1999

Sistema de Representação Comercial para Representantes Comerciais

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Como lidar com clientes difíceis ou especiais

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Basicamente todos os clientes desejam o mesmo: bom serviço. Mas, de vez em quando nos encontraremos com um que precise um tratamento especial. Saber como manejar a estes indivíduos pode ajudar a que o trabalho seja mais fácil, e pode ser toda uma arte que devemos dominar. Vejamos alguns dos tipos de clientes difíceis ou especiais:

O cliente enojado: quando clientes enojados telefonam ou se apresentam em seu negócio ou empresa, existem duas mensagens que eles desejam transmitir: Uma que tem a ver com os fatos e outra com seus sentimentos. Depende de nós transcender os sentimentos para conseguir obter os fatos que precise para solucionar o problema. Ao tratar com este tipo de clientes, não negue seu agastamento, dizendo-lhe: Não há motivo para enojar-se, isso só o enojará mais. Algumas das formas de tranqüilizar a um cliente enojado são:

Mantenha a risca suas emoções: não se permita perder o controle, determine o objetivo fundamental da queixa.

Não se permita estar à defensiva: quando estamos à defensiva significa que nos envolvemos emocionalmente.

Veja além do desgaste: com freqüência, o que você vê é a frustração do indivíduo que foi acendida por assuntos que não têm relação alguma com o que você está tratando.

Antecipe situações potencialmente irritantes: a maior parte do tempo você pode antecipar as coisas que façam que um cliente se enoje.

Diminua o desgaste: tente ajudar a que o cliente se sobreponha ao seu desgaste, assim lhe será mais fácil encontrar uma solução a seu problema.

Não faça promessas que não possa cumprir: não permita que o cliente o obrigue a fazer, ao calor dos acontecimentos, uma promessa que você não possa cumprir.

Seja solidário: a indiferença fará que seu cliente se vá bem mais rápido do que a impossibilidade de resolver seu problema.

Analise o problema: quando os clientes estão enojados, com freqüência não expressam com clareza o problema real.

Ponha mais atenção no que pode e não no que não é possível responder: "permita-me ver que posso fazer..."

Negocie uma solução: pergunte ao cliente como lhe agradaria que se solucionasse seu problema.

Atue no problema: atuar no caso implica mais do que o dizer do que se ocupará do assunto.

Dê seguimento: que tenhamos encontrado uma solução para o problema não significa que este tenha sido arrumado.

O cliente infeliz: todos os conhecemos, são indivíduos que caminham com ar rancoroso. Entram em seu negócio e fazem uma afirmação tal como: "Estou seguro de que não tem o que procuro". Estes indivíduos não necessariamente têm um problema com você ou com sua empresa, seu conflito é com a vida em general. Não pode esperar mudar ao cliente infeliz, mas sim que a situação seja o mais agradável que permitam as circunstâncias e proteger-se de ser arrastado ao mau humor. Mostre a esta gente tanta compaixão e carinho como for possível. O mais provável é que você não consiga melhorar seu estado de ânimo, mas pode determinar exatamente que é o que estão procurando e, como resultado, ajudar-lhes a encontrá-lo (Artigo: clientes possuídos: como lidar com eles ?).

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O cliente discutidor: estas pessoas se comprazem nas discussões. Se você lhes assegura que um suéter é branco, eles dirão que é vermelho. São agressivos e provavelmente não estejam de acordo ou discutam cada coisa que você diga. Seu primeiro impulso será não estar de acordo e discutir, mas não se permita cair na armadilha. Ao tratar com estes indivíduos siga as seguintes regras:

Fale suavemente.
Peça-lhes sua opinião.
Concentre-se nos pontos que estejam de acordo.
Conte até dez... (milhões).

O cliente conversador: estes indivíduos podem usar muito de seu tempo se o permitir. Entram a comprar um aparelho e, para quando se vão, você conhece a história de sua vida. Se não há mais clientes à vista é possível de que escutar não signifique um problema, mas se outros estão esperando precisa apressar ao conversador. Trate de manter em mente que a razão pela que estas pessoas falam tanto é que se encontram sós. Não os limpe de uma pincelada, mostre compaixão e interesse, mas deixe claro que você deve atender a outros clientes (Artigo: Você REALMENTE ouve os seus clientes?).

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Os chiliques: podem provir tanto dos homens como das mulheres. Durante o tempo todo que você os está atendendo, intercalam comentários com duplo sentido e envolvimentos sexuais. Enquanto o fazem, observam-no cuidadosamente para ver se reage de alguma maneira. A reação da maioria dos funcionários de serviços ao cliente é ficar com pena, pôr-se à defensiva ou desarmá-los. Nenhuma destas técnicas é particularmente efetiva. Quanto mais apenado ou molesto você se senta, mais comentários farão, pelo geral, esses clientes. Ao tratar com eles mantenha uma postura profissional em todo momento. Ignore seus comentários e, em seu lugar, concentre-se em seus esforços por ajudá-los com o produto ou serviço que estejam procurando. Depois de tudo, quanto mais cedo encontrem o que procuram, mais rápido se irão.

