supply
chain: Quando os embarques atrasam, as entregas falham
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gerenciamento
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Desculpe senhor, a entrega
vai demorar umas semanas. Uma greve na Ásia paralisou nossa produção...
Aos supply chain managers globais lhes custa conciliar o sono. É
verdade, a globalização da produção e o offshoring fizeram maravilhas
para a eficiência, Mas também aumentou seu consumo de tranquilizantes...
Michael Dell o sabe perfeitamente. A supply chain importa. De fato, ele
construiu uma gigantesca corporação graças a uma rede global de
fornecimento de enorme eficiência, baseada na terceirização de quase
todos os processos
(Artigo:
Sistema LEAN: Produção,
Venda e Entrega).
Assim, com computadores a 400 dólares deslocou às
veneráveis IBM, HP e Toshiba. No entanto, tudo tem um
limite. À medida que a ultra globalização multiplica a eficiência,
também potência os riscos de interrupções no fornecimento.
As redes
globais são extremamente frágeis. Um golpe de estado nas Filipinas, o
incêndio de uma fábrica em Guatemala, o Tsunami asiático ou uma greve de
caminhoneiros franceses podem travar todo o mecanismo. Para o
consumidor, isto significa uma demora nos prazos de entrega. Para a
empresa, uma destruição de credibilidade ante clientes e stakeholders
(Artigos:
O SISTEMA JIT DE TAIICHI
OHNO PARA TOYOTA
-
JUST-IN-TIME = JUSTO A
TEMPO).
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Precisamente, numa enquête da seguradora especializada em supply chain,
FM Global, 600 CFOs de corporações globais declararam que os riscos de
uma interrupção na rede são os mais significativos que enfrentam suas
empresas. E, de fato, é um risco muito caro. Recuperar-se de uma falha
na supply chain pode consumir nada menos que dois anos. Portanto,
adverte a investigação de FM Global, os gerentes deveriam
preocupar-se menos pelo corte de custos e mais pela redução de riscos
(que, em última instância, é só outra maneira de reduzir custos). Nesta
tarefa, o primeiro é detectar os pontos vulneráveis da rede:
• Onde
estão as fraquezas?
•
Provisão de matérias
primas?
•
Produção?
•
Embalagem?
•
Armazenamento?
•
Distribuição?
•
Qual é a região
politicamente mais instável?
•
Em que país os
sindicatos são mais combativos?
•
Aonde são maiores os
riscos de desastres naturais?
•
Que fornecedores
externos são os menos confiáveis?
Em base a estas perguntas,
deve elaborar-se um mapa detalhado dos riscos:
• Como
afetam a normal produção e distribuição dos diferentes bens?
•
Que unidades de
negócio são mais vulneráveis?
Cada risco se valoriza
numericamente segundo sua probabilidade de ocorrência. Finalmente, com
esta informação se elabora uma guia para prevenir os problemas. Por
exemplo, escapar dos países com maior risco político, eleger os
fornecedores mais confiáveis, etc. Mas em alguns casos, por mais
precauções que se tomem, jamais podem prever-se perfeitamente os
infinitos fatores que podem paralisar a rede
(artigo:
A matriz de Ansoff:
produto/mercado).
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Por isso, o segredo é a preparação. A empresa deve contar com um manual
de procedimento com os cursos de ação a seguir uma vez que a rede se
interrompeu. Uma erupção vulcânica destruiu a fábrica da Indonésia? Não
há problema. Os navios com matérias primas vão para o Camboja, onde
outra fábrica da empresa pode suprir essa produção. Desta forma, através
de um cuidadoso planejamento, é possível chegar ao sonho do supply chain
manager global: uma rede a prova de balas e, em última instância, um
melhor serviço ao cliente e um máximo valor para o acionista
(artigo:
Pedidos individualizados:
a gestão de estoques mais eficaz).
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ARTIGO RECOMENDADO:
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VALE A PENA SE ARRISCAR NO
VAREJO? |