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A distinção entre liderança e management é simples palavreado
acadêmico. Nunca aceitem um emprego porque agrada as suas mães. Não sejam vítimas.
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Vocês são donos da decisão. Em definitivo, o único que sustenta sociedades como as nossas são as empresas vencedoras. Os governos não criam nada.
São as empresas vencedoras as que sustentam sociedades como as nossas.
Os desafios enfrentados na primeira metade dos anos 80 foram tormentosos para a GE, em parte pela grande concorrência das empresas japonesas.
Eram anos em que se dizia que os japoneses iriam roubar os empregos dos estadunidenses. Havia inflação e desemprego.
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Em 1981, quando entrei para a companhia, tinha 174 pessoas trabalhando em planejamento estratégico e três negócios que davam perdas há 20 anos.
Recortei negócios e despedi vários funcionários e aos que ficaram
lhes ofereci um emprego seguro. Há demasiados altos executivos que evitam tomar decisões difíceis e com isso não prejudicam a empresa para a qual trabalham, senão aos funcionários que supostamente querem
proteger.
Quando vem uma
recessão e precisa despedir pessoas, os marcados perguntam:
por que EU?
Nesse momento descobrem que o chefe não estava satisfeito com seu trabalho. E então
dizem:
Estou trabalhando a 20 anos nesta empresa e ninguém nunca me disse que fizesse as coisas de outra maneira. Por quê?
Por que a sinceridade teria gerado antipatias e os gerentes gostam de ser BONS.
As culturas mal harmonizadas debilitam as fusões. Isto aconteceu quando a GE comprou a empresa de corretagem Kidder Peabody. Em 1994, GE teve que voltar atrás e vender a Kidder depois de se ver imersa em um escândalo sobre suas práticas de comercialização de títulos. GE tinha uma cultura de cooperação, mas as pessoas da Kidder só
os ganhos as motivavam.
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Esta experiência foi que me levou a incentivar a compra de empresas de tecnologia em finais dos anos 90. Nessas empresas davam ao engenheiro uma BMW como complemento de seu contrato. Era uma loucura. Tivemos que explicar aos nosso próprios engenheiros por que eles ganhavam a metade do que ganhavam os outros na Califórnia.
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As companhias vencedoras são meritrocracias, e as meritrocracias exigem prêmios e castigos, explica. Mas também exigem que as pessoas que fazem trabalhos comparáveis, sejam tratados da mesma forma. A meritrocracias podem ser duras, mas não arbitrárias.
Perder é horrível. As empresas perdedoras não fazem nada. As pessoas tem medo porque não oferecem segurança no trabalho. As vencedoras, em troca dão. Para ele a pessoa ganha quando define aonde quer chegar e se luta por isso.
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As vítimas nunca ganham. Ademais, não se pode ganhar todo tempo. Ao longo de uma carreira, as vezes se passa de príncipe a porco
com suma facilidade. Eu fui porco muitas vezes, disse.
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Este foi um trecho da conferência de Jack Welch ante um auditório lotado de estudantes
na UNIV.
Wharton.