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Nosso
mais profundo temor
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Nelson Mandela
Nosso
mais profundo temor não é que sejamos inadequados.
Nosso mais profundo temor é que somos poderosos além de qualquer
medida.
É nossa luz, não nossa Escuridão, o que mais nos assusta.
Nos perguntamos, Quem sou eu para ser brilhante, grandioso, talentoso,
fabuloso?
De fato, quem sois para não ser-lo?
Você é um filho de Deus. Tua forma diminuída de jogar não serve ao
mundo.
Não há nada iluminador em fazer-se pequeno para que outra pessoa a
tua volta não se sinta insegura.
Nascemos para manifestar a glória de Deus que está dentro de nós. Não está somente em alguns de nós, senão em todos.
E conforme deixamos que nossa própria Luz brilhe, inconscientemente
damos aos outros permissão para fazer o mesmo.
Na medida em que liberamos nosso próprio temor, nossa presença
automaticamente libera outros.
Minha
luta é por uma sociedade democrática livre onde todas as pessoas de
todas as raças vivam juntas em harmonia e com oportunidades
iguais.
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Nelson
Rolihlahla Mandela, nasceu em 1918 em Umtata, Tanskei. Primeiro
presidente negro da República da África do Sul, líder do Congresso
Nacional Africano (CNA). Símbolo de resistência negra à política de
segregação racial chamada apartheid ("separação"
em africâner).
O
apartheid foi um dos regimes de discriminação mais cruéis de que se
tem notícia no mundo. Ele vigorou na África do Sul de 1948 até 1990 e
durante todo esse tempo esteve ligado à política do país.
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A antiga
Constituição sul-africana incluía artigos onde era clara a discriminação
racial entre os cidadãos, mesmo os negros sendo maioria na população.
Em 1487, quando o navegador português Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da
Boa Esperança, os europeus chegaram à região da África do Sul. Nos
anos seguintes, a região foi povoada por holandeses, franceses,
ingleses e alemães.
Os descendentes dessa minoria branca começaram a
criar leis, no começo do século XX, que garantiam o seu poder sobre a
população negra. Essa política de segregação racial, ganhou força e foi oficializada em 1948, quando o Partido Nacional, dos
brancos, assumiu o poder.
O apartheid, que quer dizer separação na língua africâner dos
imigrantes europeus, atingia a habitação, o emprego, a educação e os
serviços públicos, pois os negros não podiam ser proprietários de
terras, não tinham direito de participação na política e eram
obrigados a viver em zonas residenciais separadas das dos brancos. Os
casamentos e relações sexuais entre pessoas de raças diferentes eram
ilegais. Os negros geralmente trabalhavam nas minas, comandados por
capatazes brancos e viviam em guetos miseráveis e superpovoados.
Para
lutar contra essas injustiças, os negros acionaram o Congresso Nacional
Africano - CNA, uma organização negra clandestina, que tinha como líder
Nelson Mandela. Após o massacre de Sharpeville, o CNA optou pela luta
armada contra o governo branco, o que fez com que Nelson Mandela fosse
preso em 1962 e condenado à prisão perpétua.
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A partir daí, o
apartheid tornou-se ainda mais forte e violento, chegando ao ponto de
definir territórios tribais chamados bantustões, onde os negros eram
distribuídos em grupos étnicos e ficavam confinados nessas regiões.
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foi em 1975, com o fim do império português na África, que lentamente começaram os avanços para acabar com o
apartheid, graças a pressão dos africanos e da vergonha que tomou
conta do mundo pelas injustiças e atrocidades cometidas por pseudo
governantes (por trás estavam vários países extraindo diamantes e
ouro).
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A
comunidade internacional e a Organização das Nações Unidas - ONU,
faziam de conta que faziam pressão pelo fim da segregação racial. Em 1991, o então
presidente Frederick de Klerk não teve outra saída a não ser morrer
pelas mãos de justiça dos africanos, que terminou condenando
oficialmente o apartheid e libertou líderes políticos, entre eles
Nelson Mandela.
A partir daí, outras conquistas foram obtidas. O Congresso Nacional
Africano foi legalizado, De Klerk e Mandela receberam o Prêmio Nobel da
Paz (1993), uma nova Constituição não-racial passou a vigorar, os
negros adquiriram direito ao voto e em 1994 foram realizadas as
primeiras eleições multirraciais na África do Sul e Nelson Mandela se
tornou presidente da África do Sul, com o desafio de transformar o país
numa nação mais humana e com melhores condições de vida para a
maioria da população.
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A África do Sul é um país de grande importância estratégica para o
mundo ocidental. Ao longo de sua costa viajam quase todos os navios que
transportam petróleo para o Ocidente. É rica em ouro, diamantes, carvão,
ferro, minérios, cromo e urânio, vital para a indústria militar. Tem
uma população de aproximadamente 44 milhões de pessoas, sendo 85%
negros.
embora
o fim do nosso primeiro governo democrático esteja próximo, a
tarefa de construir uma vida melhor para todos não pode parar, mesmo
por um único dia. Cinco
semanas antes das eleições, nós precisamos construir mais casas
para prover abrigo aos sem teto, além das três milhões de casas,
desde 1994. Nós precisamos tornar a água potável acessível a mais
pessoas, além das três milhões que tiveram acesso, desde 1994. Mais
casas precisam estar ligadas à eletricidade e telefones, além das 6 milhões ligadas desde 1994.
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Nós precisamos continuar o trabalho de
construir relações com o mundo. A partir desta assembléia, irei
visitar países que são lares de uma população de bilhões no mundo,
como Rússia, China, Paquistão e Hungria. Através dessas visitas nós
fortaleceremos amizade com nações que são nossas parceiras na
construção de um mundo melhor. Nós expandimos laços econômicos
para nossos benefícios e os seus, e fortalecemos nossa parceria para
uma melhor qualidade de vida para todos (...)”
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MANDELA
em Discurso pela celebração ao Dia da Liberdade, 27 de abril de 1999
Pertencente
ao clã madiba, da etnia xhosa, e um dos 15 filhos de um conselheiro principal
da casa real Thembu (por sua vez neto do
rei), em 1927, depois de
ficar órfão de pai, ficou ao cuidado do regente dos thembu, o chefe
Jongintaba Dalindyebo. Recebeu a educação primária no Methodist
Boarding School onde o professor, no primeiro dia de aula, lhe pôs o
nome de Nelson e o secundário no Wesleyan School de Healdtown, onde
passou para a Universitary College de Port Hare em 1939.
Como membro
do Conselho de Representantes Estudantis, sua participação em
protestos lhe acarretou a expulsão das aulas no terceiro ano de sua
formação, pelo qual teve que terminar sua formação por correspondência
desde Johannesburgo. Posteriormente iniciou os estudos de Direito na
Universidade de Witwatersrand.
Sua esposa desde junho de 1958, Winnie
Madikizela-Mandela, que pronto se revelaria como uma dirigente do ANC
radical e autocrática a medida que a Polícia se enfurecia com ela,
foi a sua vez de ficar em confinamento em 1977 em companhia de suas
duas filhas e de seus netos, não podendo visitá-lo na prisão
mais que em controladas ocasiões.