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tendência: os consumidores geração c
Não é uma nova ninhada de jovens. O fenômeno da Geração "C" abrange todo o conteúdo gerado pelos consumidores e que se acumula na Web, agregando tera-peta bites de novos textos, imagens, áudio e vídeo em forma
contínua.
A identificação deste novo grupo de consumidores "Geração C" corre por conta de Trendwatching.com, uma associação que conta com 7.000 especialistas que procuram, nos EUA, Canadá, União européia, Japão, Coréia do Sul, Índia, África do Sul, Austrália, Brasil e outros 50 países e regiões, a aparição de tendências no consumo que têm a ver com novas idéias de negócios.
As observações globais desse exército de especialistas são depois analisadas para advertir tendências no consumo dos atuais povoadores do balão. O C que segue à palavra geração corresponde, em primeiro lugar, a CONTEÚDO, e não se refere a uma nova ninhada de jovens senão que inclui a toda aquela pessoa que tenha pelo menos uma pitada de talento criativo.
 A hipótese que elabora Trendwatching é que todos os seres humanos são, por natureza, criativos; e que essa tendência tem agora mais do que nunca a possibilidade de expressar-se graças aos artefatos que a tecnologia
põe ao nosso alcance. Hoje é fácil, por exemplo, tirar uma foto e
coloca-la na Web; ou escrever uma opinião pessoal e publicá-la em lugares onde fica exposta a milhões de olhos. E assim os exemplos se multiplicam.
Há dois grandes fatores que alimentam esta tendência:
o primeiro é a urgência criativa que, sem dúvida, possuímos todos os seres humanos. Todos somos naturalmente artistas, mas até agora não tínhamos nem a coragem nem os meios para dar rédea solta a esse instinto.
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O segundo fator está formado pelos fabricantes de ferramentas para criação de conteúdo, que implacavelmente nos empurram a criar usando seus aparatos, cada vez mais sofisticados e mais baratos.
Em
vez de pedir aos consumidores que olhem, escutem ou joguem e assim consumir passivamente, largaram-se a convidá-los a criar, produzir e participar.
Alguns exemplos:
Canon
diz às pessoas que a fotografia digital profissional já não é mais
somente para profissionais, e Sony fala aos diretores e produtores de cinema caseiros em DVD.
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Também Vodafone, Orange, ATT, T-Mobile, Sprint e NTT DoCoMos, todos tentam aos consumidores a engatilhar desde seus telefones câmara, a subir à web suas imagens em páginas dedicadas de MMS.
Calcula-se que para 2008 se terão vendido no mundo uns 380 milhões de telefones câmara em todo mundo. Com a próxima aparição, já à vista, do primeiro telefone de 1,3 mega-pixels, o conseguinte dilúvio de pixels assumirá proporções bíblicas.
Hewlett Packard está investindo US$:300 milhões numa campanha que convidará aos consumidores a tirar fotos, compartilhá-las, enviá-las e imprimi-las. Também os instará a publicar ensaios fotográficos em sua página web.
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Blogger oferece a possibilidade de comunicação instantânea permitindo ao usuário publicar suas opiniões na web cada vez que
queiram. E isso é exatamente o que 5 milhões de pessoas fizeram até agora, e o que outros milhões farão muito cedo.
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Outro exemplo é o que faz Xingtone.com, que permite aos consumidores compor seus próprios ringtones, ou Sony, que convida em noise up suburbs a toda uma geração de pioneiros musicais a utilizar seu software para fazer música.
Para não se equivocar: - Excelentes ferramentas e zero talento equivale a conteúdo imprestável. A Geração C seguirá criando montanhas de lixo que, no melhor dos casos, só será apreciada pelo círculo íntimo de amigos e familiares do criador respectivo. Quando o material é valioso, no entanto, seus criadores podem vendê-lo a públicos de nicho e até alguns meios ansiosos por conteúdo original.
Por isso, desde o ponto de vista comercial e monetário, esta tendência tem algo para oferecer a todo mundo.
Os significados do C: - O C do título de geração, então, teria pelo menos quatro significados: criação de conteúdo e criatividade já se explicaram. Outros são controle e
celebridade.
Controle: - Além da necessidade de ser criativo, o controle é outra das necessidades fundamentais do ser humano. Estar a cargo, ser dono de seu próprio destino (ou ao menos a ilusão de controlar) é a meta de muitos. Se conecta isto com a Geração C, vemos um giro do consumo liso e plano à personalização e até a co-produção.
a co-produção, se dá muito no mundo on-line. Por exemplo, quando Microsoft convida a todo mundo a baixar versões beta de seu software para
testa-lo e melhorá-lo, ou quando uma comunidade
Google que se autodenomina: O que Google deveria fazer, atrai a milhões de pessoas que fazem suas sugestões ou aportes de conteúdo para que sejam lidos pelos funcionários de Google.
C também poderia querer dizer celebridade: - Quase todos sonhamos em ser famosos, ainda que seja por cinco minutos. Mas o que agora mudou é que desapareceu o tempo de espera para conseguir esse momento:
os membros da Geração C podem produzir, mostrar e distribuir a milhões suas próprias imagens, suas criações, seu conteúdo.
Oportunidades de negócios: - Para tirar proveito da Geração C, como profissional ou organização, terá que tentar não só dar aos consumidores os meios para criar e distribuir conteúdo senão também reconhecer a profunda necessidade humana de controlar e de expor-se ao olho público. Você poderá fazer participar a seus clientes no desenho de seus produtos e serviços, pedir-lhes que lhe façam chegar suas opiniões sobre seus processos, permitir-lhes personalizar a oferta que você faz.
E, sobretudo, nunca subestima a criatividade profundamente escondida em todos eles. Mal fazem 10 anos, o C em Geração C teria representado o Consumo. As coisas mudaram.
condensado do estudo da: Trendwatching.com
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