Para
que serve a marca? Simples: para não ter que baixar o preço...
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sala das idéias de
marketing -
sala dos artigos de marcas
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Hoje, para vender um
produto, não importa o que é senão o que significa. Esta palavra
significado não existe em nenhum dicionário de nenhuma outra disciplina
exceto a semiótica. Uma pequena introdução ao Marketing semiótico. A
semiótica decifra o significado das coisas entre as pessoas e, aplicada
ao marketing, explora e opera fenômenos que a economia, a sociologia e a
psicologia não puderam explicar de maneira independente
(ARTIGO:
churrasco ou salada ?).
Para um doente e um
viciado, a palavra droga não tem o mesmo sentido... Para o
consumidor, as coisas que lhe dão sentido fazem abrir o desejo e
conseqüentemente a carteira
(ARTIGO:
Disparadores de compra
para aumentar as vendas).
O marketing semiótico
irrompe como uma poderosa visão multidisciplinar que examina o mundo do
mercado, as marcas e os consumidores olhando pelo outro lado do
telescópio: o do sentido. O mercado passou de avaliar atributos
tangíveis a guiar-se pelos intangíveis. Há seis macro-tendências de
mercado que determinam que o público, em vez de comprar produtos, hoje
esteja comprando símbolos, avalizando o valor estratégico da marca:
•
Encurtamento do ciclo de vida dos produtos;
•
Aumento exponencial da
oferta;
•
Homologação de atributos;
•
Desmaterialização dos
produtos;
•
Explosão da Poluição
mediática;
•
Necessidade de adesão a
significados.
O mapa semiótico se baseia
na circunferência do cérebro. Ninguém, em seu juízo perfeito, liga o
televisor nem lê o jornal para ver publicidade. O que o consumidor
posiciona em seu cérebro são problemas e as marcas que os solucionam. No
mapa de posicionamento semiótico as marcas não se distribuem no mercado,
distribuem-se no cérebro do consumidor
(ARTIGO:
Você tem um grito de
guerra?).
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É uma metodologia de trabalho que reúne os conceitos mais relevantes do
marketing tradicional com a visão da semiótica, a disciplina que estuda
os significados das coisas e as aplica às estruturas sociais,
focalizando-se neste caso na cultura do consumo. As ferramentas desta
exploração proporcionam informação totalmente diferente e profunda sobre
a marca, o mercado e o consumidor, dada sua profundidade e precisão para
estudar e analisar estes panoramas.
Conhecendo esta informação,
podemos estabelecer uma interação alinhada e coerente entre a marca
e o consumidor, conseguindo assim que cada uma da ações de marketing
sejam adequadas, focalizadas e com o sentido exato para os
diferentes comportamentos de consumo. O resultado final: otimizar e
racionalizar as estratégias de marketing, conseguindo investir com
certeza no mix de ações táticas.
Teoricamente, a disciplina
semiótica consiste no estudo dos sinais e das leis que os governam. Um
sinal é qualquer fato, coisa ou pessoa susceptível de ser interpretada.
Operativamente, é o estudo de como se criam, transmitem-se e se
internalizam os significados das coisas e os fatos nas pessoas. Em
marketing consiste em definir como se criam, como se transmitem e como
se internalizam os significados e valores das marcas nos consumidores
(ARTIGO:
O produto não é nada. O nome o é tudo!).
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Hoje, para vender um produto, não basta em saber o que é, senão que
significa. O marketing semiótico se vale não só da semiótica senão que
incorpora a economia, a sociologia, a antropologia social e a psicologia
para resolver seus problemas. Seu objetivo é decifrar o significado e os
valores das marcas, pesquisando na cultura vigente para responder as
perguntas mais relevantes a respeito das condutas de compra dos
consumidores e a forma na qual devem tratar-se as marcas.
Em tempos de crises, as
marcas que mais e melhor resistem o abandono dos consumidores, são
aquelas que estão mais profundamente identificadas com sua cultura.
Tudo isto propiciou que, freqüentemente, o produto seja incapaz de
sobreviver só por sua presença física e precise enriquecer-se com um
plus de identidade emocional, que lhe possibilite destacar-se dentro
do caos da comoditização e a multiplicidade dos produtos
(ARTIGO:
quando
a marca transmite emoção).
Quando já não há tempo,
nem vontade, nem espaço mental para comparar os atributos funcionais da
oferta completa de uma categoria, a escolha se sustenta no nível de
identidade
(alinhamento cultural)
que a marca gera no consumidor. A marca é a melhor ferramenta para
demonstrar que o produto que a ampara, constitui a solução de um
problema ou a satisfação de uma necessidade racional ou emocional do
cliente. Em mercados abarrotados de produtos semelhantes, que têm
similar funcionalidade e que custam o mesmo, a "marca" é o único que a
diferencia. E é o que melhor defende o preço.
PROF.
Marcelo López
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prof de Semiótica da
Publicidade na UNIACC
Univ. de Artes e Ciências da
Comunicação
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ARTIGO RECOMENDADO:
As 13 características de identidade das marcas
humanas
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