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O fim da publicidade
unidirecional:
ao longo do dia, você está exposto entre 200 e 1.000 impactos
publicitários impessoais, majoritariamente irrelevantes e em todo
caso não solicitados. Os verá em formatos tradicionais como
imprensa, rádio, televisão, Out-doors e também em suportes cada vez
mais inverossímeis: filmes, elevadores, estacionamentos, banheiros.
E é que o atual modelo publicitário, baseado na interrupção, está
nas últimas. Cada anúncio que se emite no meio de seu programa
favorito leva implícita uma segunda mensagem: Nossa companhia tem
suficiente dinheiro para interromper-lhe em seus momentos de lazer
(artigo:
Marketing no dia a dia).
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Uma pessoa que é
realmente engraçada não vai dizendo que é engraçada, senão que conta
anedotas, simplesmente. No entanto, basta ligar a televisão para
aborrecer-se com mensagens publicitárias auto-complacentes que
ignoram a capacidade crítica da audiência e renunciam a estabelecer
um diálogo com ela. Neste contexto de saturação e de permanentes
interrupções publicitárias, o mais rentável é o uso inteligente das
novas tecnologias para conseguir que seu produto ou serviço se
difunda através marketing boca a boca, a estratégia mais poderosa,
mais rápida e com melhores resultados conhecidos no planeta Terra
(artigo:
Marketing boca a boca
em 5 passos).
O marketing boca a
boca consiste em dar ao consumidor motivos para falar de seu
produto ou serviço, e proporcionar-lhe a ferramenta adequada
para que essas conversas se produzam rápido e muitas vezes. As
empresas que estão triunfando no novo mercado são as que melhor
utilizam o "boca orelha" para acelerar o processo de decisão de
compra, o autêntico epicentro de todo negócio.
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Ganhar-se o respeito:
é verdade que 80% das recomendações boca a boca são verbais e que os
outros 20% se produz na Internet. E que há uns 10% de pessoas que
decide as musicas que escuta ou os livros que lê ou os hotéis, e que
os 90% restantes dos consumidores os segue. Mas não são nem gurus
nem estrategistas os que movem o mercado, senão esse colega de
escritório que lhe recomendou que passe uns dias de lazer nos cânion
de Itaimbezinho; ou a amiga que falou com entusiasmo dos livros de
tal escritor ou assunto, ou que não impede de você curtir livros
diferentes. O boca a boca não pode ser controlado de um quadro de
comandos, como também não pode desenhar-se artificialmente a
capacidade de conectar os grupos, mesmo que os redes sociais tentem
replicar isso diariamente
(artigo:
A influência social é a que impulsiona um
produto à fama).
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Muitas estratégias de
marketing fracassam pelo erro de confundir o boca a boca com a
inoculação de spots audiovisuais destinadas a propagar-se como um
vírus através do correio eletrônico. Estes métodos estão desenhados
para fazer ruído no mercado com a idéia de que quanto mais gente
ouça o ruído, mais se falará dele. No entanto, o que acaba
acontecendo é que se fala mais do método em si do que das qualidades
do próprio produto. A arte de gerir o marketing boca a boca consiste
em fazer que a gente se sinta bem falando de você. E para
consegui-lo terá que escutar a audiência e dotá-la de ferramentas de
comunicação e de prescrição positiva ou negativa, terá que assumir o
risco com a finalidade de conhecer seus próprios erros, de aumentar
sua eficiência e de conectar com o que realmente seu mercado
precisa
(artigo:
Não se pode competir contra a recomendação de
um amigo).
Na realidade, o
marketing boca a boca é muito fácil: ganhe o respeito de seus
prospects e clientes e eles se encarregarão do resto.
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Prof. Álvaro Alorda.
ISEM:
Inst. Sup. de Empresa e Moda da França
Artigo traduzido e
publicado pelo Jornal SDR
ARTIGO
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sua Estratégia de Marketing?