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Sua hipótese:
enquanto às
vezes pudesse parecer que os negócios recompensam o mau
comportamento e a corrupção, no longo prazo, existe um vínculo
indissolúvel entre sucesso e ética. As inteligências cognitiva e
emocional são segredos da liderança: "todo líder possui facilidade
para incorporar conhecimentos e habilidades para dirigir equipes. No
entanto, para obter um rendimento excepcional, isto não é
suficiente". O que se precisa é a "inteligência moral" que os
autores definem como a capacidade mental de determinar como os
princípios universais da ética se aplicam a nossos valores pessoais,
motivos e ações
(Artigo:
Quando
o cliente nos pede comissão).
Os quatro
princípios éticos do triunfo empresarial são: a integridade, a
responsabilidade, a compaixão e a capacidade para perdoar. Sem
eles, o líder poderia empregar seu carisma com fins destrutivos.
Tristes exemplos
destas pessoas não escasseiam na história humana. No entanto,
afirmam Lennick e Kiel, estes líderes só gozam de um sucesso
efêmero. No longo prazo, sempre terminam caindo porque a carisma não
pode compensar a perversidade. Mas, está demonstrado que a
inteligência moral é um fator principal do sucesso nos negócios? Na
realidade, advertem os autores, é melhor propor a pergunta inversa:
aonde terminam as empresas e executivos imorais?
.
O ex-presidente de
Mitsubishi e outros dez altos executivos foram ao cárcere por
ocultar falhas nos veículos. Bernie Ebbers, ex CEO de Worldcom,
também veste traje listrado por seus roubos. Que ocorreu com a
grande consultora Arthur Andersen? Que passou com Enron? Os
consumidores castigam às empresas de turvo comportamento. Por
exemplo, depois do escândalo dos automóveis defeituosos, Mitsubishi
sofreu uma perda de 40% em suas vendas no mercado japonês(Artigo:
O que leva anos para conquistar e segundos
para perder? Confiança!).
Em definitivo,
segundo Lennick e Kiel, a evidência demonstra que a inteligência
moral desempenha um papel importante no triunfo dos negócios. É
verdade, é possível ter sucesso enganando aos clientes e urdindo
baixas práticas desonestas. Mas no longo prazo, nenhum negócio
sobrevive sem valores morais. Em síntese, para estes autores, a
ética é o melhor negócio.
Prof. Doug Lennick e
Prof. Fred Kiel
Artigo traduzido e
publicado pelo Jornal SDR
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artigo recomendado:
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A
quem deve fidelidade o vendedor, ao cliente ou a Empresa?