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Como o engodo, a reputação e o e-mail podem afetar sua estratégia de negociação

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sala dos artigos de negociação

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Os administradores de indústrias altamente competitivas sabem da importância de se tomar as decisões certas. Sabem, também, que a maior parte destas decisões exigirá, em dado momento, habilidade para se negociar de maneira eficaz. Um novo livro de professores da UNIV. Wharton, intitulado: Wharton on Making Decisions, editado pelos professores Stephen Hoch PHD em marketing e Howard Kunreuther PHD em Decision Sciences and Business, inclui três capítulos que oferecem aos administradores certos insights sobre a negociação e como eles podem aprimorar suas habilidades de negociador. Especificamente, os capítulos examinam o papel do engodo nas negociações, os prós e os contras de se usar e-mail e programas de computador para negociar e a importância da reputação no processo de negociação.

Avaliando os Custos da Mentira: Se as pessoas nem sempre pensam no fator reputação durante as negociações, é igualmente verdade que, na maioria das vezes, avaliam mal a freqüência com que o engodo entra neste processo. Em um capítulo intitulado: Engodo nas Negociações, Maurice Schweitzer, professor com PHD EM GESTÃO DE OPERAÇÕES E INFORMAÇÕES, argumenta que o engodo está amplamente presente nas negociações: O engodo ocorre o tempo todo diz Schweitzer.

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Em estudos de negociações, os pesquisadores constataram que o engodo é utilizado entre 30% a 100% do tempo, dependendo de como se mede isto. Por exemplo, em um recente estudo, constatei que o engodo ocorreu em 58% do tempo. É verdade, afirma Schweitzer, que a utilização do engodo pode ser necessária nas comunicações civilizadas e sociais, como quando você diz à sua sogra que adorou o suéter de lã multicolorido que ela lhe deu de presente de aniversário. Mas o engodo nos negócios pode causar problemas reais, porque uma das partes pode obter uma tremenda vantagem ao mentir.

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O capítulo relata como a Textron, durante as negociações de um novo contrato de trabalho em 1994, afirmou à Uaw - united Auto Workers (Sindicato dos Operários da Indústria Automotiva) que a empresa não tinha intenção de sub contratar trabalho de operários não sindicalizados. Após a assinatura do contrato, a Textron anunciou que iria sub contratar trabalho de operários não sindicalizados e veio à tona o fato de que a empresa havia cogitado este plano desde o início. A UAW processou a empresa pelo uso de má fé durante as negociações. Mas o tribunal deu ganho de causa à Textron, dizendo que se o sindicato considerava a questão da sub contratação tão relevante, deveria ter se utilizado de linguagem escrita apropriada em seu contrato trabalhista.

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Por que as pessoas mentem e como as mentiras incorporam-se ao processo de tomada de decisão?: Algumas das respostas podem ser obtidas por meio da análise do custo-benefício: à medida que os benefícios do engodo aumentam e seus custos caem, maiores são as probabilidades dos negociadores mentirem. Mas Schweitzer observa que o cálculo de custo-benefício é apenas parte do quadro. Isto por uma razão: avaliar os custos pode ser complicado. Um negociador tem que calcular a probabilidade da mentira ser detectada. Caso tenha conseguido mentir sem ser descoberto no passado, poderá superestimar sua habilidade de mentir e se safar. Além disso, um negociador tem que avaliar os custos legais e de reputação do engodo utilizado.

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Se tiver que negociar repetidamente com as mesmas pessoas, poderá achar o preço da mentira alto demais. Já é ruim que o engodo esteja tão presente nas negociações. Pior ainda é o fato de poucas pessoas serem capazes de captá-lo de modo minimamente eficiente. O engodo é difícil de se detectar, diz Schweitzer e todos nós somos naturalmente maus detectores de mentiras. Para piorar, superestimamos nossa capacidade de detectá-lo. Isto vale tanto para pessoas que não conhecemos como para as que conhecemos muito bem. Seu cônjuge, provavelmente, consegue enganá-lo muito melhor do que você pensa.

