1999

Sistema de Representação Comercial para Representantes Comerciais

2018

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SDR - Sistema de representação, Vendas e Serviços

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Em una negociação funciona muito bem a diplomacia

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sala dos artigos de negociação

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Ou seja, conseguir que os demais façam o que queremos que façam, e que ademais o façam nos agradecendo (Dale Carnegie). Poucas destrezas são tão valiosas como saber levar uma negociação com resultados excelentes para ambos os lados. Seja nos negócios, na política ou em qualquer outro segmento, os profissionais de vendas devem ter um grande poder de persuasão e empatia que lhes permita negociar estratégica, ética e exitosamente tanto para se como para o cliente. A boa notícia é que o negociador não nasce, se faz com estudos, técnicas, táticas e estratégias. Por conseguinte, qualquer um pode aprender a dominar as diversas situações que que se vivenciam nas negociações, bem como a superar os desafios aos quais irão se enfrentar nesta profissão (Artigo: O TEMPO AJUDA MAIS OS COMPRADORES...).

Os profissionais de vendas são pessoas capazes de superar obstáculos e obter resultados notáveis para se mesmo, para os clientes que atendem e para as empresas que representam. Eles não somente contam com o talento para negociar senão que, ademais, possuem uma série de conhecimentos que aprenderam ao longo de sua carreira.

Por isso em vez de depender unicamente da intuição e do instinto, a idéia é desenvolver um marco conceitual que nos permita entender o processo de negociação, estabelecer objetivos específicos para cada negociação e preparar-nos metodicamente. Esqueça-se de certos erros conceituais sobre a negociação, como a idéia de que o objetivo é sempre obter acordos em que todas as partes saiam ganhando. Aprenda a ter em conta a psicologia da negociação e aproveite os preconceitos que temos todos os seres humanos. Desenvolva seu poder de atenção e aprenda assim de todas as negociações (Artigo: Quem tem o poder na negociação, é quem menos a precisa!).

Os instrumentos para negociar: a negociação começa muito antes de tomar assento. Planeje sistematicamente como reclamar durante a negociação, qualquer coisa que seja útil ou desejável. Identifique seus objetivos. Depois identifique suas opções para estabelecer a melhor alternativa ante um acordo negociado: MAAN (Melhor Alternativa Antes de Negociar). Determine quão valiosa é cada opção (Artigo: Negociação: lições e estratégias da frente de batalha).

A seguir, determine qual é o pior resultado que aceitará. Se obtém algo pior, se levantará da mesa de negociações. Agora identifique qual é a melhor alternativa e o pior resultado que aceitará a outra parte. Esta informação lhe permitirá saber quanto poder tem. Finalmente, avalie sua zona de possível acordo: ZOPA: (Zona de Possível Acordo); isto é, todos os acordos que seriam aceitáveis para ambas partes. Este marco geral serve para preparar qualquer negociação, bem como para avaliar nossas negociações e aprender de cada uma. Empregue algum critério para avaliar seu plano:

Em que medida o resultado foi melhor do que o pior resultado aceitável?
Quanto obteve a mais do que estava em jogo?

