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Que é a intuição?:
uma das
definições de intuição mais acertada
(ao menos, para mim)
diz que a intuição é conhecer, sem saber como o conhecemos. É uma
forma de conhecimento que nos ajuda a reconhecer as possibilidades
de qualquer situação sem recorrer ao raciocínio e percebendo o
oculto ou o que não aparece a simples vista. A intuição nos permite
uma apreensão da verdade em forma imediata e precisa, obtendo
conclusões verdadeiras baseadas em informação limitada
(Artigo:
A quem deve fidelidade o vendedor, ao cliente
ou a Empresa representada?.
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Quando usamos a intuição?:
como
observamos anteriormente, o conhecimento intuitivo não está
implantado por um processo consciente ou racional deliberado. A
racionalidade precede e segue à intuição. A intuição não se
sobrepõe, nem substitui ao pensamento lógico racional, simplesmente
o complementa e melhora. Utilizamos a intuição quando:
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Existe um alto grau de incerteza e insegurança.
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A razão não atinge ou resulta insuficiente. Estamos no limite do
conhecimento.
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Os fatos disponíveis são limitados e não assinalam claramente o
rumo a seguir. Há escassos precedentes.
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O tempo é limitado e existe a pressão de achar a resposta
correta. Isto é, usamos a intuição quando existem várias
soluções alternativas entre as quais eleger e todas têm bons
argumentos.
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Podemos confiar na intuição
para a tomada de decisões de negócios?:
no mundo dos negócios, a intuição recebe diferentes nomes, como
feeling, pressentimento, sensação, cheiro, instinto, 6º sentido,
etc. À hora de tomar uma decisão, rara vez temos todos os elementos
que precisamos. Em muitos casos, a informação disponível não é
confiável. Então, devemos recorrer a outros recursos para decidir.
Imaginemos que estamos por assinar um contrato. No entanto, um
colaborador nos diz que a pessoa com a que estamos por fechar o
negócio não lhe agrada. Por que?, perguntamos-lhe. Mas o colaborador
é incapaz de explicar-nos seus motivos de forma racional através do
discurso
(Artigo:
communication skills -
destrezas na comunicação).
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Deveríamos fazer caso a esta
intuição?:
com freqüência, temos
pequenos indícios sensórios, por baixo da linha da consciência, que
produzem pequenas variações em nós. Percebemos algo não claro, que
não sabemos o que é, e que nos faz duvidar e nos deixa num estado de
incerteza. Duvidamos sem saber por que duvidamos. Os profissionais
em vendas habitualmente enfrentam problemas que não estão claramente
definidos, sem um algoritmo conhecido, sem causas únicas e
identificáveis, nem a possibilidade de abordá-los seguindo um
caminho lógico. E, para piorar as coisas, devem ser resolvidos em
tempos breves. Assim, é praticamente inevitável que a intuição faça
parte das decisões
(Artigo:
Crowdsourcing:
rompendo os dogmas da inovação corporativa).
Mas o que
precisamos é melhorar nossa intuição. Isto é, torná-la digna de
confiança. Desta forma, a intuição nos levará na direção
correta, para a informação significativa e nos ajudará a avaliar
conclusões que se deduziram logicamente.
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Melhorando nossa intuição:
Peter
Senge diz que os indivíduos dotados de elevado domínio pessoal (uma
de suas conhecidas disciplinas) não se propõem eleger entre a razão
e a intuição, como também não se lhes ocorreria caminhar com uma só
perna ou olhar com um só olho. Daniel Goleman afirma: a
sensibilidade intuitiva instantânea poderia ser o vestígio de um
primitivo e essencial sistema de alarme, cuja função consistia em
advertir-nos do perigo... Nossa capacidade intuitiva é algo que
podemos reativar. Este acordar da intuição consiste em conhecer e
abrir nossos canais de recepção, interpretar corretamente o
recebido, e aprender a diferenciar uma intuição de um desejo e/ou um
medo
(Artigo:
Sete passos para
desenvolver um COMERCIAL Business Case).
Desta forma,
poderemos aproveitar plenamente a nossa intuição para a tomada
de decisões de negócios, como fez Ray Kroc quando seus
assessores lhe recomendaram não comprar McDonald's. A intuição
é, como diz Csikszentmihalyi: "uma cortiça mantida sob o água
que sai e salta no ar quando se lhe solta". Nós também a vemos
como uma borbulha que, ao chegar à superfície, mostra-se
efêmera: há que estar atenciosos para captá-la.
PROF. Juan Carlos Rosman
Autor dos livros "O Homem
Criador" e "Criatividade e Inovação na Empresa"
IESE -
Instituto de Estudos
Superiores da Empresa
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IESE - Instituto de
Estudos Superiores da Empresa é uma escola privada fundada em 1958.
O IESE Business School como é conhecido nos meios empresariais é a
escola de pós-gradução em Administração de Empresa da Universidade
de Navarra. Localizada no coração financeiro de Madri, o
iese
é uma das melhores Business Schools do Mundo (confirmado por the
Financial Times, The Economist, The Wall Street Journal, etc) sendo
classificada constantemente entre as 5 melhores da Europa e entre as
20 melhores do Mundo. Com um perfil essencialmente empreendedor,
criativo e inovador, o IESE atrai anualmente alunos do mais alto
nível, procedentes de mais de 65 países.
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Outros excelentes
artigos traduzidos e publicados pelo Jornal SDR, da
IESE
- Instituto de
Estudos Superiores da Empresa:
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