1999

Sistema de Representação Comercial para Representantes Comerciais

2019

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SDR - Sistema de representação, Vendas e Serviços

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Técnicas profissionais de vendas

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sala dos artigos de vendas  -  SALA DOS ARTIGOS DE REPRESENTAÇÃO

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No último artigo que publicamos no Jornal SDR, sobre como conhecer os estilos de comercialização de nossas equipes comerciais, falamos do estilo franco-atirador. Nele dizíamos que quem tivesse uma alta percentagem de pontuação neste estilo, representava um método de trabalho muito orientado à mudança, a realizar argumentos personalizados e a trabalhar bem com estratégias de marketing aplicadas à ação comercial e a utilizar perguntas bem conjunturadas.

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Este é o objetivo principal deste artigo, como conseguir aumentar nossa eficácia como franco-atiradores na ação comercial com o uso de duas técnicas concretas que, não por ser conhecidas, deixam de prestar-nos um serviço importante e tremendamente útil:

Artigo: Técnica de Vendas AIDA).

(Artigo: Técnica de Vendas Spin Selling).

O  primeiro que devemos mostrar é que ainda que dedicamos muitas horas da nossa vida profissional a realizar ações comerciais diretas (apresentações, perguntas, negociação…), nunca nos fixamos suficientemente no processo. Esperemos que este artigo sirva para reparar o erro e os conhecimentos do mesmo nos ajudem a:

Melhorar a formação interna.
Aumentar as vendas.
Melhorar a profissionalização da nossa equipe.

O primeiro modelo que queremos apresentar é um bem conhecido no setor do marketing, mas pouco aplicado à ação comercial apesar das evidentes vantagens que tem seu uso. Referimo-nos a AIDA. Seguro lembrem da cena do filme: "O sucesso a qualquer preço", quando aparece Alec Baldwin como um vendedor estrela da central da companhia, que vem motivar à equipe de vendedores de investimentos imobiliários, que está numa dinâmica de abandono e desmotivação.. Eles insistem que o problema é a falta de bons leads para realizar visitas eficazes. Ele afirma que o problema é a falta de capacidade da equipe de vender e por isso vem dizer-lhes como fazê-lo. A cena da reunião é absolutamente antológica (Artigo: Conceitos da Venda profissional).

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Sem dar nem um segundo de respiro, xinga-lhes, vexa-lhes, afirma que lhes falta o que há que ter para vender, mostra-lhes o modelo de vendas AIDA, que são as siglas de: "Atendimento, Interesse, Decisão ou Desejo, e Ação". O modelo se converte num clássico para ir elaborando, passo a passo, um exemplo de apresentação ao cliente no que, antes de convencer intelectualmente ou de pedir-lhe o fechamento, se auto-convença emocionalmente e manifeste sua predisposição à mudança e aceitação da ação comercial. Este modelo é gradual e sucessivo. Fomenta seu sucesso na concatenação de diferentes ações lógicas que faz que o receptor se senta levado para o ato de decisão na compra. Vamos explicar os diferentes passos com dois exemplos reais:

ATENÇÃO: dado que nosso atendimento é seletivo, o primeiro estímulo que lancemos deve ser suficientemente atraente para ser captado pela percepção de nosso interlocutor. Dos mil inputs de publicidade ou anúncios que recebemos ao cabo do dia, só percebemos de forma real ou eficiente menos de 7 deles. Ao cabo de umas horas só nos lembraremos, com sorte, de 1 ou 2 no máximo. Por isso é tão importante este primeiro passo:

a empresa se dedicava à venda "porta a porta" de previdência privada. O estímulo para captar a atenção era dirigir-se às famílias que acabavam de ter um filho para felicitá-las pelo nascimento.
neste caso a empresa se dedicava ao frio industrial. Primeiro faziam um pequeno estudo sobre a perda devida ao calor dos estabelecimentos onde queriam oferecer os sistemas de refrigeração (bares, hotéis, lojas…). Depois entravam perguntando aos donos se sabiam que estavam perdendo dinheiro com a diminuição e se tinham calculado esse custo.

INTERESSE: o seguinte passo, é tão relacionado com o primeiro que alguns o incluem numa mesma categoria, e mostra a importância de oferecer algo ao interlocutor, que esteja dentro de seus interesses particulares ou pessoais. Devemos abandonar já essas entradas nas que a empresa vendedora chama ao cliente por razões como: "faz muito que não tínhamos contato", "queríamos ver se precisáveis alguma coisa", "queremos mostrar-vos o último lançamento"… Neste passo o contato se estabelece para mostrar um benefício real ao interlocutor. E, se pode ser tangível, melhor:

neste exemplo, a felicitação se apresentava com um obséquio que se entregava à família se permitia que concedessem uns minutos para fazer uma pequena apresentação.
depois da entrada e, em função da resposta, se lhe apresentava um pequeno relatório com dados relativos a compra de material, % de perda devido a deficiente refrigeração e, portanto, gastos evitáveis ocasionados por isso que o cliente poderia poupar-se.

