1999

Sistema de Representação Comercial para Representantes Comerciais

2018

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SDR - Sistema de representação, Vendas e Serviços

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O método "de fora adentro"

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sala dos artigos técnicos

Diz-se que o sucesso, ao igual que o amor, é cego... Ou ao menos nos impede ver o que temos que fazer para manter-nos à frente da concorrência. E isso ocorre inclusive nas empresas mais inovadoras. Por exemplo, que fazia Sony quando Apple a desbancou com o Ipod? Nem o domínio do mercado nem os métodos tradicionais de investigação de mercado nos garantem que não nos acordemos um dia com a surpresa de um novo produto do rival e nos perguntemos: e isso, por que não se nos ocorreu a nós?

No livro: "Hidden in Plain Sight: How to Find and Execute Your Company's Next Big Growth Strategy", o colaborador do IESE Business School e fundador de Vivaldi Partners, Erich Joachimsthaler mostra como evitar a complacência ou o pensamento endógeno que te leva a modernizar teu modelo de discman mais recente quando todos teus clientes já passaram ao MP3. Trata-se de pensar lateralmente, mas de um modo específico e estruturado que tenha em conta e capte o ecossistema da demanda. O autor ilustra sua tese com casos de empresas tão diversas como Sony, Starbucks, a distribuidora cinematográfica Netflix ou Procter & Gamble, entre outros. Também se vale de seus vinte anos de experiência como consultor de marketing (Artigo: conjoint analysis - análise conjunta).

De fora para dentro: este enfoque é justo o oposto do tradicional, que observa aos clientes e conduz a pensar: "que mais lhes posso vender?". A diferença do pensamento que te empurra a multiplicar as funções, a memória e a potência do processador de um computador portátil quando o que teu cliente quer é que lhe proporcione um sistema simples e rápido de descarregar arquivos. O método "de fora adentro" consiste em apartar-se das modalidades de teu negócio, seus produtos e suas previsões e estudar como vive a gente e o que quer (Artigo: A matriz de Ansoff: produto/mercado).

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Se nos cingimos ao fato de escutar música enquanto nos movemos, o iPod nada mais é do que um avanço tecnológico com respeito ao walkman. Mas se falamos de como a gente controla a música que quer escutar e de sua percepção como consumidores de música e não digamos sua percepção como proprietários de um iPod, trata-se de um salto quântico. O erro é seguir procurando necessidades que satisfazer e buracos que tampar, oferecendo versões melhoradas do mesmo "velho" produto. A diferenciação, sobretudo no caso dos líderes, pode absorver demasiada quando não, toda a energia necessária para inovar e romper moldes. Uma parte da solução é observar como vivem os jovens, suas rotinas e, sobretudo, que uso fazem de seu tempo livre. Desse estudo nasceu o walkman de Sony (Artigo: Thomas Smith: UMA VEZ NÃO BASTA).

Outra opção é escutar os desejos explícitos do consumidor através dos canais habituais de relação com ele. No entanto, escutar ou observar aos consumidores não basta para entendê-los. O enfoque "de fora para dentro" considera que a chave é identificar o que os consumidores fazem realmente, não o que dizem que fazem.

