1999

Sistema de Representação Comercial para Representantes Comerciais

2018

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SDR - Sistema de representação, Vendas e Serviços

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Nasce uma ciência: a ciência de ir de compras (2)

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A maioria das decisões de compras são realizadas ou são altamente influenciadas no ponto de venda. Se você entra a um loja de eletrodomésticos pensando a respeito de uma HP e sai com uma Epson, algo aconteceu na loja. Os estudos mostram que 60 a 70% do que compramos no supermercado não está inteiramente planejado (Artigo: ATÉ TERMINAR OS ESTOQUES... Tudo a R$: 9,99).

Por definição, uma loja efetiva é a que expõe a maior parte de seus produtos ao maior número de pessoas pela maior quantidade de tempo possível. É fundamental colocar a mercadoria na via, e dentro do campo de visão dos clientes, para incitar sua consideração. Como parte do trabalho se grafia o itinerário dos clientes para determinar aquelas áreas que são menos visitadas. Uma loja inteligente está desenhada conforme à forma como a gente caminha e mira. Algumas de observações:

A gente desacelera quando vê superfícies refletivas.
Tendem a caminhar pela direita.
Olham para diante quando caminham (apesar que a maioria dos estantes estão aos lados).
Mal 1/5 das pessoas vêem um produto médio num supermercado.
A altura onde os produtos são geralmente vistos vai do joelho até um pouco acima dos olhos.
Muitas pessoas não percorrem o corredor completo (coloque os produtos mais populares à metade).
É fundamental conseguir do que o cliente vá até o fundo da loja. Assim terá que a percorrer toda a loja.
A mercadoria localizada na entrada é fundamental para conseguir que entrem.

A dinâmica: a compra é muito dinâmica. Enquanto os representantes, desenhistas, fabricantes, arquitetos e outros tomam as grandes decisões sobre que, onde e como a gente comprará, ao entrar o cliente na equação se desapruma muita da teoria. Exemplos desta dinâmica são as mulheres comprando roupa interior de homens (para eles), ou clientes da janela do carro para levar de restaurantes de fast food (comida rápida) e comprando para comerem em seu automóvel estacionado (Artigo: Descubra o que o cliente quer).

Os clientes conseguiram mudar os ambientes das lojas varejista. Uma destas mudanças obtidas, foi a que os lojistas oferecem assentos, para que os acompanhantes dos compradores possam sentar-se e esperar, o que equivale a permitir que o comprador consuma mais.

A demografia: ir de compras tem diferente significado para diferentes pessoas em diferentes circunstâncias. Pode ir de compras como terapia, recompensa, passatempo, desculpa para sair de casa, para procurar amizades ou parelha, entretenimento, educação ou para matar tempo. Boa parte do trabalho é identificar as diferenças entre compradores, para tratar de qualificar e generalizar em forma que ajude às lojas a controlar melhor seus espaços. Há que prestar especial atendimento às diferenças entre homens e mulheres, bem como entre pessoas de diferentes idades. Igualmente se devem considerar as grandes mudanças culturais e demográficos que ocorreram e os que estão por vir (Artigo: Compras inconscientes).
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Os homens: tradicionalmente, aos homens não lhes agradou comprar (e o fazem pouco). Em conseqüência, a experiência de ir às compras está orientada à mulher. Os homens se movem mais rápido, vêem menos, não lhes agrada perguntar, tendem a não ver as etiquetas de preço, estão ansiosos por sair (tão ansiosos que dirão se ao que seja), não levam lista ao supermercado, não sabem dizer-lhe não a seus filho e uma vez que selecionam um produto, geralmente o comprarão. Ainda que muitos os vêem como clientes que não merecem o incomodo, o verdadeiro é que sua falta de disciplina tem muito potencial. Adicionalmente, cada dia têm que comprar mais, já que as mulheres têm menos tempo para fazê-lo. Outras características do homem ao comprar:

Quando acompanham a uma mulher, estas demoram menos. É necessário procurar a forma de entretê-los ou ganhar seu interesse (uma TV com programas desportivos ou uma seção de computação próxima).
As equipes e programas de computação substituíram às equipes de som e veículos em seu amor pela tecnologia.
Preferem obter informação de primeira mão (manuais ou as próprias caixas), e não dos vendedores.
Lhes resulta complicado comprar presentes para mulheres. As lojas deveriam facilitá-lo, por exemplo simplificando tamanhos.

