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7 passos para desenvolver um Comercial Business Case

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sala de artigos técnicos

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Um Business Case é um documento que resume os principais aspectos de uma ação comercial e costuma utilizar-se para justificar um investimento num projeto. A seguir, uma guia de sete passos para desenvolvê-lo. Podemos ser o melhor capitão de um barco, ter melhor timoneiro, a proa adequada e bons ventos. Mas se temos os olhos vendados dificilmente podamos chegar a bom porto (Artigo: fundamentos da técnica de SOLUTION SELLING).

Precisamente, um caso de negócios (comumente chamado Business Case) é um documento que resume os principais aspectos de uma ação comercial e que nos permite ganhar clareza para justificar um investimento e assinar os acordos de nível de serviço necessários para o correto desenvolvimento do plano, em função de indicadores de eficácia e eficiência preestabelecidos.

O princípio básico da análise consiste em descompor uma ação comercial (como uma campanha, um evento ou ações de marketing direto) em seus processos mais relevantes, para analisar seu performance e prever seus resultados. Veja quais são os sete passos para desenvolver um caso de negócios:

Pôr em contexto a ação: o primeiro passo consiste em pôr em contexto a ação que se desenvolverá, em função da situação de mercado em que se encontra a empresa e definir os objetivos comerciais que se pretendem atingir. Por exemplo, se estamos analisando o negócio dos restaurantes, é evidente que a crise impõe um contexto muito diferente ao do ano anterior em relação com as ações comerciais a desenvolver (Artigo: Prospectar = procurar e identificar clientes qualificados).
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Justamente, um dos principais serviços que se viram afetados pela recessão é o negócio de comidas fora da casa, chegando a contrair-se quase um 20% segundo dados da indústria. O consumidor procura poupar levando o entretenimento e a comida portas adentro. Este setor, portanto, enfrenta a necessidade de mudar seu mix de estratégias. Um exemplo seria optar por:

Racionalizar e aproveitar recursos internos;
Manter os preços em vez de baixá-los;
Oferecer um serviço adicional que faça mais atraente a oferta, o qual significa adotar medidas que diminuam seus custos mas preservem sua proposta de valor.

Conceitualizar a ação: em segundo lugar, deve-se conceitualizar a ação. Para isto, é necessário analisá-la em função do posicionamento global, o relevamento da concorrência e um estudo de segmentação da demanda que nos permita fortalecer o modelo de negócio a partir da ação comercial que estamos desenvolvendo. Quando, nos 90, American Express lançou o "Black Card", um cartão preto com crédito ilimitado para muito poucos sócios, procurou gerar uma oferta que pudesse escapar à mesmice dos cartões Gold e Platinum e, ao mesmo tempo, reforçar o posicionamento da marca, a exclusividade e sentido de pertence dos segmentos mais altos (Artigo: Seu objetivo é vender mais ou vender melhor?).

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Resumir a oferta comercial: em terceiro lugar, começamos a resumir a oferta comercial: Estabelecer o preço, a vigência, os atributos do produto, os canais preferidos e as condições de acesso, entre outros. Para isto, por suposto, devemos conhecer o comportamento do segmento ao qual nos estamos dirigindo. Assim, poderemos adaptar nossa estratégia de comunicação e explicar a eleição do canal em função das preferências dos consumidores. Neste ponto, também devemos identificar as tarefas a realizar e os responsáveis de cada uma delas.
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A estratégia de comunicação: depois de resumir a oferta comercial, devemos desenhar a estratégia de comunicação em função do segmento objetivo. Definir o estilo e o tom da comunicação, os conceitos a comunicar, as peças gráficas e a estratégia de meios. Seguindo com o negócio dos cartões de crédito, a mensagem pode ser funcional ou emocional. Isto é, podemos destacar componentes, como a modalidade de pagamento, que vinculam a oferta com as especificações do produto ou usar outros atributos que escapam às especificações como segurança, pertence ou status que nos relacionam com a marca desde nossos desejos para obter o cartão (Artigo: Propostas de valor que funcionam).

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Os atributos eleitos determinarão o tom, o estilo e os meios que melhor captem o atendimento do grupo ao que nos queremos dirigir. Aqui também devemos decidir os canais através dos quais nos comunicaremos com os potenciais clientes. Diversos estudos realizados sobre o comportamento dos segmentos mais altos (dentro do nível socioeconômico ABC) demonstram uma maior preferência para canais diretos de informação como o email e os encartes gráficos, menor aceitação de meios como o contato telefônico e a venda pessoal.

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Definição do processo operativo: em quinto lugar, devemos descrever um processo operativo em base às oportunidades detectadas em outras ações comerciais referentes, que nos permita dimensionar a capacidade atual em função dessas necessidades:

Qual é a percentagem de aplicação de recursos por ação comercial?

Quantas horas tenho disponíveis por recurso?

Como se distribui o atendimento por faixa horária?

Acordos de serviço: uma vez que conseguimos definir, contextualizar, estabelecer tarefas e responsáveis e a estratégia de comunicação, poderemos coordenar os diferentes processos e tarefas mediante acordos de serviço entre os diferentes atores responsáveis do plano de ação. Um acordo de serviço é o compromisso de prestação de tarefas que assume cada setor ou pessoa da empresa. Por exemplo:

Quantos prospectos visitará o setor comercial cada semana?

Quantas notas ou contatos gerará o área de Relações Públicas?

Quanta investigação brindará o setor de I+D?

Quanta capacitação oferecerá o Departamento de Recursos Humanos?

Análise de rentabilidade: finalmente, devemos orçar as ações e calcular a rentabilidade do investimento, o prazo de recupero, a taxa interna de volta e o valor atual neto. Isto nos permitirá identificar se a ação comercial justifica o investimento, se é viável, rentável e sinérgica para a organização (Artigo: 7 métricas que vão lhe ajudar a melhorar as vendas).

Em definitiva, o Business Case permite plasmar diversos componentes num documento que integra e compartilha visões sobre a dinâmica de toda a organização, resumindo os processos fundamentais de uma ação comercial. É um documento que registra a história, consolida o trabalho das diferentes áreas e se converte num instrumento fundamental no processo de tomada de decisões, que se retroalimenta, gerando valor para a empresa.

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profª. Marcela Seggiaro
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Bacharel em Economia, Máster de Negócios na Univ. Politécnica de Valencia.

Professora Titular Maestria de Negócios da Univ. de Belgrano e da Univ. de Buenos Aires

Outros excelentes artigos traduzidos e publicados pelo jornal SDR, da Prof. Marcela Seggiaro:

Geo-marketing: quem compra onde?

conjoint analysis - análise conjunta

Vendendo através da cor do produto

que é uma estratégia de posicionamento?

ATÉ TERMINAR OS ESTOQUES... Tudo a R$: 9,99

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Estratégias de marketing para vender um estilo de vida

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