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Se o engodo ocorre tão freqüentemente nas negociações, como um negociador pode se proteger dele?:  Schweitzer diz que as pessoas deveriam preparar-se para identificar sinais de engodo, prestando atenção às pistas que podem ajudar a detectar as mentiras por parte de seus oponentes. Estas incluem pistas vocabulares, tais como: vou ser franco com você, e pistas verbais, tais como o uso de declarações negativas, demasiado generalistas, informações irrelevantes e lapsos de linguagem. Outras pistas são as hesitações e pouca argumentação, bem como menor gesticulação, menos movimentos de cabeça, suor em excesso e sorrisos falsos, que são aqueles movimentos na região dos olhos e testa que os acompanham. Durante a negociação, diz Schweitzer, o engodo pode ser minimizado, caso os negociadores estabeleçam uma base amigável, evitem o excesso de confiança, façam perguntas diretas, escutem atentamente, prestem atenção às pistas, anotem o que for dito e mantenham registros. Devemos nos precaver contra o engodo, diz ele. Os recursos legais não são um substituto para nossa própria vigilância.

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Quando as Negociações por E-Mail Funcionam e Quando Não: - Da mesma forma que em tantas outras áreas da vida e do comércio, a tecnologia da informação está alterando a maneira como as pessoas negociam, diz G. Richard Shell, professor de estudos jurídicos e de administração. Em um capítulo intitulado: Negociação Eletrônica: Os Riscos do E-mail e a Promessa de Negociações via Computador, Shell traça o impacto da Internet e das tecnologias associadas ao computador sobre o modo pelo qual as pessoas negociam. A questão da negociação eletrônica é o tipo de tema com o qual muitos ramos de negócios estão bastante preocupados, afirma Shell. A Internet proporciona uma comunicação quase instantânea, o que permite às pessoas formarem coalizões mais rapidamente. Pode-se mobilizar um grande número de pessoas em diversos lugares numa seqüência rápida”, explica Shell. As coalizões podem, então, ser mais eficazes na negociação. Os sindicatos reconheceram isto, da mesma forma que os grupos que fizeram protestos em Seattle e em outros lugares, contra a OMC - Organização Mundial do Comércio.
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Cada vez mais os negócios são feitos via e-mail: - A arte de ser um bom negociador por e-mail é mais complicada do que muitos pensam, afirma Shell, que também escreveu sobre as negociações em um livro de 1.999: Bargaining for Advantage: Negotiation Strategies for Reasonable People (Negociando em busca de Vantagem: Estratégias de Negociação para Pessoas Razoáveis). As relações são prejudicadas quando as pessoas subestimam esta complexidade. Shell diz que a maioria das pessoas, erroneamente, acredita que negociar por e-mail é o mesmo que fazê-lo face-a-face.

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Não se dão conta de que as pesquisas demonstraram que há maior probabilidade de surgir um conflito em conseqüência de correspondência eletrônica do que através das comunicações interpessoais. Uma outra desvantagem é que grupos de pessoas demoram muito mais a tomar decisões quando usam e-mail do que quando se encontram face-a-face. Igualmente, quando o tempo é curto, os grupos que usam computadores tendem a tomar decisões mais extremas do que as pessoas em encontros face-a-face. Surgem três problemas em negociações por e-mail.

Um é o isolamento, o que reduz a consciência interpessoal e leva as pessoas a ter menos empatia pelos outros.

Um outro é a informalidade ao se escrever as mensagens, o que faz com que as pessoas tratem a comunicação de maneira casual e encoraja a rudeza, o que pode ser encarado como falta de consideração pela outra parte. “Um pedido enérgico pode ser interpretado como uma ordem”, diz Shell. 

Um terceiro problema das negociações por e-mail é a “banda estreita” por meio da qual se transmite o significado. Uma vez que o e-mail se constitui integralmente de texto em oposição à combinação de palavras faladas, mais o tom e as expressões faciais, usadas nas conversas face-a-face é difícil avaliar a disposição de ânimo, os motivos e as metas do outro.

O e-mail, entretanto, oferece de fato vantagens aos negociadores. Encoraja o distanciamento, o que pode ser benéfico para as pessoas que já têm uma relação complicada. Usar e-mail também agrega pausas embutidas para reflexão entre as rodadas de negociações, oferecendo oportunidades para um pensamento cuidadoso, por oposição a respostas automáticas, dadas em momentos de grande emoção. Além disso, o e-mail pode diluir os sistemas de hierarquia e status das organizações, o que encoraja uma participação mais equânime de todos que participam de uma negociação por meio de rede eletrônica.

