Tabaco
Histórico

29 de Agosto - Dia Nacional de Combate ao Fumo:

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Dia Nacional de Combate ao Fumo 29 de agosto O Dia Nacional de Combate ao Fumo, criado através da Lei Federal nº. 7.488, é comemorado desde 1986, sempre no dia 29 de agosto, e tem a população jovem como principal alvo, sensibilizando-a e estimulando-a à não experimentação dos produtos derivados do tabaco e a parar de fumar. Em geral, é o jovem que apresenta maior vulnerabilidade para iniciação no uso de drogas. Sabe-se, por exemplo, que 90% dos fumantes adultos tornaram-se dependentes do fumo até os 19 anos de idade. 
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Tabaco e Pobreza:
Neste ano, o INCA lança o slogan – “Fumar é gol contra!”, reforçando o tema do Dia Mundial sem Tabaco, comemorado em maio, cujo tema foi “Tabaco e Pobreza: um círculo vicioso”. Na oportunidade, o consumo de tabaco no mundo foi apontado como um fator agravante da pobreza, da fome e da desnutrição e, assim, da ampliação da desigualdade entre pobres e ricos, segundo a Organização Mundial da Saúde. 
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Atualmente, dos cerca 1,3 bilhões de fumantes no mundo, 80% vivem em países em desenvolvimento, e dos 100 mil jovens que começam a fumar a cada dia, 80% são, também, desses países. O jovem é o público-alvo predileto da indústria do tabaco para assegurar futuros consumidores. Por esta razão necessita ser informado que o tabagismo, além de causar dependência química e diversas doenças crônicas e fatais, gera pobreza e desigualdade social. É importante que ele saiba que o dinheiro utilizado com a compra de cigarros poderia ser usado para seu lazer, alimentação e outros gastos. 
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O tabaco empobrece as pessoas que o consomem e representa um enorme ônus financeiro para os países por conta dos gastos com a saúde pública e prejuízos em outras áreas - maiores gastos médicos, queda da produtividade devido a doença e morte prematura, perda de divisas e aumento dos danos ambientais.
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No Brasil, é justamente na população de baixa renda e entre os indivíduos com baixo nível de escolaridade que se encontra um número maior de fumantes. Nessas classes sociais, a probabilidade de se tornar fumante é cinco vezes maior que em outras. Diante deste cenário é importante sensibilizar o jovem sobre a relação do tabagismo com a pobreza e mostrar que ele é ludibriado pela indústria do tabaco, que associa o ato de fumar a glamour, riqueza, aventura e um estilo adulto de ser. 
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Tabagismo no mundo:
O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam. Enquanto nos países em desenvolvimento os fumantes constituem 48% da população masculina e 7% da população feminina, nos países desenvolvidos a participação das mulheres mais do que triplica: 42% dos homens e 24% das mulheres têm o hábito de fumar.
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O total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu a cifra de 4,9 milhões de mortes anuais, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia. Caso as atuais tendências de expansão do seu consumo sejam mantidas, esses números aumentarão para 10 milhões de mortes anuais por volta do ano 2030, sendo metade delas em indivíduos em idade produtiva (entre 35 e 69 anos) (WHO, 2003).
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O INCA desenvolve papel importante como Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Programa "Tabaco ou Saúde" na América Latina, cujo objetivo é estimular e apoiar políticas e atividades anti-tabagismo nessa região, e no apoio à elaboração da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, idealizada pela OMS para estabelecer padrões de controle do tabagismo em todo o mundo. Visando alcançar uma posição consensual sobre o assunto entre os países da América Latina, o INCA promoveu em 2001 o 1º Seminário Latino Americano sobre a Convenção Quadro para o Controle do Tabagismo. Anualmente o INCA coordena no Brasil as comemorações pelo Dia Mundial sem Tabaco.
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Consenso sobre abordagem e tratamento do fumante:
O tratamento do fumante no Brasil caracterizava-se até pouco tempo pela falta de consenso entre as várias entidades e profissionais da área da saúde quanto ao melhor método a ser utilizado. Em agosto de 2000, durante o I Encontro de Consenso Nacional de Abordagem e Tratamento do Fumante, organizado pelo INCA com a colaboração de outras instituições e especialistas do setor, finalmente estabeleceu-se como objetivo formular um documento único sobre as condutas a serem empregadas no tratamento do fumante no Brasil, considerando a abordagem cognitivo-comportamental, as terapias medicamentosas, os métodos alternativos e a abordagem para grupos especiais de pacientes.
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Como ponto de partida para a discussão utilizou-se vários estudos internacionais de meta-análise sobre os métodos para a cessação do tabagismo. Assim, o documento de Consenso foi dividido em duas partes.
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A primeira parte apresenta a fundamentação teórica das recomendações dos métodos de cessação do tabagismo; a segunda propõe a tradução das bases teóricas em uma forma prática e sistematizada, de modo a facilitar sua aplicação na rotina dos profissionais de saúde que se deparam com fumantes em busca de apoio para deixar de fumar.
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As entidades e instituições participantes do Consenso foram o Conselho Federal de Medicina, Conselho Federal de Psicologia, Conselho Federal de Enfermagem, Associação Médica Brasileira, Associação Brasileira de Alcoolismo e Drogas (ABRAD), Associação Brasileira de Estudos de Álcool e Drogas (ABEAD), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Cancerologia, Sociedade Brasileira de Psiquiatria, Universidade de São Paulo, Universidade Federal de Pernambuco, Conselho Estadual Anti-drogas do Rio de Janeiro, Centro de Tratamento e Recuperação de Adictos do Rio de Janeiro, Centro Nacional de Epidemilogia.
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Veja o documento do Consenso Nacional de Abordagem e Tratamento do Fumante na íntegra:
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