Avalie o processo, Você fez a primeira oferta?: isto é bom porque o primeiro preço funciona como um âncora que determina o alcance da negociação. Se alguém mais faz uma oferta, aproveite a informação para determinar a situação da parte contrária, mas não se deixe influir por ela. Procure a maneira de moderar o alcance da âncora. Por exemplo deixe passar o tempo. Se você faz a primeira oferta, justifique-a com o fim de manter a ZOPA como for possível. Explique por que estabeleceu certo preço dentro do contexto dessa negociação em particular e de sua relação com a outra parte. Se quer determinar quanto pode pressionar à outra parte, comece por pesquisar. Aprenda tudo o que for necessário antes de negociar. Identifique suas próprias premissas e ponha-as a prova.
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Formule perguntas indiretas para obter informação e preveja qualquer contingência: uma vez na mesa de negociações preste atenção ao MAAN e ao pior resultado aceitável da outra parte. Uma vez que ambas partes tenham feito ofertas, ambas partes devem fazer concessões para chegar a um acordo no meio. Mas não faça nenhuma concessão se a outra parte não faz alguma. Permaneça sentado em silêncio. Quando faça concessões, apresente-as como tais. Se está fazendo uma concessão em resposta a uma concessão da parte contrária, defina o significado desta jogada. Quando as concessões se estancam, quer dizer que estamos chegando aos limites da ZOPA, ou, ao menos, isso é o que quer que queremos que a outra parte acredite (Artigo: negociadores EXPERIENTES NÃO PERDOAM).
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Há dois objetivos quando respondemos às ofertas: fechar as negociações e fortalecer nossa relação com a outra parte. Para que ambas partes obtenham algo, trate de manter o balanço. Dê por fechado um assunto e depois agregue outro. Isto permitirá que cada parte escolha o assunto que lhe interesse mais. Se trata vários assuntos ao mesmo tempo, é possível que aumente as diferenças de ambas partes. Calcule o pior resultado aceitável de diversas combinações. Isto supõe conhecer os interesses de ambas partes. Assim que se dedique a determinar suas prioridades e as da outra parte. Nestes casos é muito útil um sistema de pontuação.
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Mude de objetivos: a idéia não é fechar o negócio proposto senão criar a situação que lhe renda os melhores frutos. Ambas partes devem tratar de que ao menos uma das partes saia beneficiada sem que a outra perca. Depois da negociação revise de novo o acordo para determinar se um “acordo depois do acordo” poderia melhorá-lo. Se não fora o caso, de todas formas já tem um bom acordo. Nas negociações interpretativas, um aprende tudo o que pode da situação. Veja além do do que a outra parte está exigindo. Pergunte-se por que quer isso. Procure alianças ou pontos em comum. Quando identifique os interesses subjacentes de cada parte, trate de reconciliá-los criativamente, em vez de concentrar-se em assuntos específicos. Converta cada exigência da outra parte numa oportunidade (Artigo: Processo de negociação em períodos de crise).

Por exemplo, se o estão pressionando para que termine um edifício a tempo, agregue um bônus por terminar antes. Se a outra parte tem um problema, ajude-a a resolvê-lo. Isto o beneficiará porque em definitivo você quer obter o negócio. Se recusam sua oferta, não permita que isto acabe com a negociação. Regresse com outras alternativas. Mas não lhes fale à moda de um vendedor. É melhor criar um acordo conjunto do que forçar o negócio. As negociações investigativas funcionam melhor quando há confiança mútua. Assim que faça o necessário por criar confiança tanto na negociação como fosse da mesma. Para criar confiança deve formular perguntas pessoais e compartilhar informação que não tem por que dar.

A psicologia da negociação: Ao negociar devemos enfrentar o fato de que a gente é irracional e comete erros. E isto o inclui também. A boa notícia é que a maioria dos erros que se cometem nas negociações são sistemáticos e previsíveis. Entre estes podemos citar alguns:

Preconceito do valor fixo: assume erroneamente que há uma soma limitada que se deve dividir entre as partes. Para superar este preconceito basta com aumentar o valor do objeto de negociação.

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Preconceito da intensidade: entra em jogo quando, dada a intensidade de um fator, o resto dos elementos da negociação ficam em segundo plano. O melhor para evitar isto é criar um sistema de pontuação que permita avaliar cada elemento metodicamente.

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Aumento irracional de compromissos: este é o caso, por exemplo, quando os executivos se aferram a uma estratégia decadente só para não ficar mal. É o que sucede nos leilões quando a gente continua fazendo ofertas que superam o valor do objeto leiloado. Para evitar este preconceito, planeje sua "saída estratégica". Procure um advogado do diabo que desafie seus raciocínios. Preveja que elementos o poderiam levar a comprometer mais da conta (Artigo: Negociação e representação são sinônimos!).