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O Capítulo de Shell também discute o surgimento de sistemas de software que ajudam as pessoas a lidar com negociações complexas. Estes sistemas existem basicamente no mundo dos negócios e ainda se encontram em estágio inicial de desenvolvimento, diz Shell. Os softwares mais avançados são utilizados em poucos ramos, tais como os de seguros, nos quais as empresas lançaram sistemas de resolução de conflitos realizados por meio da Web, onde as partes não se encontram face-a-face. São estruturados como leilões, utilizando-se de um conjunto simples de propostas e contra-propostas.

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Geralmente recomendo formas eletrônicas de negociação às pessoas envolvidas em relações já estabelecidas, onde existe confiança e quando as pessoas já se encontram habitualmente, observa Shell. Com o tempo, prevê Shell, os negociadores tornar-se-ão mais aptos ao uso da Internet, mas a negociação eletrônica nunca substituirá completamente a tradicional conversação. A Internet adquiriu uma fama ruim atualmente, em função da quebra das empresas pontocom, mas veio para ficar e deverá mudar a maneira pela qual as pessoas tomam decisões. Tomar decisões sobre negociações é uma das áreas que serão afetadas, mas fazer negócios por e-mail não será a ferramenta geradora de eficácia que alguns imaginam. A mágica é minimizar os perigos e maximizar os benefícios.

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Manipuladores versus Conciliadores: A maior parte dos executivos valoriza sua reputação. Poucos, porém, compreendem como a boa ou má reputação pode afetar as negociações em curso ou as futuras, afirma Rachel Croson, professora com PHD em gestão de operações e informações e co-autora, com Steven Glick, de um capítulo intitulado: A Reputação nas Negociações.

Este capítulo descreve um dos primeiros estudos acadêmicos sobre a influência da reputação nas negociações. Um dos achados essenciais foi o de que os negociadores adquirem reputações que se constroem e se espalham rapidamente. Isto é especialmente verdade em “comunidades de negócios”, tais como as do Vale do Silício que, por serem muito fechadas, o fluxo de informações contribui para a construção de reputações entre os empreendedores, investidores e outros, quer seja uma primeira negociação que está em curso quer seja uma negociação já em andamento.

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No estudo apresentado neste capítulo, 105 alunos de Wharton descreveram a reputação de seus parceiros negociadores. A pesquisa examinou, então, os resultados das negociações como uma função dessas reputações. Constatou-se que a reputação de uma pessoa afeta de maneira intensa tanto o resultado de uma nova negociação como os processos de negociação já adotados pela outra parte. Em geral, os negociadores tendem a utilizar-se de táticas agressivas, tanto contra os oponentes manipuladores como contra os conciliadores. Isto pode parecer estranho, mas Croson constatou que havia maior probabilidade das táticas de confronto serem usadas contra os negociadores manipuladores por motivos “defensivos” (proteger-se contra um oponente durão) e contra os conciliadores por razões “ofensivas” (ser agressivo logo de início freqüentemente pode gerar benefícios rápidos).

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Além disso, constatou a pesquisa, as pessoas tendem a utilizar abordagens mais cooperativas com negociadores conciliadores do que com negociadores manipuladores ou lenientes. O motivo: utilizar-se de uma exigência extrema com um negociador simpático e razoável pode contaminar a atmosfera da negociação. Croson diz que a principal contribuição da pesquisa é encorajar os negociadores a levar em conta suas reputações quando estiverem em processo de negociação. É vital que os negociadores administrem sua reputação, porque a maneira como os outros os encaram pode ter um impacto significativo nos resultados de uma negociação.

Freqüentemente, as pessoas que fazem negociações não refletem sobre como os outros vão percebê-las e, particularmente, não levam em consideração as implicações de longo prazo de suas ações”, diz ela. Devemos ter consciência de nossa própria reputação de longo prazo. O que quer que façamos quer queiramos ser considerados durões ou mais conciliadores devemos fazê-lo pensando nas conseqüências a longo prazo de nossas ações; não devemos escolher táticas de negociação para termos vantagens de curto prazo.

Stephen Hoch  -  Howard Kunreuther  -  Maurice Schweitzer  -   Rachel Croson

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Wharton: Univ. de Pennsylvania

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