as
características dos novos consumidores
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As
marcas não podem seguir reagindo, agora têm que ser pró-ativas,
devem recriar mercado. A sociedade está fragmentada e se flexibilizam
os papéis. No marco da celebração do 40º aniversário da Aam
- associação Argentina de Marketing
se descreveram as características do novo consumidor e como, depois
de superar a grande crise, deve-se deixar passo às atitudes pró-ativas.
As
marcas devem repensar em criar necessidades e mercados, seduzindo a
um consumidor cuja chave está no individualismo e que tem valores e
aspirações diferentes que as que caracterizaram o período
2002-2004.
Os
ímãs para fomentar o consumo: -
Para o diretor de Cicmas
Strategy Group,
o palco se caracteriza pela sub-comunicação. O consumidor está mais
informado, sabe mais de marketing, e é mais infiel e mais seletivo
ante a informação que recebe. Estudar estilos de vida é
antecipar-se. É pensar estrategicamente na busca de novos recursos e
conseguir a fidelização. É preciso falar ao consumidor de hoje
pensando no consumidor de manhã.
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As
novas crises de identidade: -
A maioria das pessoas ou consumidores atravessam por todos os
aspectos, mas são mais notáveis em níveis socioeconômicos altos e
na juventude. Estas crises de identidade são os que agem como ímãs
para fomentar o consumo.
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Ser
Pessoal: -
As marcas individualizam o consumo, perde-se a influência da família
como organizadora do consumo e aparecem várias pessoas decisórias e
agora os acessórios conformam a personalidade. Aponta-se a lares
individualistas, pessoas com acesso a Internet e telefonia celular.
Segundo um estudo, 70% dos jovens entre 15 e 30 anos respondeu que não
quer ser um a mais no monte.
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Ser
atraente: -
Se priorizam conceitos como alimentação saudável, cuidado estético
e atividade física. Nasce uma concepção da beleza que se translada
de dentro para fora. Dá-se uma extensão do conceito light,
representado exitosamente por Ser. No último ano também se viu um
auge dos produtos fortificados e apareceram as primeiras tendências
do consumo ecológico, “que é o que vem”, explicou Rodríguez. De
acordo às pesquisas de Cicmas:
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55%
dos consumidores, de nível socioeconômico alto, está acima de
seu peso.
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50%
começa a se cuidar depois dos 25 anos.
Quanto
à educação física, nasceu uma clara associação entre a estética
e o prazer, aumentou o número de academias e se diversificou a
atividade dando lugar a outros esportes, como é o auge do golfe. No
cuidado estético se privilegia a proteção do cabelo, o cuidado da
pele e auge das cirurgias.
Ser
jovem: -
Mudou o conceito de juventude. Encurtou-se a infância e se alongou o
período de juventude. As marcas também têm eco entre os que já têm
entre 60 e 65 anos. A dilação da juventude também atrasa os
compromissos:
Ser
flexível: -
Há maior permeabilidade para admitir a igualdade entre homens e
mulheres. Dá-se maior tolerância, mais abertura e há melhor clima
para as mudanças e a libertação sexual.
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29%
das mulheres prioriza a realização profissional antes que a família;
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76%
considera que hoje o sexo feminino é tão livre como o masculino;
-
18%
considera que os homossexuais são enfermos (que gente primitiva).
Ser
digital: -
Se digitaliza o vínculo com o consumidor. Aparece o indivíduo hiper-conectado
e interativo e há um claro valor aspiracional, é um símbolo de
pertence social estar conectado com o mundo.
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75%
dos jovens lhes agrada ter uma PC de última geração. Em 1992 a
resposta era o auto ou a moto.
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57%
quer ter uma câmara digital
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39%
dos jovens lhes atrai mais Internet do que a TV.
O
celular cada vez é mais reconhecido como um símbolo de
entretenimento e não só para comunicar-se. Um caso excepcionalmente
claro pode ser visto nos recitais quando os jovens ascendem os
celulares em vez de isqueiros.
As
marcas devem recriar mercados e necessidades superada a recessão econômica.
Devem passar da publicidade reativa à pró-ativa. O consumidor é
cada vez mais individualista e exigente e a família não é a
principal decisória no processo de compra. As empresas devem pensar
em satisfazer cada necessidade dos clientes sem perder a essência de
marca. Aparecem novas propostas de marca que apelam ao produto mais
luxuoso mantendo o preço e se resgatam os valores que quer a
sociedade atual:
individualismo,
liberdade, decisão.