1999

Sistema de Representação Comercial para Representantes Comerciais

2018

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Podemos predizer o que elegerão os clientes?

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Compreender a natureza da eleição requer uma análise complexa da preferência do cliente, condicionada tanto por seu comportamento passado e presente, como por expectativas e predições futuras. Os economistas costumam usar um modelo de "utilidade descontada" para explicar como mudam nossos hábitos e preferências. Mas existem dois fatores importantes que afetam a este tipo de modelos: "a saciedade e a habituação". Por saciedade se entende o momento em que a satisfação de um desejo é tal, que o nível de satisfação que tentará o consumo de um produto no futuro se verá reduzido. Isto é, se temos muito de um produto no presente, quereremos menos no futuro (artigo: Disparadores de compra para aumentar as vendas).

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A habituação define a formação de hábitos, os quais aumentam as probabilidades de um novo consumo no futuro. Tão importantes são estes dois fatores que no artigo: "Predizer a utilidade em condições de saciedade e habituação", os professores do IESE Manuel Baucells (PHD em Management) e o professor da UCLA Rakesh K. Sarin (PHD em Management), propõem um modelo de utilidade descontada adaptado a eles. Batizaram-no como "modelo de habituação-saciedade", e sua função é explicar como estes dois fatores afetam (e muito) à eleição do cliente (artigo: Como seduzir os indecisos, os não clientes?).

A pergunta primordial à que este modelo trata de responder é, por que mudam os gostos?: o que fazemos hoje afeta ao que quereremos amanhã! Este conceito tão simples é a espinha dorsal do modelo de habituação-saciedade. Se fazemo-nos adictos a algo, as possibilidades de que o queiramos no futuro aumentam. Isto é, a habituação aumenta a utilidade marginal do consumo no futuro. O modelo de habituação demonstra este conceito. Em cambio, se estamos plenamente satisfeitos com algo, as possibilidades de que o queiramos no futuro costumam diminuir. Esta idéia é a que expressa o modelo de saciedade (artigo: Com mais dinheiro se pode comprar mais felicidade?).

O modelo "Habituação - Saciedade" explica ambas tendências, bem como outros fenômenos que não podem explicar o modelo de habituação ou o de saciedade por separado.

Segundo o modelo "habituação - saciedade", o consumo presente afeta à utilidade futura de 3 maneiras: aumentam os níveis de habituação e de saciedade no futuro, enquanto a interação entre ambas reduz a saciedade no futuro. Em definitivo, a habituação mitiga a saciedade. Trata-se de uma idéia muito importante para os economistas, já que mostra que os consumidores podem consumir grandes quantidades de um produto sem cansar-se dele, desde que estejam habituados ao mesmo. O modelo também constata que um intervalo curto entre o consumo de, ponhamos, bocados de docinho, não influi na utilidade futura. Este fenômeno se denomina propriedade de substituição local.

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Como afetam tudo isto ao comportamento do consumidor? para responder a esta questão, teremos que avaliar a disposição dos consumidores a pagar por uma unidade de consumo: Se um consumidor está saciado, estará menos disposto a pagar. Se está habituado, sua disposição será maior. O modelo de "Habituação - Saciedade" mostra que, para otimizar a disposição a pagar do consumidor, devemos aumentar o plano de consumo. Um aumento constante do consumo servirá para formar um hábito, enquanto para atingir a saciedade é necessário um nível elevado de consumo ao princípio e ao final (em forma de u).

O dia a dia proporciona muitos exemplos de como a "habituação e a saciedade" influem no comportamento do consumidor e o que pode ocorrer quando os consumidores não têm em conta estes fatores à hora de eleger. Por exemplo, todos sabemos o quão fácil que é comprar a mais no supermercado se temos fome. Nesse momento, os consumidores não pensam no quão saciados que estarão no futuro. O curioso é que crêem que terão tanta fome como quando estão comprando.

Os comércios e seus profissionais em vendas tiram partido deste fenômeno chamado "envieso de projeção", de várias formas. Por exemplo, podem vender passes de vários dias aos museus para tentar aos consumidores, que não se dão conta de que estarão cansados de ver museus ao término de dois dias (artigo: Nasce uma ciência: A ciência de ir de compras).

A verdade é que os consumidores não predizem com exatidão o que quererão no futuro, uma debilidade cuja exploração pode ser rentável. O modelo de habituação - saciedade pode explicar em grande parte o efeito de ambas na escolha do consumidor. Mas, que acontece quando vai fazer uma escolha e não intervém nenhum dos dois fatores:? Se um consumidor tem de escolher entre, ponhamos, dois tipos de pratos para o jantar, e não está nem saciado nem habituado, que influirá em sua decisão?

Neste caso, o cliente pode imaginar-se qual será seu consumo no futuro, e então eleger em conseqüência. Um dos objetivos desta decisão poderia ser a variedade. Mas ainda que num princípio procure variedade, pode que ao final o cliente acabe habituado a uma ou outra eleição. Que isto suceda dependerá até certo ponto da idade do cliente. Crê-se que os jovens procuram variedade em suas atividades, enquanto os adultos costumam decidir-se por uns quantos hábitos estabelecidos. Em fim, que à medida que nos fazemos maiores, voltamo-nos de costumes fixos. Outra possibilidade é que se muda o orçamento do cliente e pode jantar fora com mais freqüência, possivelmente se incline por uma maior variedade agora do que pode permitir-se (artigo: Showrooming: a guerra das lojas físicas vs. Venda on-line).

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Prever o comportamento e os desejos futuros é, evidentemente, difícil: os clientes costumam considerar tão só um curto período do futuro quando elegem no presente. Este fenômeno se denomina "otimização local", a diferença da otimização global, que cobre um período de tempo mais longo. Se os clientes se mantêm dentro do espectro mais reduzido da otimização local, ignoram ou subestimam as interações entre períodos e, por tanto, realizam piores escolhas. Ainda que o modelo de habituação-saciedade não pode predizer todas e cada uma das eleições do cliente, sim que explica dois fatores de grande influência no processo de tomada de decisões (artigo: VENDEDOR DESINTERESSADO = clientes insatisfeitos).

Graças a este modelo, pode concluir-se com toda segurança que o consumo no presente cria saciedade, mas também contribui à formação de hábitos e, por tanto, influi na utilidade do consumo no futuro. Tanto no caso dos clientes como no dos que se beneficiam deles, conhecer os padrões de consumo pode levar a escolhas mais sábias, uma maior felicidade e um marketing mais inteligente.

Prof. Manuel Baucells e Prof. Rakesh K. Sarin

IESE - Instituto de Estudos Superiores da Empresa

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IESE - Instituto de Estudos Superiores da Empresa é uma escola privada fundada em 1958. O IESE Business School como é conhecido nos meios empresariais é a escola de pós-gradução em Administração de Empresa da Universidade de Navarra. Localizada no coração financeiro de Madri, o iese  é uma das melhores Business Schools do Mundo (confirmado por the Financial Times, The Economist, The Wall Street Journal, etc) sendo classificada constantemente entre as 5 melhores da Europa e entre as 20 melhores do Mundo. Com um perfil essencialmente empreendedor, criativo e inovador, o IESE atrai anualmente alunos do mais alto nível, procedentes de mais de 65 países.

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