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Susceptibilidade às fórmulas: nossa resposta está condicionada ao modo em que se apresenta a informação. Para superar este preconceito basta com expressar de outra maneira os pontos básicos. Valha-se de diversos pontos de vista para avaliar a informação.

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Preconceitos motivacionais: podem-nos levar a tomar más decisões. Este tipo de preconceitos aparecem quando nossos motivos entram em contradição; por exemplo, quando o que queremos entra em conflito com o que sabemos que devemos fazer. Para evitar isto, devemos ceder a responsabilidade de tomar decisões a outra pessoa quando se trata de pontos particularmente problemáticos.

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Egocentrismo: os seres humanos tendem a interpretar as coisas em seu favor. Em conseqüência, as partes não só podem estar em desacordo sobre o que querem, senão ademais, sobre o que é justo. A solução a este problema é tratar de ver as coisas desde fora.

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Otimismo e excesso de confiança: são dois preconceitos relacionados. A gente tende a crer que o triunfo alheio resulta de ações pouco éticas. Reconheçamos os riscos da confiança excessiva num mesmo. Evite julgar à gente pelo fato de que pertença ou não a nosso grupo. Crie confiança entre as partes antes de negociar. É importante que estejamos ao tanto de nossos preconceitos e os confrontemos sistematicamente. É preciso que revisemos nosso raciocínio à hora de tomar uma decisão (Artigo: Mecanismos de defesa nas negociações: como evitá-los).