As mulheres: no passado, o papel da mulher era ser dona de casa. Sair às compras era sua única forma de vida pública. Hoje em dia suas responsabilidades mudaram, fazendo que passem boa parte de sua vida fora do lar. Sair de compras já não é o grande escape, senão uma atividade que têm que encaixar entre outras tantas. As lojas de conveniência, as vendas por catálogo e TV, e as lojas por internet foram grandes beneficiárias desta mudança. Outras características das mulheres comprando:

Tendem a comprar com amigas. Quando o fazem, usualmente dedicam mais tempo e compram mais.
Têm aspectos psicológicos e emocionais que não temos nós homens.

Agrada-lhes procurar, comparar e imaginar os produtos em uso.
São mais exigentes do que os homens.

Precisam mais espaço para mover-se.

A realidade sócio-econômica da mulher mudou, fazendo-a menos dependente do homem nas formas tradicionais. De ali que lojas orientadas a homens, como as ferragens estejam em processo de transformação.

Lojas como Home Depot mudaram a forma de arrumar os produtos, sua força de vendas (mais mulheres e mais orientada a dar conselhos), os empacotamentos e bem mais.

Mudanças profundas ocorreram também em outras lojas só para homem, como as barbearias ou os lustradores de calçado.

As lojas de computação e eletrônica tiveram que se adaptar às mulheres; elas a diferença dos homens, que lhes agrada a tecnologia mesma, procuram soluções.

Os maiores: o número de pessoas da terceira idade tende a aumentar. A diferença dos maiores de hoje (que viveram sua juventude em épocas de recessão e guerra), os do ano 2025 terão vivido durante épocas de bonança. Graças aos avanços de saúde, nutrição, exercícios e cirurgia cosmética, quando tenham setenta se sentirão como de cinqüenta. As lojas terão que se adaptar às necessidades deste segmento da população, que serão muitos e terão dinheiro. Um das principais mudanças necessárias resultarão da deterioração da agudeza visual. Todo texto (em manuais, avisos, informação nutricional, etc.) terá que ser bem mais grande. Adicionalmente, as cores devem ser mais contrastantes e os locais mais alumiados. Outro aspecto a considerar são as mudanças estruturais requeridos para sua mobilização (Artigo: A psicologia do consumo).

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Estes incluem elevadores, corredores largos e mesas grandes que possam acomodar cadeiras de roda e colocar os produtos em forma que não tenha que se esticar ou agachar-se. As pequenas teclas e botões nos equipamentos como caixas automáticos ou controles remotos devem ser re-desenhados. A maior parte da energia e inovação a nível de varejo hoje em dia vão para o setor de grandes marcas e entretenimento (Disney, MTV, etc.). No entanto, o segmento do mercado ao que está dirigido está em declive. A inovação deveria enfileira-se para produtos como cadeiras de roda (com pneumáticos grandes, equipe musical e marcas reconhecidas como Harley Davidson), sapatos desportivos extra cômodos e produtos de saúde e beleza especiais para a idade.

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Prof. Paco Underhill

ENVIROSELl inc.

biblioteca exclusiva do professor
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Autor do livro "Por que compramos", explica como melhorar as vendas a partir da observação direta do consumidor. Paco Underhill, 49 anos, é diretor executivo de Envirosell Inc, uma companhia localizada no bairro de Chelsea (New York) que fundou em 1978 e que se dedica a aplicar as ferramentas da antropologia urbana à venda varejista. é, na atualidade, o especialista mais importante do mundo em shopper understanding e realizou investigação e consultoria para quase todas as grandes marcas e redes, desde Mc Donalds até Citibank.

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Outros excelentes artigos traduzidos e publicados pelo Jornal SDR, do Prof. Paco Underhill:

ALGUNS HÁBITOS NÃO MUDAM

O QUE Nos DIZEM OS CONSUMIDORES

Uma venda cruzada eficaz E pouco utilizada

Nasce uma ciência: a ciência de ir de compras (1)

Nasce uma ciência: a ciência de ir de compras (2)

Nasce uma ciência: a ciência de ir de compras (3)

Nasce uma ciência: a ciência de ir de compras (4)

CUIDADO COM A ZONA DE DESCOMPRESSÃO NAS LOJAS

Alguns conselhos para conquistar compradores

HÁBITOS DE COMPRA E PADRÕES DE CONSUMO NO VAREJO

conhecer a fundo o consumidor quando vai de compras

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