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O que não fala: fazer que este cliente explique o que procura é uma tarefa ímproba. Pode dever-se a que honestamente não está seguro do que procura ou talvez seja muito difícil expressar-se. Seja paciente. Ajude-o a que se sinta descontraído. Não formule perguntas que requeiram de uma resposta elaborada.

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O queixoso habitual: ao queixoso habitual não lhe agrada nada. O serviço é ruim, os preços são demasiados altos… Possivelmente até o desenho de todo o edifício esteja mal. Não permita que este indivíduo o desalente ou deprima. Assuma que isto é simplesmente parte de sua personalidade. Quando o queixoso habitual chama, tente separar as queixas legítimas das falsas. Evite pôr-se à defensiva, não importa o que diga. Deixe-o falar. Se a queixa é válida, tome os passos adequados para resolver o problema e, tal como o faria com qualquer outro cliente, desculpe-se pelos inconvenientes causados. Uma advertência! Cuide-se de assumir que todos os motivos de queixa deste tipo de clientes são frívolos. Ainda que ele se programe para esta classe de resposta grunhindo sempre, depende de você separar as queixas legítimas das frívolas (Artigo: Não desista dos clientes insatisfeitos).

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O cliente grosseiro ou ofensivo: se você se dá conta de como são em realidade estas pessoas lhe resultará mais fácil tratar com eles. Com freqüência se apresentam como arrogantes e com uma segurança pessoal absoluta. No entanto, por baixo, sentem-se sós e inseguros. Seu primeiro pensamento ao tratar com indivíduos ofensivos pode ser o voltar-se sarcástico ou pô-los em seu lugar, não o faça! Um recurso bem mais efetivo é o de ser amável, excepcionalmente amável. Não saberão como manejá-lo e, eventualmente, começarão a oferece-lhe o mesmo respeito que você lhes oferece a eles.

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O cliente exigente: estes são indivíduos que o interrompem quando você se encontra no meio de uma conversa com outro cliente e demandam seu atendimento imediato. Novamente, esta reação nasce de um sentir de insegurança; ao ser exigentes, sentem-se mais no controle. Trate-os com o mesmo respeito que a qualquer outro cliente, mas não aceda a suas demandas. Pode conseguí-lo concentrando-se em suas necessidades e não em seus modos. Suas exigências são, de fato, suas necessidades, pense nelas como tais e poderá responder com mais positividade (Artigo: NÃO PERDA VENDAS NO TELEFONE).

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O cliente indeciso: ao igual que um cliente conversador, estes indivíduos podem abusar muito de seu tempo, mesmo que deveria empregar em atender a outros clientes. Estes indivíduos estão verdadeiramente aterrorizados ante a idéia de tomar uma decisão incorreta. Não acreditam em seu próprio juízo. Ao tratar com clientes indecisos tente os seguintes enfoques:

Crie um ambiente descontraído.
Limite as possibilidades.
Ofereça uma saída.
Seja paciente... (muito paciente).

O cliente abusado: no caso de que um cliente se torne abusado, permaneça em calma e recorde-se que ele não está enojado com você pessoalmente, senão frustrado pela situação ou por outros problemas de sua vida. Se o cliente começa a falar num tom muito alto, você baixe sua voz. Fazê-lo assim o obrigará a escutar com mais atenção e, eventualmente, ele baixará sua voz para emparelhá-la com a sua. Fale a uma velocidade normal. Se você começa a falar rápido, só piorará as coisas. O cliente pensará que você está nervoso ou, pior ainda, que quer se desfazer dele. No caso de que o cliente utilize uma linguagem abusiva ou faça ameaças, seja direto. Dirija-se ao cliente por seu nome e diga: Senhor Fulano, compreendo que esteja incomodado, mas não utilize essa linguagem. Se um cliente o ameaça, documente o incidente e entregue-se a seu supervisor (Artigo: Como atender os clientes com qualidade).

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Servir à gente agradável é fácil: no entanto, a gente difícil pode representar um desafio. Se o aceita, experimentará uma grande satisfação e, ao mesmo tempo, ganhará clientes leais para sua empresa. Os clientes, não importa quão difíceis, são gente como você. As vezes permitem que seus estados de ânimo se interponham. Quando isso sucede, recorde não o tomar de maneira pessoal. Dar-se conta de que outros problemas causam seu agastamento deveria facilitar-lhe o tratá-los com efetividade (Artigo: Ouvir os clientes compensa).

Lionel Jean-Francois
Gerente de Suporte da Axtel SA

Artigo traduzido e publicado pelo Jornal SDR

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