva-se o espírito Patriótico do povo.

Logo, um novo fato viria a entristecer a vida de Karol. No inverno de 1941, seu Pai caia doente e poucos meses mais tarde viria a falecer. Desde esse momento, passou a viver com uma família conhecida do seu povo natal e que nesse momento moravam em Cracóvia. Aí mesmo viria a conhecer outra família honorável a qual lhe tomaria uma afeição muito especial e a mesma de forma inversa.

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E justo nesta época que Karol faz grandes amizades. Um dos membros desta família, era a senhora Irena, a mãe deles. Karol se dirigia carinhosamente a ela, chamando-a de Avó. Segundo contam, foi a ela quem Karol contou os seus planos, entre eles sua principal ambição:

A de se tornar Sacerdote.

De ativista, poeta e ator a sacerdote. Difícil é saber como surgiu no jovem Karol seu desejo de ser sacerdote. Não obstante, havia um problema, Onde se preparar? Os seminários haviam sido fechados. Os bispos eram vigiados, ou simplesmente exilados. Milhares de sacerdotes abarrotavam os campos de concentração.

Para Karol não havia nada impossível. Faz uns cursos clandestinos, organizados pelo arcebispo de Cracóvia, cardeal Sapieha.

Sua vida segue sendo aparentemente a mesma, mas no fundo tudo havia mudado. Continua trabalhando na fábrica, mas alterna seu trabalho e atividades com estudos de filosofia, teologia, religião, grego e latim. Assim se passaram os anos. O trabalho e o estudo eram pesados, mas coisas mais pesadas e difíceis estavam por vir.

Os russos invadem a Polônia no verão de 1944. Já não eram mais os nazistas e sim o russos. Começaram  a fuzilar qualquer um que se opunha. Milhares de homens entre os 18 e 30 anos são enviados aos campos de concentração. Outros são vilmente assassinados ou fuzilados.

Muitos amigos de Karol haviam se escondido. Outros haviam fugido. Ele havia ficado em casa. E acontece que numa noite a polícia nazista entrou em sua casa. Karol havia se refugiado na cozinha. Foi o primeiro lugar que lhe havia ocorrido. Ali entraria com o medo de todo homem e ser humano, mas com fé suficiente de sair com a graça e ajuda de Deus. Prostrado no chão, rezando fervorosamente e com a fé no Divino Salvador, Karol passaria esta dificílima prova. Os nazistas registraram tudo:

Subiram, desceram, entraram e saíram; revisaram tudo e nada encontraram. Olharam a sala, o corredor, a cozinha, o banheiro e nada. Karol havia permanecido invisível para eles.

No dia seguinte o cardeal Sapieha lhe enviou um recado dizendo que se apresentasse no arcebispado e permanecesse ali até terminar a perseguição. Karol obedece e pede um favor muito especial a senhora Irena:

Conseguir que os responsáveis da fábrica lhe tirassem da lista de obreiros, fazendo-os acreditar que havia desaparecido ou morto em uma das tantas redadas praticadas pelos nazistas.

Em princípios de 1945, a Cracovia é liberada pelos russos da ocupação nazista e o cardeal Sapieha abre novamente o seminário onde Karol prossegue os seus estudos. E logo o desejo tão esperado se torna realidade, em 1º de setembro de 1945, Karol era ordenado sacerdote. Tinha 26 anos de idade.

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A situação do pós guerra o obriga a se mudar para Roma, pois os seminários polacos haviam ficado sem professores. O padre Karol estudaria Teologia e outras disciplinas próprias de sua carreira religiosa. Aprenderia com grande maestria o grego e o latim, a parte de outros idiomas mais comuns como o italiano (por ser o idioma de casa);o francês, como um segundo idioma; e o inglês por ser um idioma convencional.

Seus estudos e preparação o iam convertendo em um candidato aos novos e mais altos postos dentro da Hierarquia Eclesiástica pela qual apenas ia escalando. Sua facilidade de comunicação com as pessoas, sua amabilidade e seu sorriso, lhe permitiram ganhar muitos adeptos.

Mas não era só pelo seu grande sorriso, mas pela sua inteligência. Um grande talento humano, que fala com facilidade e fluentemente sete idiomas, entre eles o polaco, o checo, o italiano, o francês, o alemão e o espanhol e de certa forma o lituano e o russo. O espanhol havia aprendido em virtude de que a maioria dos livros para a sua tese era neste idioma.

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Terminados seus estudos Karol regressa a sua terra Waldowice na Polônia, e a novidade que encontra era que os nazis haviam se ido; mas os russos haviam ficado. Tinha tido eleições, mas uma eleição um tanto duvidosa. Recebe então um encargo muito especial de parte do Cardeal Sapieha:

obter um doutorado na  Universidade de Cracóvia, a participar das aulas e fazer um postulado entre os estudantes. Karol então cumpre o encargo, portanto se converte em professor da Universidade da Cracóvia  e começa a levar a cabo um grande apostolado.

O carisma de Karol já se sentia desde então. O padre Wojtyla começava a dar aulas às quais eram bastante concorridas. Suas aulas além de serem interessantes eram muito divertidas. Os alunos o queriam muito e o chamavam Wuj Karol, que significa "Tio Karol". A verdade é que o nosso personagem fazia das suas. Sabia como atrair a atenção, animar as pessoas, demonstrar com o exemplo, ensinar de maneira sensível, sem bandagens ou ataduras. Ia diretamente ao ponto com delicadeza e doçura.