Joachimsthaler recomenda reconstruir o dia a dia da gente a partir de episódios ou rituais, seguindo um método criado pelo prêmio Nobel Daniel Kahneman, de Princeton. Joachimsthaler e sua empresa, Vivaldi Partners, utilizaram esta metodologia de averiguar as necessidades e os desejos ocultos ou não manifestos dos consumidores em mais de 50 estudos encarregados por seus clientes. por último é que a empresa adote a vantagem para o cliente como seu princípio central, assegurando-se de que a inovação não é uma proposta pontual, reduzida a um "nós o inventamos" e que acaba por impedir-lhes ver as mudanças das necessidades e tendências dos consumidores.
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antecipar-se à demanda: a filosofia "de fora para dentro" se baseia no modelo demand-first (antecipar-se à demanda), o qual deriva a sua vez da busca da vantagem para o cliente. Isto implica: Compreender a complexidade do mutante ecossistema da demanda e identificar as oportunidades de inovação. Utilizar esse conhecimento para criar novos espaços de oportunidade, vendo o que os consumidores não podem ver e inovando a partir de seus comportamentos. Repensar o negócio principal da empresa com o objetivo de desenhar experiências transformadoras. Estabelecer processos que garantam que as empresas não perdem de vista por que e para quem existem. Starbucks é o clássico exemplo da perspectiva "de fora para dentro" e do modelo demand-first (Artigo: O QUE É MARKETING LATERAL).
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Seu dono Howard Schultz viu a possibilidade de criar um espaço na vida dos norte-americanos parecido ao que ir tomar café ocupa nas vidas dos italianos e outros europeus. A questão não era o café em si, senão a idéia de um espaço "tanto físico como social" onde a gente dedicaria uma parte de seu dia a tomar café, algo parecido ao que o almoço ocupa na rotina das manhãs dos espanhóis. A estratégia de Starbucks não era freqüente: concentrou estabelecimentos nas zonas de interesse, tão próxima uns dos outros que competiam entre si para benefício de todos. Depois desenvolveu a idéia deste momento do café oferecendo conexão wifi em seus estabelecimentos, de forma que os clientes podem conectar-se a Internet, descarregar-se música e, em termos digitais, sentir-se como em casa.
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Além do evidente: as empresas investem enormes quantidades de dinheiro e depositam toda sua fé na investigação de mercado (sala), os grupos de estudo e os questionários para consumidores. Estes dados podem ser enormemente úteis para modificar e desenvolver produtos existentes, e não há dúvida de que se deve escutar ao consumidor, mas é igualmente importante ir além do que os consumidores crêem que querem, isto é, antecipar-se à demanda. Já o disse Henry Ford: "se tivesse perguntado aos clientes que queriam, me teriam respondido um cavalo mais rápido". As empresas têm de romper com a idéia de um mundo dividido entre clientes existentes e clientes potenciais e com a obsessão de angariar informação de seus clientes. É mais, a fidelidade à marca só perdura enquanto esta se percebe como ganhadora (Artigo: TESTEMUNHOS PODEM AUMENTAR AS SUAS VENDAS?).
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Para inovar é necessário pensar também além do setor, porque hoje em dia a concorrência pode sair de onde menos se espera, como ocorreu com Apple, que acaba de irromper no mercado da telefonia móvel com sua iPhone. As empresas também devem fugir das limitações criadas pelos papéis e as divisões entre, por exemplo, funcionários de marketing e pessoal técnico. Todo mundo precisa, se não mudar, ao menos adaptar sua perspectiva e não se cingir às funções de seu cargo. O diretor de marketing tem de olhar com os olhos do diretor técnico e vice-versa. A idéia subjacente a esta tese é que a vantagem competitiva tem de substituir-se pela vantagem para o cliente, para romper o círculo vicioso que supõe competir ao mesmo nível e ir além do do que a gente quer:

As enquêtes mostram que a gente só dedica 15% de sua vida a ser consumidores, no sentido de comprar coisas. O resto do tempo, simplesmente vivem. A inovação e o crescimento dependem de lançar produtos que melhorem a vida das pessoas e a consciência que têm de si mesmas. Para isso, têm de basear-se não só nas aparências, senão nos valores reais das pessoas.

Prof. Erich Joachimsthaler

IESE - Instituto de Estudos Superiores da Empresa

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IESE - Instituto de Estudos Superiores da Empresa é uma escola privada fundada em 1958. O IESE Business School como é conhecido nos meios empresariais é a escola de pós-gradução em Administração de Empresa da Universidade de Navarra. Localizada no coração financeiro de Madri, o iese  é uma das melhores Business Schools do Mundo (confirmado por the Financial Times, The Economist, The Wall Street Journal, etc) sendo classificada constantemente entre as 5 melhores da Europa e entre as 20 melhores do Mundo. Com um perfil essencialmente empreendedor, criativo e inovador, o IESE atrai anualmente alunos do mais alto nível, procedentes de mais de 65 países.

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Outros excelentes artigos traduzidos e publicados pelo Jornal SDR, da IESE - Instituto de Estudos Superiores da Empresa:

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A psicologia da espera Os estilos de negociação
Alto rendimento em vendas O método "de fora adentro"
De cliente satisfeito a cliente rentável As chaves para uma boa venda
Marcas próprias e seu impacto na venda Cliente satisfeito abandona a empresa?

Seis bons conselhos para dirigir Vendedores

O papel da intuição na tomada de decisão
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Como e por que se identificam os clientes com as empresas Pedidos individualizados: a gestão de estoques mais eficaz

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