OS PROFISSIONAIS DA ERA DIGITAL
.
sala
dos artigos de gerenciamento
.
O novo profissional deverá dominar a tecnologia, ter um alto conhecimento de finanças e saber relacionar-se com as pessoas. A tecnologia da informação multimídia está modificando o panorama dos negócios e a
tendência indica que não só se redesenham as fronteiras dos países senão também as das empresas. O desafio é grande. E neste panorama há que ressaltar a importância do papel do alto executivo do século XXI.
Qual é a forma da corporação do século XXI? Está interconectada, terceirizada, é plana e amorfa. A estrutura hierárquica piramidal tende a dar passo a outro tipo de organização mais
horizontal
(Artigo: COMO
AUMENTAR sua PARTICIPAÇÃO NO MERCADO).
Neste novo panorama, que ainda ninguém conhece em profundidade, se precisará alguém que leve toda a companhia a um novo território. O novo papel do estrategista e do gerente do século XXI,
será muito similar ao de um sentinela, um sentinela evangelizador, porque será ele quem se converta no agente da mudança de sua organização.
Portanto, o estrategista deverá manejar diferentes ferramentas e saber de finanças, de logística e psicologia da empresa. Estas três aptidões deverão estar numa única cabeça, no máximo duas, que promova um estilo de empresa
integrada
(Artigo: pay
for performance: ganhar bônus é questão de sorte?).
Seu papel será muito importante e por momentos será ele quem poderá sintetizar todas estas forças num lugar de trabalho. Será quem poderá dar uma olhada à forma mutante do mundo e depois produzir o melhor panorama possível para a empresa. O alto executivo deverá ser
transmissor e receptor de informação e fundamentalmente deverá ter a capacidade de sintetizar e criar.
.
Não se precisa um chefe sabe-tudo:
Este profissional também será um estrategista, mas deverá ter em conta que se não pode fazer tudo sozinho, terá que formar um grupo de profissionais estrategistas. Terão que trabalhar juntos
durante vários anos para poder compartilhar a mesma visão do futuro, e uma mesma visão da empresa para poder desenvolver uma estratégia. E isto dá surgimento a um conceito como é o do valor agregado intelectual.
Já não é só alguém no cume quem tem que pensar. As vezes, a melhor idéia pode contribuí-la a pessoa mais jovem da empresa. Isto significa que o chefe não precisará saber tudo e ter todas as respostas, porque todos os membros da empresa, terão igual oportunidade de contribuir. Ele precisará de uma rede de conselheiros e em todo momento poderá contar com a assessoria dos melhores
especialistas do mundo em cada área.
Isto propõe uma mudança substancial no papel dos planejadores e estrategistas. Para que este processo tenha sucesso, os executivos terão que ser os catalisadores da mudança. Aqueles que não possam fazê-lo, porão em perigo a toda a
empresa
(Artigo: cpo
- Chief Pricing Officer: encarregado de preços na empresa).
Para participar do jogo, o planejador de estratégias da empresa deverá limpar sua memória, esquecer-se de tudo o que sabe,
desaprender o aprendido, re-configurar a maneira de trabalhar e verificar se existe a possibilidade de transformar o modelo de empresa e sua rede de valor.
A tecnologia e a geografia são os insumos chaves neste novo panorama. O executivo deverá estar familiarizado com ambas e deverá saber usá-las a seu favor.
DR.
Kenichi Ohmae - Mr. Strategy
.
Conhecido
internacionalmente como o Mr. Strategy, Dr. em energia nuclear, Kenichi
Ohmae foi eleito pela revista The Economist como um dos cinco maiores
gurus de Management do mundo. É considerado uma das maiores autoridades
em Estratégia Corporativa da atualidade. foi sócio da McKinsey &
Company Inc. por 23 anos e hoje preside a Ohmae & Associates,
empresa de consultoria estratégica que trabalha para as mais
respeitadas empresas PÚBLICAS e privadas de todo mundo. escreveu The
Mind of the Strategist, "O poder da tríade", "A
mentalidade do estrategista", "O mundo sem fronteiras", e
"O fim do Estado Nacional". Pertence ao board de diversas
empresas e instituições entre as quais se encontram Nike Inc. e o
Center for Advanced Studies for Management. Escreveu numerosos artigos
para The Wall Street Journal, Harvard Business Review e Los Angeles
Times.