As lojas TEMPORÁRIAS OU pop-up'S
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Numa tentativa de combater a saturação publicitária, as grandes companhias se apontam cada vez mais à moda das lojas temporárias ou pop-up, uma iniciativa quebra tudo que converte aos comércios em anúncios de três dimensões.
Se instalam nas melhores zonas comerciais da cidade, com um grande investimento em design e publicidade, mas que fecham suas portas num curto período de tempo, em dias ou inclusive semanas.
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Se os produtos de moda vão e vêm, por que não pode acontecer o mesmo com as lojas?, pergunta-se a agência Trendwatching.com num artigo sobre o auge deste tipo de manifestações comerciais.
Para Wendy Liebmann, presidenta de WSL Strategic Retail: as lojas pop-up são o último no marketing de guerrilha, como se denominam às campanhas promocionais que se realizam desde a realidade do consumidor, isto é, tendo em conta seu orçamento, seu meio e seus gostos.
Segundo vários experts, a idéia das lojas pop-up nasceu em Londres, há três anos, mas é em Nova York onde se produziram mais experiências deste tipo, agora já são vistas em várias cidades do mundo. Longe de procurar a rentabilidade em seu curto espaço de vida, estas lojas temporárias são criadas para impactar no público, no lançamento de uma empresa ou de umas linhas de produtos.
A multinacional Kodak, que acaba de abrir uma loja pop-up no centro do Soho nova-iorquino, com o único objeto de dar a conhecer sua clara aposta pelo mundo digital. Mais do que uma loja, é um centro de experimentação, um lugar onde a pessoa pode entrar para experimentar
nossos produtos, e conhecer todos os novos serviços digitais que oferecemos através de kodakgallery.com.
Além de mostrar os novos produtos, a loja Kodak, de quase 300 metros quadrados, organizará durante todo o mês de novembro bate-papos e ateliês sobre fotografia digital. Ao finalizar o mês, desaparecerá.
Este elemento de temporalidade e surpresa foi utilizado por companhias de todo tipo nos últimos dois anos, desde as linhas aéreas de vôos baratos Song
e EasyJet, que as utilizaram para dar-se a conhecer, à empresa de alimentos para mascotes Meow
Mix, que criou um bar para gatos no centro de Manhattan.
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Desde setembro, e só até dezembro, a empresa italiana de café Illy mantém no Soho nova-iorquino um grande espaço no qual oferece exposições, ateliês e livros, além de expressos e capuchinos, com a única intenção de fazer que a pessoa associe sua marca com a cultura e a arte de alto nível.
Outra das empresas que entrou no jogo do pop up foi Levi's, que abriu em Manhattan uma loja colorida na qual durante quatro semanas se vendiam só calças do modelo 501.
A ela se uniram outras muitas nos últimos meses, como MTV, Sony, Ericsson, ou Adidas. Mas as lojas pop-up não só servem para dar a conhecer um produto ou uma nova linha de negócio. Este conceito de loja serve para bem
mais, assegura Kevin Appelbaum, sócio da consultora Hawk Hill, na revista Retail Traffic.
Nós vemos que estas lojas servem também para conseguir informação dos clientes, assegura Appelbaum, que atualmente trabalha no lançamento de seis lojas pop up para diferentes empresas, cujo objetivo será a investigação de mercado, não a promoção de produtos. Alguns de nossos clientes nos disseram que estas lojas lhes deram a rara oportunidade de poder comunicar-se diretamente com seus clientes
finais, explicou.