O álcool também é considerado uma droga psicotrópica, pois ele atua no sistema nervoso central, provocando uma mudança no comportamento de quem o consome, além de ter potencial para desenvolver dependência. O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas que tem seu consumo admitido e até incentivado pela sociedade. Esse é um dos motivos pelo qual ele é encarado de forma diferenciada, quando comparado com as demais drogas.
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Efeitos agudos
A ingestão de álcool provoca diversos efeitos, que aparecem em duas fases distintas: uma estimulante e outra depressora. Nos primeiros momentos após a ingestão de álcool, podem aparecer os efeitos estimulantes como euforia, desinibição e loquacidade (maior facilidade para falar). . Com o passar do tempo, começam a aparecer os efeitos depressores como falta de coordenação motora, descontrole e sono. Quando o consumo é muito exagerado, o efeito depressor fica exacerbado, podendo até mesmo provocar o estado de coma. |
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Álcool e Trânsito
Pesquisas revelam que grande parte dos acidentes são provocados por motoristas
que haviam bebido antes
de dirigir. Neste sentido, segundo a legislação brasileira (Código Nacional
de Trânsito, que passou a vigorar em janeiro de 1998) deverá ser penalizado
todo o motorista que apresentar mais de 0,6
gramas de álcool por litro de sangue. A quantidade de álcool necessária
para atingir essa concentração no sangue é equivalente a beber cerca de
600ml de cerveja (duas latas de cerveja ou três copos de chope), 200ml de
vinho (duas taças) ou 80ml de destilados (duas doses).
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Alcoolismo
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Os fatores que podem levar ao alcoolismo são variados, podendo ser de origem
biológica, psicológica, sociocultural ou ainda ter a contribuição resultante
de todos estes fatores. A dependência do álcool é uma condição freqüente,
atingindo cerca de 5 a 10% da população adulta brasileira. A transição do
beber moderado ao beber problemático ocorre de forma lenta, tendo uma interface
que, em geral, leva vários anos.
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Alguns dos sinais do beber problemático são:
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A síndrome de abstinência do álcool é um
quadro que aparece pela redução ou parada brusca da ingestão de bebidas
alcoólicas após um período de consumo crônico. A síndrome tem início
6-8 horas após a parada da ingestão de álcool, sendo caracterizada
pelo tremor das mãos, acompanhado de distúrbios gastrointestinais, distúrbios
de sono e um estado de inquietação geral (abstinência leve). Cerca de 5%
dos que entram em abstinência leve evoluem para a síndrome de abstinência
severa ou delirium tremens que, além da acentuação dos sinais e sintomas
acima referidos, caracteriza-se por tremores generalizados, agitação intensa
e desorientação no tempo e espaço.
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Efeitos no resto do corpo
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Os indivíduos dependentes do álcool podem desenvolver várias doenças. As
mais freqüentes são as doenças do fígado (esteatose hepática, hepatite alcoólica
e cirrose). Também são freqüentes problemas do aparelho digestivo (gastrite,
síndrome de má absorção e pancreatite), no sistema cardiovascular (hipertensão
e problemas no coração). Também são freqüentes os casos de polineurite alcoólica,
caracterizada por dor, formigamento e câimbras nos membros inferiores.
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Durante a gravidez
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O consumo de bebidas alcóolicas durante a gestação pode trazer conseqüências
para o recém-nascido, sendo que, quanto maior o consumo, maior a chance
de prejudicar o feto. Desta forma, é recomendável que toda gestante evite
o consumo de bebidas alcoólicas, não só ao longo da gestação como também
durante todo o período de amamentação, pois o álcool pode passar para o
bebê através do leite materno. Cerca de um terço dos bebês de mães dependentes
do ácool, que fizeram uso excessivo durante a gravidez, são afetados pela
"Síndrome Fetal pelo Álcool". Os recém-nascidos apresentam sinais de irritação,
mamam e dormem pouco, além de apresentarem tremores (sintomas que lembram
a síndrome de abstinência). As crianças severamente afetadas e que conseguem
sobreviver aos primeiros momentos de vida, podem apresentar problemas físicos
e mentais que variam de intensidade de acordo com a gravidade do caso.
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