DESEJO: o terceiro passo é estabelecer um vínculo afetivo entre o que a empresa está oferecendo e o que o cliente obteria de confirmar-se o interesse descoberto no passo anterior. Para isso o oferecimento deve fazer-se vinculando uma real necessidade de nosso interlocutor com sua satisfação direcionada aos produtos ou serviços da empresa. Mas sempre desde o ponto de vista do interlocutor (Artigo: Venda de soluções centrada nos clientes e seus problemas).

Os vendedores da empresa de previdência privada falavam dos gastos derivados do nascimento de um filho e da dificuldade de poupar nesses momentos. Assim mesmo desenhavam um palco futuro no que se descrevia que se poderia conseguir se pudesse ter um capital poupado e que fosse em crescimento sem que a economia familiar se ressentisse.
Os vendedores da empresa refrigeração industrial faziam calcular ao dono do negócio (ou calculavam com junto a ele) a variedade de custos ocasionados pelo pouco controle da refrigeração do estabelecimento nos últimos anos ou meses e o comparava com sua cifra de benefícios no mesmo período. O histórico dos clientes que os vendedores já tinham atendido, permitia calcular acertadamente um valor entre 10 a 20% dos benefícios empresariais ocasionados pela perda.

AÇÃO: por último, e só então, produzia-se a ação de argumentação do produto ou serviço. Nesse momento o possível cliente já está receptivo porque ainda não falamos dos benefícios da empresa vendedora e nos centramos só em seus benefícios.

finalmente a empresa de previdência privada perguntava ao cliente qual seria a poupança mínima que poderia fazer sem que a economia familiar se visse comprometida. Com esse dinheiro para uma previsão de investimento a 18 anos (maioria de idade do menino) e lhe mostrava a plusvalía ao cliente. Se fazia a ação de compra no momento, a empresa oferecia uma quantidade similar à investida pelo cliente na primeira quota.
chegado este momento o comercial oferecia o sistema de frio industrial calculando em quanto tempo ficaria amortizada o investimento por parte do cliente pela redução das perdas. Assim mesmo falavam dos benefícios adicionais derivados disso (comodidade e ergonomia no trabalho, aumento do valor adicionado do negócio…)

Como podem ver o processo é absolutamente lógico e leva ao interlocutor por um caminho mental muito calculado que provoca um ato de decisão favorável à compra… quase sem dar-se conta. Evidentemente é um processo que deve fazer-se com muito cuidado porque todos os passos devem estar relacionados entre si e com o que se oferece. Mas, uma vez realizado, vale para quase qualquer venda de produto ou serviço. Inclusive para anúncios publicitários (como no exemplo acima) se somos capazes de evitar que os inputs de atendimento e interesse sejam tão importantes que não nos ocultem o produto ou a marca. Como vimos, é importante saber oferecer primeiramente o produto ou serviço da companhia, mas também é saber fazer as perguntas chave para obter a informação que permita oferecer o argumento personalizado (Artigo: Habilidades estratégicas dos profissionais em vendas).

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Para isso mostramos o modelo SPIN, provavelmente o mais utilizado e conhecido método de perguntas. Desta perspectiva, a venda é a conseqüência de um processo enfocado em conseguir que o Cliente expõe suas necessidades para que a empresa possa oferecer-lhe uma solução conforme. Agora bem, a técnica mais recomendada para a Venda Consultiva se denomina "Spin Selling". Elaborada pelo Prof. Neil Rackham (BIBLIOTECA Exclusiva do Professor), propõe desenvolver o processo de vendas através de quatro tipos de perguntas:

Situação

Problema

Implicâncias

Necessidades

Spin Selling é uma poderosa técnica para planejar a estratégia das entrevistas com o cliente ou prospecto, Esta técnica está baseada numa entrevista inquisitiva, onde procuramos o cliente o que vai amadurecendo seu problema com a ajuda de um vendedor que assume o papel de "consultor". O primeiro que devemos recordar é a busca que tem o ser humano de satisfazer necessidades. Por isso compramos benefícios, não características. Esses benefícios podemos agrupá-los: "segurança, afeto, bem estar, orgulho, novidade e economia". Mas para isso é imprescindível que o interlocutor explicite suas necessidades… e não sempre é assim. Com freqüência o cliente só mostra um exemplo vago e inespecífico do que precisa. Ou confunde necessidade com problema. Por isso é tarefa do vendedor fazer aflorar as necessidades do cliente de forma clara e explícita.

