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MAOMÉ O PROFETA

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Maomé nasceu na cidade de Meca (cidade ainda hoje existente na Arábia Saudita) por volta de 570 A.C..No ano de 610, ao completar 40 anos, teve uma experiência profética em uma caverna do monte Hira, nos arredores de Meca: o arcanjo Gabriel, com um pergaminho, ordenou-lhe pregar (iqra)... Recite em nome do teu Senhor. Em árabe, a palavra recitar tem a mesma raiz que Curam, que significa ler.

Após um isolamento no deserto, Maomé voltou à Meca, onde começou a pregar, tentando divulgar sua doutrina. Proclamou-se profeta ou mensageiro de Deus, enviado aos árabes para ensinar-lhes o caminho da salvação. Isto foi interpretado, desde o início, pelas poderosas famílias de Meca como uma tentativa de usurpar a autoridade política da cidade.No entanto, Maomé conseguiu muitos adeptos, especialmente entre os beduínos do deserto. Maomé entrava em choque com os interesses econômicos dos coraixitas que temiam que a nova religião diminuísse as peregrinações à Caaba, prejudicando assim seus negócios.

Maomé foi tão perseguido que, em 622 (início do calendário islâmico), para fugir de seus inimigos, dirigiu-se para Yatreb (mais tarde a cidade passou a ser chamada de Medina, a cidade do profeta. Os habitantes de Yatreb ou Medina receberam Maomé e seus seguidores, aderindo àquela que passou a ser a religião islâmica.

Maomé conseguiu impor uma única religião, elemento determinante para a unificação política da região. Para vencer seus inimigos que eram os ricos comerciantes de Meca e se iniciou uma jihad (batalha). Maomé queria obter o controle da cidade de Meca. Queria também difundir a nova religião. O islamismo devia difundir-se por meio de conquistas militares.O nome dado a estas lutas, jihad, é o mesmo que mais tarde veio a ser utilizado para designar a guerra santa. A luta para causa de Alá ganha precedência sobre todos os outros interesses, bem como sobre as tradições e os conceitos morais e religiosos herdados do passado.

Em pouco tempo, uma legião de adeptos se junta a Maomé e seus seguidores. Em 630, a cidade de Meca se rende, sem lutas. Maomé entra em Caaba e destrói os ídolos, símbolos da religião politeísta, conservando apenas a pedra negra. Tribos beduínas de toda a Arábia se converteram ao islamismo e aceitaram a autoridade de Maomé como profeta final. Até sua morte, em 632, Maomé tinha conseguido unir a Arábia, transformando-a num só domínio onde a religião se tornara mais importante que os antigos laços familiares ou tribais. Após a morte do profeta foi organizada a sunna, a lei oral do Islã, que estabelece as bases da tradição e jurisprudência da nova sociedade islâmica.

Maomé, o Profeta, acreditava ser instrumento de Deus, enviado aos árabes para ensinar-lhes o caminho da salvação. Maomé atacou com veemência o politeísmo dos árabes, pois acreditava num só Deus, Criador e Juiz.Estava convencido de que havia sido escolhido como profeta para trazer aos árabes uma nova religião, que passou a ser chamada de Islã ou islamismo.A palavra significa "submissão”, já que em árabe significa “render-se a Alá” (Alá é a palavra árabe para Deus). Os seguidores do islamismo eram chamados de muçulmanos, isto é, “aqueles que se submetiam a Deus”.

Entre os ensinamentos que o profeta transmitiu aos seus seguidores está um rígido código moral e ético, que inclui alertas e proibições.Entre as principais proibições estão: a ganância e a desonestidade nos negócios, os jogos de azar, bebidas alcoólicas e o consumo de certos alimentos proibidos, assim como casamentos com não-muçulmanos.

Maomé é o principal profeta do Islã e esta idéia está resumida em sua declaração de fé: “Não há Deus senão Alá e Maomé é seu Profeta”. O Islã considera Moisés e todos os outros profetas hebreus, bem como Jesus, como “mensageiros da palavra Divina”. Mas afirmam que Maomé foi o último e o maior de todos os profetas.Acreditam que o islamismo é uma continuação dos ensinamentos judaicos e cristãos. Originalmente Maomé se considerava parte da comunidade judaico-cristã, mas aos poucos foi-se distanciando dessa idéia. Apesar de sua absoluta centralidade como profeta, em nenhuma circunstância o Islã cultua a figura de Maomé.

O Alcorão é o livro sagrado do Islã e a palavra quer dizer "recitação": Segundo a tradição muçulmana, o Alcorão é a Palavra de Deus. Uma série de revelações de Alá (Deus) a Maomé, seu Profeta. Portanto, é o centro da vida religiosa islâmica, comparável à Torá dos judeus ou ao Novo Testamento cristão. Ainda segundo a tradição islâmica, são Revelações Divinas que não devem ser questionadas nem modificadas, sendo proibida até mesmo a sua tradução.

Os muçulmanos têm cinco obrigações religiosas básicas chamadas de "os cinco pilares do Islã": São cinco obrigações (arkan) que constroem a fé e cuja realização é dever de todo muçulmano:

Credo (chahada): Aceitar e repetir todos os dias: Não há outro Deus a não ser Deus e Maomé é o seu profeta.

Oração (salat ): Realizar cinco orações diárias, em horários predeterminados,com o rosto voltado para Meca. 

Caridade (zacat): Os muçulmanos devem ser generosos com os mais necessitados.

Jejum (saum): Durante os 40 dias do mês do Ramadan, o nono mês do calendário islâmico, é obrigado jejuar do nascer do sol até o pôr do sol.

Peregrinação a Meca (haj): Ao menos uma vez na vida, todo muçulmano adulto que dispõe de meios de realizar uma peregrinação a Meca, deve fazê-lo.

Curiosidade: O ritual é bastante rigoroso, marcado pela prática de dar sete voltas em torno da Caaba (mesquita situada em Meca). A peregrinação só pode ser feita uma vez por ano e em datas específicas. Atualmente, cerca de 2 milhões de muçulmanos fazem o Haj. Muitos ainda o fazem a pé ou de navio, outros milhares de avião, vindos de todas as partes do mundo. O acesso à região de peregrinação só é permitido aos muçulmanos, que devem alcançar um estado de pureza ritual antes de chegar à Meca. A fé e cultura islâmicas continuam, até hoje, a formar a vida das pessoas no Oriente Médio, norte da África e sudoeste da Ásia.

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