É possível que os limites de tempo nos obriguem a dar um enfoque intuitivo a toda a negociação: por conseguinte, o melhor é não negociar quando os limites de tempo estejam por expirar. Divida a negociação em sessões e revise suas decisões entre cada uma destas. Valha-se de analogias para aprender de experiências alheias. Trate de ver de novo tudo desde fora ou recorra literalmente a um terceiro. Planeje sua resposta ante os preconceitos da outra parte. Ajude à outra parte a superar seus preconceitos, não por altruísmo senão porque os maus negociadores costumam fazer maus negócios. Confirme toda a informação contrastando-a com diversas fontes. Inclua cláusulas de contingência em todos seus contratos para evitar conflitos que surjam a partir de preconceitos.
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Estratégias e desafios ao negociar - Preveja a reação: devemos usar a psicologia da influência para modelar a reação da outra parte ante nossa oferta. Dado que a gente teme mais a perder do que a ganhar, faça ênfase no que a outra parte perderia se recusasse nossa oferta. À gente não lhe agrada sentir que perde. Por conseguinte, se a outra parte sofrerá várias perdas, é melhor uni-las todas de uma vez (Artigo: Seqüestros E NEGOCIAÇÃO: é mais produtivo persuadir do que compelir).
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Petições extremas: Ao princípio, faça uma petição extrema. A outra parta a recusará, mas assim conseguiremos que nossa verdadeira proposta pareça moderada. Ou ao invés, trate de que a outra parte aceite um ponto de pouca importância como base para uma proposta mais importante.
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Aumente as possibilidades de que sua proposta seja aceitada: justifique-a, ofereça pontos de referência e demonstre que é socialmente aceitável. Faça uma pequena concessão para apelar à boa disposição da outra parte.
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Pontos cegos: as vezes, os pontos cegos podem causar problemas. Por exemplo podemos criar dificuldades se há duas partes interessadas se só negociamos com uma. Se a outra parte tem regras para tomar decisões (tais como que todos os sócios devem assinar um acordo), o melhor será velar pelos interesses de todos os envolvidos. Caso contrário, estaremos desperdiçando tempo e energia. Também podemos chegar a pontos cegos quando carecemos de informação. Se desconhecemos as fortalezas de nossos rivais, não seremos capazes de estabelecer em que medida estes constituem uma ameaça. Se nos enfocamos demasiado numa negociação, é possível que não consigamos ver oportunidades e riscos futuros. Talvez ganhemos agora, mas, teremos que lidar com esta gente outra vez? (Artigo: a re-negociação de preços com os compradores).
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As mentiras na negociação: há muita gente que considera que se pode mentir numa negociação mas isto não é prudente porque senta um precedente: Os demais também nos podem mentir. Esteja atento às mentiras dos demais. Demonstre que é capaz de confirmar a informação e que, por tanto, mentir-lhe será arriscado. Formule perguntas indiretas para confirmar o que lhe estão dizendo. As respostas esquivas podem esconder a intenção de confundi-lo. Se crê que lhe estão mentindo, inclua cláusulas de contingência no contrato. Se descobre que alguém lhe mentiu, pesquise para saber se talvez esta pessoa simplesmente cometeu um erro. Não assuma em princípio que lhe mentiram por malícia. Se é de fato uma mentira, decida se quer seguir negociando e se deve resolver o problema. Preveja perguntas difíceis: Isto evitará que tenha que dizer mentiras.
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Conflitos de interesse nas negociações: mentir não é o único dilema ético nas negociações. Também terá conflitos de interesse. Alguns profissionais, como os advogados e os agentes imobiliários, interpretam as situações em benefício próprio. Trate de reformular a situação para evitar este problema. Por exemplo, o agente imobiliário se beneficiará de uma maior percentagem sobre a venda, mas talvez isto retardará a venda do imóvel. Podemos retribuir ao agente de outra forma e conseguir assim que o agente faça o que nós queremos? (Artigo: 6 conselhos para negociar por Donald Trump).
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Negociar em desvantagem: negociar desde uma situação extremamente ruim é um grande desafio. Na maioria dos casos é melhor esconder nossa debilidade. Mais bem trate de reformular o problema para mostrar como beneficia à contraparte. Mas, em certas ocasiões, é possível conseguir nossos objetivos admitindo francamente nossa debilidade e nosso interesse no negócio, e pedindo-lhe ajuda à outra parte. Isto nos tirará de uma situação pugnaz.
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Uma contraparte furiosa: evite este tipo de situações quando a contraparte esteja furiosa ou pareça irracional. Sempre há razões depois das palavras, assim que, por muito irracional que pareça, trate de achar os motivos que esconde a outra parte. Quando nosso rival se mostre furioso, o melhor é reconhecer o fato e tratar de identificar o que está motivando esta emoção (Artigo: negociando com pessoas difíceis).
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Nem tudo é negociável: finalmente, lembre que nem tudo é negociável e que existem algumas situações, nas quais não devemos tratar de negociar sobre tudo:

Quando seja culturalmente inapropriado.
Quando todos concordam em que nossa MAAN é inaceitável.
Quando estejamos pressionados pelo tempo.
Quando negociar transmite um sinal errôneo sobre nossos motivos.
Quando
Prejudicará uma relação importante.

PROF. Deepak Malhotra e PROF. Max Bazerman

Artigo traduzido e publicado pelo Jornal SDR

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Deepak Malhotra é um dos principais líderes da área de negociação da Harvard Business School e autor da obra Negotiation genius: how to over come obstacles and achieve brilliant results at the bargaining table and beyond. É especialista em negociação entre acionistas de empresas familiares e coautor, com John Davis, do artigo “Negotiating Effectively in Family Business Systems”. É autor de diversos artigos publicados na Harvard Business Review e em outras publicações especializadas em management, psicologia e resolução de conflitos. O foco atual de suas pesquisas abrange estratégias de negociação, desenvolvimento de confiança, resolução de disputas étnicas e internacionais e reciprocidade competitiva. Malhotra formou-se com máxima distinção em Economia pela Universidade de Michigan. Obteve seu Ph.D. em Administração de Empresas pela Kellogg School of Management.

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