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Repetimos, se o cliente expressa e manifesta verbalmente, de forma clara e explícita, uma necessidade não satisfeita ou um problema não resolvido corretamente que tem, estará receptivo a que lhe podamos oferecer nossas soluções. Esta não é por tanto uma técnica de argumentações ou de fechamento. É uma técnica de perguntas para saber exatamente que e como argumentar. Novamente é um processo lógico dentro do esquema mental de nosso interlocutor e que deveríamos seguir o mais possível ao pé da letra possível. Vamos com a explicação e os exemplos. Este método, inicialmente desenvolvido para a Rank Xerox, toma seu nome das palavras: "Situation, Problem, Implication, Need Pay-off". As duas primeiras classes de perguntas fazem referência e a busca de necessidades implícitas. As duas segundas a conseguir fazê-las explícitas por parte do cliente:

SITUAÇÃO: perguntas genéricas que servem para emoldurar o meio no que está nosso interlocutor. Costumam ser perguntas abertas e a resposta é facilmente conhecida (inclusive por nós mesmos). Não convém abusar delas ainda que são a base para analisar possíveis problemas que depois emolduraremos. Algumas possíveis perguntas desta fase são: que está sucedendo no meio dos clientes? perguntas numéricas, de dados; relativas ao negócio como conceito; conhecer que é o que procuram os clientes de nosso interlocutor; saber que lhe diferencia de sua concorrência.

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PROBLEMA: uma vez emoldurado o meio com as perguntas de situação, devemos obter dados que nos permitam identificar necessidades não satisfeitas. Para isso as perguntas de problema procuram certificar que realmente aquilo que detectamos se converte num problema para o cliente. Ainda que estão batizadas como problema, este é um conceito que não devemos utilizar já que nosso interlocutor costuma se recusar a reconhecer que ele tem um problema… mas se ele mesmo o afirmasse, o tomaríamos sem dúvida como base. Ainda que o conjunto de perguntas é muito amplo, podemos enfocá-las naquelas que fazem referência a como enfrenta nosso cliente uma situação determinada pelas perguntas anteriores. Assim, a modo de exemplo, seriam perguntas: "como soluciona isso?; De que forma resolve essa situação?; Como procedeu até a data?". Se o cliente responde que essa situação a resolve satisfatoriamente, sem nenhum tipo de problema, deveremos voltar atrás até outra pergunta de situação que nos mostre uma necessidade não satisfeita. Se o cliente manifesta que a solução pode ser problemática ou não do tudo satisfatória, podemos propor-nos seguir com as perguntas de envolvimento. SPIN não só vale para oferecer produtos ou serviços. Também pode utilizá-lo em numerosas ocasiões nas que requeira uma mudança de conduta de seu interlocutor (Artigo: Criando verdadeiro valor para o cliente).

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ENVOLVIMENTO: ainda que são as perguntas mais interessantes e importantes, é onde o vendedor costuma falhar. A informação proporcionada pelas perguntas anteriores nos marca um caminho, umas necessidades não satisfeitas que o comercial de raça quererá aproveitar no momento. Saltará à jugular do problema para resolvê-lo com seus produtos ou serviços. Mas não é o momento. O cliente ainda não fez explícito, não reconheceu que a solução que até agora tinha não é a melhor. Ainda não afirmou ter uma necessidade não satisfeita. Se argumenta já teremos perdido uma boa oportunidade de fazer que a resposta do cliente seja o melhor argumento possível. Espere um pouco mais e faça perguntas do tipo: "Que conseqüências tem a solução oferecida?; Que implica atuar assim ou solucionar os problemas dessa forma?; Que passaria se não pode oferecer a solução prometida?; Está absolutamente convencido que o mais importante é ter clientes fiéis pelo serviço do que você oferece?..."

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NECESSIDADE: por último, se fizemos bem o processo e conseguimos levar ao cliente pelo caminho de fazer explicitar suas necessidades, agora podemos fechar esta fase com uma pergunta definitiva, a que nos permitirá argumentar num futuro. Fixem-se que ainda não fizemos menção ao produto ou serviço que oferecemos. Só fazemos referência a necessidades não satisfeitas ou não o suficiente. Esta pergunta serve de desculpa para que possamos argumentar certeiramente. Normalmente tem forma de um condicional do tipo: "Então, se nossa empresa (produto, serviço) assegura-lhe que podemos satisfazer essa necessidade, estaria disposto a provar (comprar, utilizar) a solução que lhe oferecemos?" (Artigo: características das personalidades...).

Como sempre, o uso das técnicas não garante que o cliente diga sempre "sim". Mas lhe ajudará enormemente em momentos como nos lançamentos de novos produtos ou serviços, clientes que não querem soluções globais e só fazem compras pontuais, novas aberturas de clientes. Ao final, e como conclusão, recorde que todos sabemos vender nosso produto ou serviço, mas se não nos fixamos no processo e nos formamos nele e nas diferentes técnicas, não saberemos nunca VENDER em maiúscula, sendo artistas de nossas técnicas e donos do processo. Esperemos que este artigo tenha servido para isso.

Psicólogo e Prof. David Cuadrado
Diretor de Viventia Consultoria
BIBLIOTECA EXCLUSIVA DO PROFESSOR

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Outros excelentes artigos traduzidos e publicados pelo Jornal SDR, do Psicólogo e Prof. David Cuadrado:

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