Falava da vida de Jesus Cristo, da vida na terra, dos problemas cotidianos aos que nós enfrentamos, sem colocar colocar tanto receio nas palavras como o fazem outros e que levam a tantos males entendidos.

As palestras que o padre Wuj Karok realizava eram muitos amenas. Falava em uma linguagem sumamente compreensível, não tratava de renegar ou criticar por erros cometidos. Colocava o Evangelho tal qual como era, enquanto que com a vida cotidiana fazia brincadeiras e piadas... Tratava de estar entre os jovens, aproximava-se deles para saber de suas inquietudes, faze-los meditar e dar-lhes conselhos.

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E não era só nas aulas e nos onde se aproximava dos jovens. Também gostava aproximar-se deles e inclusive os convidava a participar em excursões e dias no campo. Daí que dava entender que iria chegar muito alto, além do que se imaginava...

Aí todos  sentiam o contato com a natureza e mais próximo de deus. Tratava de ser um cristão em todo o sentido da palavra (chrzescijanski, em polaco).

As vezes caminhava vários quilômetros a fim de estar mais próximo de seus fiéis e enfermos. Outras vezes percorria várias distâncias de trem dormia nos vagões e na manhã seguinte dava uma palestra em alguma cidade distante, e nesse mesmo dia voltava a sua cidade base.

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Em 1º de julho Karol Wojtyla é nomeado bispo auxiliar da cidade de Cracóvia. Tinha 38 anos, tornando-se assim o prelado mais jovem da Polônia. Tinha muito trabalho pela frente e mais estava se acumulando, pois o arcebispo estava muito doente.

Foi uma época difícil. Como bispo auxiliar teve que lutar muito pelas sua diocese. Mas tudo isto havia valido a pena; havia conseguido que lhe reconheceram alguns direitos, entre eles a edificação e construção de templos.

Primeiro arcebispo, logo cardeal ao morrer o arcebispo da Cracóvia, cardeal  Sapieha. Karol Wojtyla fica à frente da arquidiocese deste lugar. Primeiramente como vigário capitular (1962), e mais tarde, em 13 de janeiro de 1964, como Arcebispo titular, nomeado pelo Papa Paulo VI. Corria então na Polônia grande ferveção religiosa. Celebravam o primeiro milênio de sua conversão ao cristianismo. Karol e os demais bispos convidam a Paulo VI a clausura dos atos religiosos a celebrar no Santuário de Nossa Senhora de Czestochowa (lugar onde se encontra a Virgem Negra, tão querida pelo Papa -Juan Pablo II).

O Papa (Paulo VI) aceita o convite mas o governo polaco impede a sua visita.

Não é senão até 1967 em que Karol Wojtyla é nomeado cardeal. Muitos eram os méritos do jovem prelado para receber tal distinção. Sua entrega aos jovens, seu amor pelos enfermos, aos anciões, aos necessitados, as crianças e aos desamparados lhe valeram muitos votos. Era um homem com o coração entregado totalmente ao Senhor. O Cardeal Wojtyla receberia uma prova de fogo. Tratava-se de um encargo extraordinário:

Dirigir um curso de retiro para o Papa  Paulo VI e seus colaboradores mais próximos. Monsenhor Wojtyla o leva a cabo com grande êxito.

Vem o falecimento de Paulo VI e lhe segue o Papa do sorriso, Albino Luciano, Juan Pablo I. Wojtyla, já o conhecia e havia declarado sobre ele:

Estou muito contente com ele. Me encanta a Santidade do novo Papa, sua originalidade sua sensibilidade...

Pouco duraria seu reinado, 33 dias depois Juan Pablo I falecia vítima de um infarto no miocárdio, em 28 de setembro de 1978. Alguns diriam que havia sido uma conspiração. Um Papa no italiano e logo acontece o que ninguém esperava. Depois de 455 anos de tradição um Papa não Italiano chegava a ser o Vigário de Cristo na Terra. Tratava-se de um cardeal vindo de terras distantes, da Polônia e cujo nome era Karol.

Na verdade é que todo mundo se surpreendeu com sua nomeação. Quem ia pensar que um cardeal vindo de um país comunista chegaria a ser Papa? O líder espiritual de mais de 600 milhões de de católicos no mundo!

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A fumaça branca havia saído da chaminé da Capela Sistina. As pessoas congregadas na Praça São Pedro gritavam "¡Papa habemus!".

O nome que tomaria o novo Papa seria o de Juan Pablo II. Queria continuar com a tradição de seus predecessores e ao mesmo abrir-se mais ao mundo, abrir-se mais a Cristo. E talvez nem ele mesmo havia pensado que haveria de ser eleito Papa, mas assim foi. O Colégio de Cardeais o havia eleito, e um Papa polaco governava e orientava com a sua luz aos católicos e as pessoas de todo o mundo.

Assim foi como se iniciou Papa. Juan Pablo II, o qual que em seus primeiros dias de vida religiosa havia pensado em converter-se em monge carmelita, aquele que em seus anos de juventude escalava, andava de bicicleta, dançava, ria, chorava, jogava pelada de futebol, mas também sofria.

Um homem que tem vivido e tem sabido ser fiel a seus princípios. Um homem que tem sabido se aproximar a todos por igual sem fazer distinções de classes, ideologia ou princípios políticos. Juan Pablo II, o peregrino da paz, Sumo Pontífice e Vigário de Cristo.

Aquele que tem chegado aos cinco continentes e conhecido mais de 80 países. Aquele que predica a boa nova e nos ensina que temos que nos amar uns aos outros, o representante de Deus sobre a Terra, Karol Josef Wojtyla.

Sua Santidade o Papa João Paulo II

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